DISCOS
You Can't Win Charlie Brown
Diffraction Refraction
· 24 Fev 2014 · 08:01 ·
You Can't Win Charlie Brown
Diffraction Refraction
2014
Pataca Discos
Sítios oficiais:
- You Can't Win Charlie Brown
- Pataca Discos
Diffraction Refraction
2014
Pataca Discos
Sítios oficiais:
- You Can't Win Charlie Brown
- Pataca Discos
You Can't Win Charlie Brown
Diffraction Refraction
2014
Pataca Discos
Sítios oficiais:
- You Can't Win Charlie Brown
- Pataca Discos
Diffraction Refraction
2014
Pataca Discos
Sítios oficiais:
- You Can't Win Charlie Brown
- Pataca Discos
Viagem ao éden da pop folk…
…pelas vozes soberbamente conjugadas dos You Can’t Win Charlie Brown. Mas isso já nós sabíamos. O sexteto lisboeta habituou-nos a tiros certeiros no território dos coros a fazer corar os Grizzly Bear, sob o comando da voz introspectiva de Afonso Cabral. Pois se já Chromatic fora um dos momentos mais singulares da música portuguesa nos últimos anos, então Diffraction Refraction promete vir para ficar. Ao contrário do que dizem os Dead Combo, estes não são a bunch of meninos.
O disco não podia começar melhor, com “After December”, um dos primeiros singles que conhecemos e uma demonstração do poderio cançonetista dos alfacinhas. As harmonias que se encavalitam sobre os arpeggios de piano e o rufar dos timbalões, em crescendo constante, sem sabermos se o clímax é já ali ou ainda tarda, são uma das marcas sonoras de Diffraction Refraction. De repente temos o silêncio, que é outro sintoma duma imprevisibilidade constante, até ficar Afonso Cabral, sozinho, enquanto “Fall for You” vai ensaiando o primeiro acorde na clavinet.
Mesmo sendo uma continuação do trabalho iniciado em Chromatic, sem rasgar as raízes com um passado onde já foram felizes, Diffraction Refraction leva-nos a crer que os You Can’t Win Charlie Brown têm um caminho solarengo pela frente – é por momentos apoteóticos como “Shout” que nos pomos a fazer declarações como esta, claramente um dos momentos do disco impossíveis de deixar no esquecimento – mesmo que por vezes isso signifique caminhar por trilhos já pisados. Mas, graças à imprevisibilidade atrás referida, “Natural Habitat” leva-nos a engolir as próprias palavras: começamos com uma secção rítmica pujante, a fazer lembrar Woodkid, mas os lisboetas continuam lá, com a guitarra eléctrica a desenhar o tema, ascendente e descendente, para logo ficarmos a sós com a guitarra acústica, e novamente a bateria: soberbo.
Há um intimismo latente nesta forma que os You Can’t Win Charlie Brown elegeram para chegar até nós. Sim, são as vozes, mas é também a orquestração encantadora que conseguem erguer com as guitarras, os teclados e as percussões. O que mais se pode dizer duma banda que já nos tinha dado tanto com o seu primeira longa-duração e que agora nos deixa, outra vez, rendidos? Que um dos discos do ano, pelo menos no que a terras lusas diz respeito, já está encontrado.
Simão MartinsO disco não podia começar melhor, com “After December”, um dos primeiros singles que conhecemos e uma demonstração do poderio cançonetista dos alfacinhas. As harmonias que se encavalitam sobre os arpeggios de piano e o rufar dos timbalões, em crescendo constante, sem sabermos se o clímax é já ali ou ainda tarda, são uma das marcas sonoras de Diffraction Refraction. De repente temos o silêncio, que é outro sintoma duma imprevisibilidade constante, até ficar Afonso Cabral, sozinho, enquanto “Fall for You” vai ensaiando o primeiro acorde na clavinet.
Mesmo sendo uma continuação do trabalho iniciado em Chromatic, sem rasgar as raízes com um passado onde já foram felizes, Diffraction Refraction leva-nos a crer que os You Can’t Win Charlie Brown têm um caminho solarengo pela frente – é por momentos apoteóticos como “Shout” que nos pomos a fazer declarações como esta, claramente um dos momentos do disco impossíveis de deixar no esquecimento – mesmo que por vezes isso signifique caminhar por trilhos já pisados. Mas, graças à imprevisibilidade atrás referida, “Natural Habitat” leva-nos a engolir as próprias palavras: começamos com uma secção rítmica pujante, a fazer lembrar Woodkid, mas os lisboetas continuam lá, com a guitarra eléctrica a desenhar o tema, ascendente e descendente, para logo ficarmos a sós com a guitarra acústica, e novamente a bateria: soberbo.
Há um intimismo latente nesta forma que os You Can’t Win Charlie Brown elegeram para chegar até nós. Sim, são as vozes, mas é também a orquestração encantadora que conseguem erguer com as guitarras, os teclados e as percussões. O que mais se pode dizer duma banda que já nos tinha dado tanto com o seu primeira longa-duração e que agora nos deixa, outra vez, rendidos? Que um dos discos do ano, pelo menos no que a terras lusas diz respeito, já está encontrado.
simaopmartins@gmail.com
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