Depois de um primeiro volume, lançado em 2011, Elliott Sharp voltou a juntar um grupo de guitarristas que considera serem representativos no século XXI. A lista é vasta: Ava Mendoza, Ben Tyree, On Ka’a Davis, Shouwang Zhang, Joel Harrison, Yasuhiro Usui, Steve Cardenas, Marco Cappelli, Alan Licht, David Grubbs, Han Tammen, Zach Layton, Thomas Maos, Zachary Pruitt, Richard Carrick e Manuel Mota. Um misto de guitarristas celebrados e não-celebrados, como diz o próprio Elliott Sharp.

Entrar nesta compilação é como ir a um restaurante com o maior menu que seja possível imaginar. Há uma guitarra para cada gosto; entre as acústicas e as eléctricas, há todo um mundo para descobrir, todas as técnicas, todos os estilos, todas as inspirações. Passe o exagero. Sem exageros, este é um retrato vastíssimo de uma certa música de guitarra não comprometida com tradições e conservadorismos.

A visão acústica de “Bem Tyree” nada tem a ver com a chuvada de loops de Shouwang Zhang, a viagem por Paris, Texas de Joel Harrison não se relaciona em nada com o minimalismo expansivo de Manuel Mota - e no entanto todos os contributos são sublimes. Como em todas as compilações, nem todos os temas proporcionam o mesmo interesse ou entusiasmo mas esta é certamente uma compilação a não perder para os entusiastas das guitarras “não alinhadas”.