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Temples
Sun Structures
· 08 Jan 2014 · 17:15 ·
Temples
Sun Structures
2014
Heavenly Recordings
Sítios oficiais:
- Temples
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2014
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Outra forma de se escrever dejá-vu.
Da última vez que me liguei à internet, os Tame Impala ainda não tinham disco novo e depois de uma pesquisa rápida confirmei que efectivamente não, os Tame Impala não lançaram nada novo. Mas alguém me disse para ir ouvir um disco chamado Sun Structures. Isso, por sua vez, deu para confirmar o que já se sabia, que os Tame Impala abriram um filão onde a sua estética deixa de ser só deles para passar ser do mundo - ou, neste caso em particular, do disco dos Temples.
Mas claro que há diferenças entre os dois. A mais notória é a perigosa proximidade dos Temples aos Beatles, que, com respectivas idiossincracias, é mais óbvia que nos Tame Impala. De resto, o disco segue as regras esperadas: está lá o desfilar de electricidade e de fuzz, ouve-se ao fundo voz etérea e a secção rítmica é assertiva. Um ambiente que, apesar de melífluo, nos faz deslizar para a sensação de dejá-vu que, nestas andanças, nem sempre é bom sinal. “Mesmerise” talvez seja o melhor exemplo disso mesmo, juntando o melhor trabalho de guitarra do disco às baterias com tiques de execução e produção que já ouvíamos nos Tame Impala.
Quer isto dizer que tudo é mau? Não, claro que não. Sun Structures inflecte pela (power) pop sempre que pode, usa e abusa de melodias contagiosas, mas acaba só a tentar demasiado. Mas sejamos justos, há aqui um bom momento, um óptimo momento até. Chama-se “The guesser”, exercício sombrio qb, que vale precisamente por fugir à regra do disco. É que sem nada de novo para acrescentar à história, apetece dizer que às vezes o que é de César devia ficar só com César.
António M. SilvaMas claro que há diferenças entre os dois. A mais notória é a perigosa proximidade dos Temples aos Beatles, que, com respectivas idiossincracias, é mais óbvia que nos Tame Impala. De resto, o disco segue as regras esperadas: está lá o desfilar de electricidade e de fuzz, ouve-se ao fundo voz etérea e a secção rítmica é assertiva. Um ambiente que, apesar de melífluo, nos faz deslizar para a sensação de dejá-vu que, nestas andanças, nem sempre é bom sinal. “Mesmerise” talvez seja o melhor exemplo disso mesmo, juntando o melhor trabalho de guitarra do disco às baterias com tiques de execução e produção que já ouvíamos nos Tame Impala.
Quer isto dizer que tudo é mau? Não, claro que não. Sun Structures inflecte pela (power) pop sempre que pode, usa e abusa de melodias contagiosas, mas acaba só a tentar demasiado. Mas sejamos justos, há aqui um bom momento, um óptimo momento até. Chama-se “The guesser”, exercício sombrio qb, que vale precisamente por fugir à regra do disco. É que sem nada de novo para acrescentar à história, apetece dizer que às vezes o que é de César devia ficar só com César.
ant.matos.silva@gmail.com
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