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Point Reyes
Warszawa
· 15 Fev 2012 · 15:29 ·
Point Reyes
Warszawa
2012
Cakes & Tapes
Sítios oficiais:
- Point Reyes
- Cakes & Tapes
Warszawa
2012
Cakes & Tapes
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- Point Reyes
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Point Reyes
Warszawa
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Match Point: Reyes.
Os Point Reyes são de Brooklyn, mas foi em Varsóvia que encontraram a inspiração de que precisavam para se dedicarem ao seu LP de estreia, que homenageia a cidade em questão através do tÃtulo. Warszawa não deixa de ser, ainda assim, um disco eminentemente americano; ainda que a folk de raÃzes que normalmente é a base do adjectivo-barra-género americana esteja diluÃda na enorme panela de influências da banda, a sua presença nota-se ao longo dos 45 minutos de duração do LP. Dir-se-ia que se está perante uma espécie de pós-americana, onde o multiculturalismo se alia à tradição e devolve um objecto representativo da sociedade estado-unidense do presente.
Embora a sonoridade não seja a mesma somos tentados a pensar nos ciganos Man Man e no roubo que estes fazem a todas as vertentes da folk (e isto não é uma analogia racista, juramos) como a banda mais próxima dos Point Reyes. Nestes últimos existe uma maior viragem para o campo clássico - até porque é daà que provêm -, aliada a géneros contemporâneos, o que lhe atribui um certo grau de melancolia por contraste com os compatriotas mais festivos. De um momento para o outro pode-se escutar pop barroca, folk-de-estádio à la Fleet Foxes e guitarras alt-rock, numa indefinição que tem tanto de bom como de estranho.
Warszawa não é um disco "fácil" de se perceber, ou um que no final nos encha com um sentimento de adulação, mas tem momentos bastante bons que agradarão a quem lhe der uma chance. "Maine" abre o disco com uma frase curiosa - welcome back to America - que se poderia entender como uma orientação para o restante do álbum; a banda emigrante que regressa ao paÃs natal e encara-a como algo novo, daà a disparidade de sons. "Buildings" e as suas referências a Warhol, mais o beat electrónico, apresenta-se como a melhor faixa do álbum, seguindo-se-lhe "Almond Song", que começa em toada melancólica para acabar com um muy dançável ritmo latino. "Cemetery", penúltima faixa que varia entre a contemplação pop e a energia do rock, é outro dos pontos altos. Warszawa é acima de tudo uma estreia bem conseguida e cultiva o interesse em coisas futuras.
Paulo CecÃlioEmbora a sonoridade não seja a mesma somos tentados a pensar nos ciganos Man Man e no roubo que estes fazem a todas as vertentes da folk (e isto não é uma analogia racista, juramos) como a banda mais próxima dos Point Reyes. Nestes últimos existe uma maior viragem para o campo clássico - até porque é daà que provêm -, aliada a géneros contemporâneos, o que lhe atribui um certo grau de melancolia por contraste com os compatriotas mais festivos. De um momento para o outro pode-se escutar pop barroca, folk-de-estádio à la Fleet Foxes e guitarras alt-rock, numa indefinição que tem tanto de bom como de estranho.
Warszawa não é um disco "fácil" de se perceber, ou um que no final nos encha com um sentimento de adulação, mas tem momentos bastante bons que agradarão a quem lhe der uma chance. "Maine" abre o disco com uma frase curiosa - welcome back to America - que se poderia entender como uma orientação para o restante do álbum; a banda emigrante que regressa ao paÃs natal e encara-a como algo novo, daà a disparidade de sons. "Buildings" e as suas referências a Warhol, mais o beat electrónico, apresenta-se como a melhor faixa do álbum, seguindo-se-lhe "Almond Song", que começa em toada melancólica para acabar com um muy dançável ritmo latino. "Cemetery", penúltima faixa que varia entre a contemplação pop e a energia do rock, é outro dos pontos altos. Warszawa é acima de tudo uma estreia bem conseguida e cultiva o interesse em coisas futuras.
pauloandrececilio@gmail.com
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