DISCOS
Julia Holter
Ekstasis
· 27 Mar 2012 · 23:50 ·

Julia Holter
Ekstasis
2012
Raving Intl.
Sítios oficiais:
- Julia Holter
Ekstasis
2012
Raving Intl.
Sítios oficiais:
- Julia Holter

Julia Holter
Ekstasis
2012
Raving Intl.
Sítios oficiais:
- Julia Holter
Ekstasis
2012
Raving Intl.
Sítios oficiais:
- Julia Holter
Segundo disco da norte-americana, é maravilhosa manta de retalhos cosida com os melhores tecidos. Uma maravilha para os sentidos.
Julia Holter está no quarto, à janela. Agora deita-se numa cama que é uma espécie de mapa mundo das suas músicas; há um retalho reservado para a música pop, outro para a música erudita, outro para o jazz, outro para a folk e ainda outros que não conseguimos ver porque Holter está em cima da manta. E cobre-se com ela.
Ekstasis é o cérebro de Julia Holter dividido em géneros descarregados directamente para as suas canções. De uma forma aleatória o suficiente para a surpresa se ir renovando, organizada o suficiente para que tudo isto não pareça uma enorme salada de frutas. “This is Ekstasis”, fazendo justiça ao nome, é uma espécie de mapa deste disco; uma extensão épica de quase nove minutos onde cabe tudo e mais alguma coisa: batidas dos anos oitenta, teclados da mesma época, um violoncelo soturno, um saxofone e um contrabaixo no mesmo tom. Um regalo para os sentidos.
Mais do que lembrar alguém como Laurie Anderson, Julia Holter lembra alguém que se recusa a aceitar os limites da música pop. Ekstasis é um disco de canções; mas é ainda mais um disco acerca de sobreviver às mesmas. “In the same room” pode ser a mais directa porta de entrada de Ekstasis mas está longe de ser a mais recompensadora: este é um terreno para ir descobrindo sem pressas. Com o tempo de outros tempos, mas com a urgência de agora.
André GomesEkstasis é o cérebro de Julia Holter dividido em géneros descarregados directamente para as suas canções. De uma forma aleatória o suficiente para a surpresa se ir renovando, organizada o suficiente para que tudo isto não pareça uma enorme salada de frutas. “This is Ekstasis”, fazendo justiça ao nome, é uma espécie de mapa deste disco; uma extensão épica de quase nove minutos onde cabe tudo e mais alguma coisa: batidas dos anos oitenta, teclados da mesma época, um violoncelo soturno, um saxofone e um contrabaixo no mesmo tom. Um regalo para os sentidos.
Mais do que lembrar alguém como Laurie Anderson, Julia Holter lembra alguém que se recusa a aceitar os limites da música pop. Ekstasis é um disco de canções; mas é ainda mais um disco acerca de sobreviver às mesmas. “In the same room” pode ser a mais directa porta de entrada de Ekstasis mas está longe de ser a mais recompensadora: este é um terreno para ir descobrindo sem pressas. Com o tempo de outros tempos, mas com a urgência de agora.
andregomes@bodyspace.net
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