DISCOS
Cult of Luna
Vertikal
· 22 Jan 2013 · 20:27 ·

Cult of Luna
Vertikal
2013
Earache
Sítios oficiais:
- Cult of Luna
Vertikal
2013
Earache
Sítios oficiais:
- Cult of Luna

Cult of Luna
Vertikal
2013
Earache
Sítios oficiais:
- Cult of Luna
Vertikal
2013
Earache
Sítios oficiais:
- Cult of Luna
Os Cult of Luna recontam-nos uma estória – as distopias também se ouvem.
Este 2013 é, já, o ano dos Cult of Luna, o ano em que os suecos quebram um jejum de registos que já se prolonga desde 2008, em que interrompem um silêncio de dois anos e em que, mais importante ainda, se afirmam como uma banda relevante para a música pesada actual. Vertikal, o novo álbum, baseado na distopia Metropolis, do cineasta expressionista alemão Fritz Lang, tem na narrativa e na ambiência limites que serviram de libertação para os elementos menos orgânicos da banda de Ümeå, que se apresenta mais industrial e, pasme-se, ainda mais pesada.
Depois de um Eternal Kingdom difuso nas diatribes progressivas da banda (não menos brilhante do que tudo o que os suecos podem fazer, mas nunca ao mesmo nível que Salvation e Somewhere Along the Highway), Vertikal parece aprimorar uma vontade de narrar e de evitar a linearidade das composições de uma forma que o seu sucessor nunca foi capaz; a estes elementos acresce, ainda, um controlo simplesmente delicioso sobre as dinâmicas da música. Vertikal é, assim, um documento de ambiências envolventes, com a exigência mínima do post-metal, a de curvar a espinha, a ser respondida com riffs erigidos de forma monolítica pela gravidade de três guitarras e um baixo.
Não se pode dizer que a espera perdeu pela demora: os Cult of Luna demoraram, sim, mas apenas o suficiente para fazer um grande disco e para se colocarem novamente no mapa. Músicas como "Vicarious Redemption", em que as tendências electrónicas actuais são abordadas por via dos sintetizadores sem anular a identidade dos suecos, ou como "Mute Departure", em que o silêncio e a intensidade convivem de forma pouco pacífica, entre melodias cantadas a voz limpa e frases de guitarra totalmente destruidoras, revelam uma banda sem vontade de se alimentar de velhas glórias.
Ainda é cedo para fazer apostas, mas bem vistas as coisas, este é o ano dos Cult of Luna. Eles têm doze meses para o provar, nós temos outros tantos para nos mentalizarmos disso.
André ForteDepois de um Eternal Kingdom difuso nas diatribes progressivas da banda (não menos brilhante do que tudo o que os suecos podem fazer, mas nunca ao mesmo nível que Salvation e Somewhere Along the Highway), Vertikal parece aprimorar uma vontade de narrar e de evitar a linearidade das composições de uma forma que o seu sucessor nunca foi capaz; a estes elementos acresce, ainda, um controlo simplesmente delicioso sobre as dinâmicas da música. Vertikal é, assim, um documento de ambiências envolventes, com a exigência mínima do post-metal, a de curvar a espinha, a ser respondida com riffs erigidos de forma monolítica pela gravidade de três guitarras e um baixo.
Não se pode dizer que a espera perdeu pela demora: os Cult of Luna demoraram, sim, mas apenas o suficiente para fazer um grande disco e para se colocarem novamente no mapa. Músicas como "Vicarious Redemption", em que as tendências electrónicas actuais são abordadas por via dos sintetizadores sem anular a identidade dos suecos, ou como "Mute Departure", em que o silêncio e a intensidade convivem de forma pouco pacífica, entre melodias cantadas a voz limpa e frases de guitarra totalmente destruidoras, revelam uma banda sem vontade de se alimentar de velhas glórias.
Ainda é cedo para fazer apostas, mas bem vistas as coisas, este é o ano dos Cult of Luna. Eles têm doze meses para o provar, nós temos outros tantos para nos mentalizarmos disso.
ÚLTIMOS DISCOS


ÚLTIMAS