DISCOS
Indians
Somewhere Else
· 26 Mar 2013 · 22:29 ·
Uma estreia mais do que auspiciosa.
Passou-se menos de um ano desde a primeira existência conhecida de Indians e o momento em que Søren Løkke Juul decidiu que o seu primeiro disco reunia todas as condições para ser mostrado ao mundo. Quer dizer: seriamos todos inocentes se achássemos que Somewhere Else nasceu há menos de doze meses. Não seríamos? Claro que sim.
É óbvio que Søren Løkke Juul já trazia estas dez canções na sua cabeça há muito tempo. Não tivesse ele passado bastantes anos em bandas sem futuro à vista. Mas mesmo assim, não deixa de ser impressionante pensar na velocidade furiosa com que a criatividade no seu estado mais puro chega aos nossos ouvidos em 2013, muito graças à atenção cada vez mais apurada de editoras como a 4AD.
Somewhere Else é um disco de canções pop. Mais ou menos amantes do psicadelismo (e nunca mais do que isso), mais ou menos lo-fi, mais ou menos minimalistas. Deve ser folktrónica que para aqui vai. Assim parece. Uma voz (com múltiplas existências) e um teclado (ou vários), uma guitarra ocasional, umas batidas de trazer por casa e uma enxurrada de boas melodias. E, pelo menos, na pior das hipóteses, uma mão cheia de grandes canções.
“New” e “Bird” são dois bons exemplos da vitória de Somewhere Else e do seu encanto quase ingénuo e natural. A celestial “Magic kids” é outro. A pulsante “Lips Lips Lips” é apenas outro. E há aqui uma canção perfeita para virtualmente cada um que decida expor-se a este disco. Pode não ser um propriamente uma invenção mas Somewhere Else é um disco, na sua difícil classificação e catalogação, que só promete coisas boas para o futuro. Sem negligenciar o presente. Estejamos todos atentos a Søren Løkke Juul. E aprendam a pronunciar o nome dele entretanto.
André GomesÉ óbvio que Søren Løkke Juul já trazia estas dez canções na sua cabeça há muito tempo. Não tivesse ele passado bastantes anos em bandas sem futuro à vista. Mas mesmo assim, não deixa de ser impressionante pensar na velocidade furiosa com que a criatividade no seu estado mais puro chega aos nossos ouvidos em 2013, muito graças à atenção cada vez mais apurada de editoras como a 4AD.
Somewhere Else é um disco de canções pop. Mais ou menos amantes do psicadelismo (e nunca mais do que isso), mais ou menos lo-fi, mais ou menos minimalistas. Deve ser folktrónica que para aqui vai. Assim parece. Uma voz (com múltiplas existências) e um teclado (ou vários), uma guitarra ocasional, umas batidas de trazer por casa e uma enxurrada de boas melodias. E, pelo menos, na pior das hipóteses, uma mão cheia de grandes canções.
“New” e “Bird” são dois bons exemplos da vitória de Somewhere Else e do seu encanto quase ingénuo e natural. A celestial “Magic kids” é outro. A pulsante “Lips Lips Lips” é apenas outro. E há aqui uma canção perfeita para virtualmente cada um que decida expor-se a este disco. Pode não ser um propriamente uma invenção mas Somewhere Else é um disco, na sua difícil classificação e catalogação, que só promete coisas boas para o futuro. Sem negligenciar o presente. Estejamos todos atentos a Søren Løkke Juul. E aprendam a pronunciar o nome dele entretanto.
andregomes@bodyspace.net
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