DISCOS
Karlmarx
The Karl Marx Project
· 20 Jun 2011 · 14:41 ·

Karlmarx
The Karl Marx Project
2011
Melting Pot Music
Sítios oficiais:
- Karlmarx
- Melting Pot Music
The Karl Marx Project
2011
Melting Pot Music
Sítios oficiais:
- Karlmarx
- Melting Pot Music

Karlmarx
The Karl Marx Project
2011
Melting Pot Music
Sítios oficiais:
- Karlmarx
- Melting Pot Music
The Karl Marx Project
2011
Melting Pot Music
Sítios oficiais:
- Karlmarx
- Melting Pot Music
Fica a esperança em dias mais determinados para os dois irmãos neozelandeses que aqui se limitam a debitar destoantes fantasias cósmicas.
Desconhece-se mais algum significado no nome do projecto e título do álbum para além da conjugação dos alter-egos dos seus dois protagonistas (Isaac Aesili aka Karl e Mark McNeill aka Marx). Lá saberão se há ou não alegorias ou alusões históricas em todo este projecto. Mas definitivamente não é de um manifesto que se trata, nem politico, filosófico, nem sequer musical. Compreende-se, no entanto, que haja um ideal na acção do jogo sonoro cósmico tentando-se alimentar e complementar num imaginário utópico que tem anos de sucessivas experiências na tentativa do panteísmo. Rapidamente se conclui que há alguma manha no pote onde mergulham e que não será com esta exposição limitada de ideias que se atingem pertinentes patamares onde o homem possa encontrar definitivamente a resposta para a sua existência na luz das estrelas.
Nada se vislumbra nesta limitada odisseia que quebre ou acrescente aos devaneios de quem nos anos 70 e 80 acreditou, com muita fé, ter encontrado o caminho certo. A escola alemã foi exímia na procura de buracos negros e super-novas que conduzissem a novas realidades. Outros lhes seguiram; e ainda hoje há quem não desista de encontrar novas formas de atingir o zénite. Mas há sempre o reverso da medalha quando outros, menos diligentes, se limitam a apropriar do ideal sem capacidade de gerar mais-valia. É nessa última categoria que assenta toda a operação The Karl Marx Project: uma apropriação dos paradigmas melódicos de uns Kraftwerk, E.M.A.K., Michael Bundt, Klaus Schulze, Vangelis e até dos The Orb (de finais de 90) para um imediato encaixotamento em estruturas techno, hip-hop e funk enviesados (de ocasional tendência experimentalista), com um Cosmogramma (Flying Lotus) ou um Toeachizown (Dâm-Funk) como elementos aglutinadores.
The Karl Marx Project não daria mais que um interessante EP ou, no limiar, um mini-álbum desde que, obrigatoriamente, deixassem em orbita da Terra metade dos fragmentados inúteis antes de partir para o profundo sideral. Assim, resta atestar o efeito prazeroso na viagem kösmische que "Leaning Shadows", "Mists", "Ares", "Guilt" e "Higgs" sugerem sem veemência ou qualquer malícia. Não se estranhe, então, o frustrante sentimento de inconsequência pela ausência de genuíno estímulo pop nesta demonstração tecnológica de savoir-faire que nos proporciona uma dúzia de minutos agradáveis. Talvez com mais ambição e auto-exigência no futuro nos venham a indicar novos azimutes num universo pop que todos sabemos estar em constante expansão.
Rafael SantosNada se vislumbra nesta limitada odisseia que quebre ou acrescente aos devaneios de quem nos anos 70 e 80 acreditou, com muita fé, ter encontrado o caminho certo. A escola alemã foi exímia na procura de buracos negros e super-novas que conduzissem a novas realidades. Outros lhes seguiram; e ainda hoje há quem não desista de encontrar novas formas de atingir o zénite. Mas há sempre o reverso da medalha quando outros, menos diligentes, se limitam a apropriar do ideal sem capacidade de gerar mais-valia. É nessa última categoria que assenta toda a operação The Karl Marx Project: uma apropriação dos paradigmas melódicos de uns Kraftwerk, E.M.A.K., Michael Bundt, Klaus Schulze, Vangelis e até dos The Orb (de finais de 90) para um imediato encaixotamento em estruturas techno, hip-hop e funk enviesados (de ocasional tendência experimentalista), com um Cosmogramma (Flying Lotus) ou um Toeachizown (Dâm-Funk) como elementos aglutinadores.
The Karl Marx Project não daria mais que um interessante EP ou, no limiar, um mini-álbum desde que, obrigatoriamente, deixassem em orbita da Terra metade dos fragmentados inúteis antes de partir para o profundo sideral. Assim, resta atestar o efeito prazeroso na viagem kösmische que "Leaning Shadows", "Mists", "Ares", "Guilt" e "Higgs" sugerem sem veemência ou qualquer malícia. Não se estranhe, então, o frustrante sentimento de inconsequência pela ausência de genuíno estímulo pop nesta demonstração tecnológica de savoir-faire que nos proporciona uma dúzia de minutos agradáveis. Talvez com mais ambição e auto-exigência no futuro nos venham a indicar novos azimutes num universo pop que todos sabemos estar em constante expansão.
r_b_santos_world@hotmail.com
ÚLTIMOS DISCOS


ÚLTIMAS