DISCOS
Dadavistic Orchestra
Dokument.02
· 27 Set 2011 · 09:48 ·

Dadavistic Orchestra
Dokument.02
2011
Dust Science Recordings
Sítios oficiais:
- Dadavistic Orchestra
- Dust Science Recordings
Dokument.02
2011
Dust Science Recordings
Sítios oficiais:
- Dadavistic Orchestra
- Dust Science Recordings

Dadavistic Orchestra
Dokument.02
2011
Dust Science Recordings
Sítios oficiais:
- Dadavistic Orchestra
- Dust Science Recordings
Dokument.02
2011
Dust Science Recordings
Sítios oficiais:
- Dadavistic Orchestra
- Dust Science Recordings
Segundo tomo de uma trilogia carregada de texturas ambientais com um imenso poder de sugestão imagética e sensorial.
A Dadavistic Orchestra resulta da colaboração entre membros de dois projectos que se dedicam, desde há muitos anos, ao experimentalismo electrónico compactado em texturas ambientais: The Black Dog e The Psychick Warriors ov Gaia. Dokument.02 (Dust Science Recordings, 2011) é o segundo tomo de uma trilogia pautada por edições especiais em vinil, limitadas a 300 cópias, com mais de 60 minutos de duração.
O ambiental vive do poder de sugestão sensorial, projectando imagens em movimento no cérebro a partir de um aparente vazio harmónico (ou o outro lado do espelho, o caos da atonalidade fragmentada em sucessivas camadas sobrepostas). Muitas das novas produções revelam-se demasiada soporíferas, no limiar da "muzak" de elevador mas, ainda assim, com pretensões artísticas algo risíveis (regra número 1: citar Brian Eno nas entrevistas).
Por entre dezenas de discos insípidos, porém, destacam-se produções acima da média, capazes de cristalizar o ocaso do género ambiental. Tryptych (Modern Love, 2011), revisão da matéria dada por Demdike Stare, é um desses momentos singulares, ao que não será alheia a inspiração cinematográfica, teleportando o ouvinte para o cenário de um filme de terror em constante mutação conceptual.
Dokument.02 não tem uma imagética tão rica. É mais difícil, mais profundo e progressivo, implicando um maior comprometimento de disposição e atenção. Mas superada a primeira sensação de estranheza, acaba por se saldar numa experiência não menos extraordinária. Uma torrente de sensações - lenta, soturna, enigmática - que se explana no tempo e no espaço. Como um bom livro de ficção científica, para ir redescobrindo leitura após leitura, até distinguir as lágrimas da chuva.
Gustavo SampaioO ambiental vive do poder de sugestão sensorial, projectando imagens em movimento no cérebro a partir de um aparente vazio harmónico (ou o outro lado do espelho, o caos da atonalidade fragmentada em sucessivas camadas sobrepostas). Muitas das novas produções revelam-se demasiada soporíferas, no limiar da "muzak" de elevador mas, ainda assim, com pretensões artísticas algo risíveis (regra número 1: citar Brian Eno nas entrevistas).
Por entre dezenas de discos insípidos, porém, destacam-se produções acima da média, capazes de cristalizar o ocaso do género ambiental. Tryptych (Modern Love, 2011), revisão da matéria dada por Demdike Stare, é um desses momentos singulares, ao que não será alheia a inspiração cinematográfica, teleportando o ouvinte para o cenário de um filme de terror em constante mutação conceptual.
Dokument.02 não tem uma imagética tão rica. É mais difícil, mais profundo e progressivo, implicando um maior comprometimento de disposição e atenção. Mas superada a primeira sensação de estranheza, acaba por se saldar numa experiência não menos extraordinária. Uma torrente de sensações - lenta, soturna, enigmática - que se explana no tempo e no espaço. Como um bom livro de ficção científica, para ir redescobrindo leitura após leitura, até distinguir as lágrimas da chuva.
gsampaio@hotmail.com
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