DISCOS
Stealing Orchestra
The Incredible Shrinking Band
· 26 Nov 2003 · 08:00 ·

Stealing Orchestra
The Incredible Shrinking Band
2003
Sabotage
Sítios oficiais:
- Stealing Orchestra
- Sabotage
The Incredible Shrinking Band
2003
Sabotage
Sítios oficiais:
- Stealing Orchestra
- Sabotage

Stealing Orchestra
The Incredible Shrinking Band
2003
Sabotage
Sítios oficiais:
- Stealing Orchestra
- Sabotage
The Incredible Shrinking Band
2003
Sabotage
Sítios oficiais:
- Stealing Orchestra
- Sabotage
Muito se critica bandas por serem cópias de outras, por roubarem muitas ideias, por se colarem em demasia às suas referências. O que dizer então dos Stealing Orchestra? Neste disco até o título é roubado de um filme… E não se ficam por aí, roubam sons a videojogos, excertos de emissões de rádio e tudo que seja fácil e útil de “palmar”. Estranho é que eu aplaudo estes furtos, estes delitos, carregados de imaginação e criatividade, buscando um disco diferente, uma sonoridade própria, sem cair em pretensiosismos ou pretender ser ouvido por apenas alguns “iluminados”.
João Mascarenhas, o cabecilha do grupo, compositor e excelente músico com o acordeão nas mãos faz diminuir, encolher diversos estilos musicais, desde o rock (“The Nanotech Vírus”), funk, folk (“Os Caretos de Podence”) até ao fado (“A Piela”), conseguindo a proeza de fazer lembrar grupos tão díspares como os Air, The Residents ou Pascal Comelade.
A música é tratada como plasticina, exigindo por isso também a nossa elasticidade mental. Estica-a, cola-a, sem nunca se partir o eixo de ligação. Apela ao imaginário, à capacidade de abstracção do tempo e do espaço, numa música maior que as partes e na qual todas as cores são possíveis.
As ilustrações de Armando Brás estão à imagem da insanidade medicada dos Stealing Orchestra, conseguindo a difícil proeza de aliar a imagem certa ao som produzido. Um som que se baseia na fusão de elementos acústicos (que bem que soa o acordeão) com as programações electrónicas, produzindo momentos antagónicos, desde o retalho à simplicidade desarmante. Mais uma prova da originalidade é a última faixa, “Happy Ending Theme”, que é o disco comprimido e a andar para trás.
The Incredible Shrinking Band é um disco igualmente sofisticado e popular, que tanto podia ser a banda-sonora de um espectáculo circense, como a de uma galeria de arte moderna.
Agora vou pegar no meu antigo GameBoy, meter uns jogos e imaginar o que os Stealing Orchestra fariam com eles… Afinal quem é que é pequeno?!
Miguel MarquesJoão Mascarenhas, o cabecilha do grupo, compositor e excelente músico com o acordeão nas mãos faz diminuir, encolher diversos estilos musicais, desde o rock (“The Nanotech Vírus”), funk, folk (“Os Caretos de Podence”) até ao fado (“A Piela”), conseguindo a proeza de fazer lembrar grupos tão díspares como os Air, The Residents ou Pascal Comelade.
A música é tratada como plasticina, exigindo por isso também a nossa elasticidade mental. Estica-a, cola-a, sem nunca se partir o eixo de ligação. Apela ao imaginário, à capacidade de abstracção do tempo e do espaço, numa música maior que as partes e na qual todas as cores são possíveis.
As ilustrações de Armando Brás estão à imagem da insanidade medicada dos Stealing Orchestra, conseguindo a difícil proeza de aliar a imagem certa ao som produzido. Um som que se baseia na fusão de elementos acústicos (que bem que soa o acordeão) com as programações electrónicas, produzindo momentos antagónicos, desde o retalho à simplicidade desarmante. Mais uma prova da originalidade é a última faixa, “Happy Ending Theme”, que é o disco comprimido e a andar para trás.
The Incredible Shrinking Band é um disco igualmente sofisticado e popular, que tanto podia ser a banda-sonora de um espectáculo circense, como a de uma galeria de arte moderna.
Agora vou pegar no meu antigo GameBoy, meter uns jogos e imaginar o que os Stealing Orchestra fariam com eles… Afinal quem é que é pequeno?!
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