O nome Van Dyke Parks pode não dizer muito a muita gente. Mas isso na verdade pouco ou nada importa. Mais conhecido por ter colaborado com Brian Wilson, o norte-americano colaborou com uma lista extensiva de músicos (é melhor irem ver à wikipédia), escreveu música para bandas-sonoras e lançou seis discos, o primeiro dos quais em 1968 (chamava-se Song Cycle).

Vinte e quatro anos depois do seu último disco a solo, Tokyo Rose (em 1995 há Orange Crate Art, a meias com Brian Wilson), Songs Cycled apresenta um conjunto de canções originais, versões, regravações de temas antigos que sucede ao lançamento de vários singles na sua própria editora. E é um espanto.

Songs Cycled começa no território musical dos Estados Unidos da América, mas depois dispara em todas as direcções e abraça a música do mundo. Cabe tudo dentro das canções de Van Dyke Parks; e esse tudo nunca é demais. Um acordeão, um coro de vozes, tropicalismos vários, Saint-Saëns, arranjos irrepreensíveis, o conhecimento musical de várias décadas. Songs Cycled é, de certa forma, o compêndio da criatividade do norte-americano. E vale a pena ser amplamente celebrado.