DISCOS
Shawn Lee´s Ping Pong Orchestra
World Of Funk
· 13 Jul 2011 · 14:22 ·

Shawn Lee´s Ping Pong Orchestra
World Of Funk
2011
Ubiquity Records
Sítios oficiais:
- Shawn Lee´s Ping Pong Orchestra
- Ubiquity Records
World Of Funk
2011
Ubiquity Records
Sítios oficiais:
- Shawn Lee´s Ping Pong Orchestra
- Ubiquity Records

Shawn Lee´s Ping Pong Orchestra
World Of Funk
2011
Ubiquity Records
Sítios oficiais:
- Shawn Lee´s Ping Pong Orchestra
- Ubiquity Records
World Of Funk
2011
Ubiquity Records
Sítios oficiais:
- Shawn Lee´s Ping Pong Orchestra
- Ubiquity Records
Funk à volta do mundo.
Volvidas várias experiências em que revolveu enigmaticamente titãs da pop a seu bel prazer, fundiu, brincou, expandiu rock, jazz, dub, funk, easy-listening, blues, soul, electrónica, psicadélica além do que normalmente se espera de um músico considerado versátil, Shawn Lee, há muito num limbo (por não saber onde aterrar num sitio certo), chega finalmente para atestar decorosamente um ecletismo gerador de um profundo sentido de unidade. Um sentido há muito em falta e que o impedia de ascender à galeria dos produtores a levar (mesmo) a sério; um sentido com uma fórmula estética sóbria que, mesmo levada ao limite, se mantivesse estável em dias subsequentes.
World Of Funk é o derradeiro contraponto na sua discografia, aquele marco que assinala um estádio de progresso que definitivamente evita uma sonoridade sincrética amiúde descontrolada. Até hoje incapaz de gerar mais valia com as diversas caldeiradas (nem carne, nem peixe), Lee rendeu-se em definitivo a um género – o funk – e daí partiu para uma nova aventura em busca de terreno fértil e sólido para a sua pessoal extrapolação da coisa.
Com o coração, por hora, completamente entregue ao genuíno espírito funk – e aos seus maniqueísmos, à sua adaptabilidade – foi das suas coordenadas fundamentais que Lee tentou suplantar-se a si próprio, não revolvendo as linguagens clássicas de 60 ou 70 para devolver mais do mesmo, mas para delas partir – planando lentamente pela variedade cultural da música do mundo –, investindo precioso tempo no design certeiro de indumentárias que revestissem o manequim funk com excentricidades exóticas e eclécticas.
Como só ganha quem acerta, este norte-americano (a residir em Londres) é agora um puro homem do mundo que acertou no propósito pessoal de redenção da sua música, gratificando-nos no processo com uma genuína prova da universalidade do funk. Facilitou o seu talento como proficiente multi-instrumentalista (o seu estúdio está povoado por brinquedos como a citara, ektar, balafon, tanpura, kalimba, vibrafone, xilofone, charango ou bouzouki) e o selecto ladeamento com talentos como Curumin, Natacha Atlas, Michael Leonhart, Elliot Bergman, Clutchy Hopkins ou Bardo Martinez. Todos contribuíram com singular e virtude distinção num saudável e produtivo exercício especulativo que passou virtualmente pelos quatro cantos do mundo. Que Shawn Lee não se volte a perder no propósito e outras excelências como World Of Funk se seguirão. Obrigatório.
Rafael SantosWorld Of Funk é o derradeiro contraponto na sua discografia, aquele marco que assinala um estádio de progresso que definitivamente evita uma sonoridade sincrética amiúde descontrolada. Até hoje incapaz de gerar mais valia com as diversas caldeiradas (nem carne, nem peixe), Lee rendeu-se em definitivo a um género – o funk – e daí partiu para uma nova aventura em busca de terreno fértil e sólido para a sua pessoal extrapolação da coisa.
Com o coração, por hora, completamente entregue ao genuíno espírito funk – e aos seus maniqueísmos, à sua adaptabilidade – foi das suas coordenadas fundamentais que Lee tentou suplantar-se a si próprio, não revolvendo as linguagens clássicas de 60 ou 70 para devolver mais do mesmo, mas para delas partir – planando lentamente pela variedade cultural da música do mundo –, investindo precioso tempo no design certeiro de indumentárias que revestissem o manequim funk com excentricidades exóticas e eclécticas.
Como só ganha quem acerta, este norte-americano (a residir em Londres) é agora um puro homem do mundo que acertou no propósito pessoal de redenção da sua música, gratificando-nos no processo com uma genuína prova da universalidade do funk. Facilitou o seu talento como proficiente multi-instrumentalista (o seu estúdio está povoado por brinquedos como a citara, ektar, balafon, tanpura, kalimba, vibrafone, xilofone, charango ou bouzouki) e o selecto ladeamento com talentos como Curumin, Natacha Atlas, Michael Leonhart, Elliot Bergman, Clutchy Hopkins ou Bardo Martinez. Todos contribuíram com singular e virtude distinção num saudável e produtivo exercício especulativo que passou virtualmente pelos quatro cantos do mundo. Que Shawn Lee não se volte a perder no propósito e outras excelências como World Of Funk se seguirão. Obrigatório.
r_b_santos_world@hotmail.com
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