Este é o típico disco ao qual se chega ao navegar pela internet e dar de caras com a belíssima capa que assalta todos os sentidos. E depois entra-se nele devagarinho, sem querer armar confusão, apenas para se perceber que o que está dentro é igualmente atractivo. Porque a música é assim em 2013: está por todo o lado. E cada um abre ou fecha as portas que lhe apetecer.

Katie Gately é o mini-álbum – ou EP, o que quiserem – de Katie Gately, que vive em Los Angeles. Pode não parecer mas esta norte-americana só faz música que se possa chamar assim há coisa de um ano. Porque ao dar de caras com estes seis temas, a ideia é que fica é que Katie Gately anda nisto desde sempre. São pouco mais de vinte minutos de classe e de manipulação sonora de qualidade bem acima da média.

As explorações de Katie Gately giram à volta da música electrónica mas o seu modo de fazer aproxima-a facilmente da música de qualidade orgânica. Katie Gately é um espanto de concretização, de opções, de apuro. É o que alguém faz quando não está preocupado com catalogações.É um espanto técnico mas é também uma força da natureza. É um fenómeno natural. Katie Gately. Apontem bem este nome: vão ouvir falar muito dele não tarda nada.