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Atoms for Peace
Amok
· 04 Abr 2013 · 02:45 ·

Atoms for Peace
Amok
2013
XL
Amok
2013
XL

Atoms for Peace
Amok
2013
XL
Amok
2013
XL
A banda certa, no momento certo - com espaço para melhorias.
Há que dizê-lo desde já: Amok é o disco perfeito para quem gostaria que os Radiohead tivessem continuado no mesmo registo exploratório depois de Kid A e Amnesiac, uma espécie de sonho molhado para quem desejava ouvir a voz de Thom Yorke em cima de uma cama de experimentalismo, algo, digamos assim, como aquilo que conseguiu com o seu disco a solo, The Eraser.
Em colaboração com Nigel Godrich, Flea, Joey Waronker e Mauro Refosco, Thom Yorke começou mesmo por levar The Eraser a palco com os Atoms for Peace, tendo partido daí a criação de novo material. Apesar de ser um registo de grupo, em oposição ao seu disco a solo, Amok aparece como um The Eraser mais arriscado e próximo da electrónica explorada em discos como Kid A. Embora nunca atingindo o brilhantismo do referido disco.
Amok, há que dizê-lo, não parece ser ainda tudo aquilo que os Atoms for Peace podem ser - e isso nem é necessariamente mau. Posto isto, arrumada que está esta confissão, há que dizer que a estreia dos Atoms for Peace é um belíssimo exercício de enfiar canções quase pop num território de imenso experimentalismo sonoro e estilístico. Uma canção como “Default”, em toda a sua ambivalência – e polivalência – é a prova como esta é a banda certa no momento certo, consciente do seu espaço e com as ferramentas certas para conseguir chegar a bom porto. E ajuda a compreender que há espaço para melhorias. O que aí vem só pode ser bom.
André GomesEm colaboração com Nigel Godrich, Flea, Joey Waronker e Mauro Refosco, Thom Yorke começou mesmo por levar The Eraser a palco com os Atoms for Peace, tendo partido daí a criação de novo material. Apesar de ser um registo de grupo, em oposição ao seu disco a solo, Amok aparece como um The Eraser mais arriscado e próximo da electrónica explorada em discos como Kid A. Embora nunca atingindo o brilhantismo do referido disco.
Amok, há que dizê-lo, não parece ser ainda tudo aquilo que os Atoms for Peace podem ser - e isso nem é necessariamente mau. Posto isto, arrumada que está esta confissão, há que dizer que a estreia dos Atoms for Peace é um belíssimo exercício de enfiar canções quase pop num território de imenso experimentalismo sonoro e estilístico. Uma canção como “Default”, em toda a sua ambivalência – e polivalência – é a prova como esta é a banda certa no momento certo, consciente do seu espaço e com as ferramentas certas para conseguir chegar a bom porto. E ajuda a compreender que há espaço para melhorias. O que aí vem só pode ser bom.
andregomes@bodyspace.net
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