DISCOS
Our Broken Garden
Golden Sea
· 30 Mar 2011 · 21:03 ·
Our Broken Garden
Golden Sea
2010
Bella Union / CoOp
Sítios oficiais:
- Our Broken Garden
- Bella Union
Golden Sea
2010
Bella Union / CoOp
Sítios oficiais:
- Our Broken Garden
- Bella Union
Our Broken Garden
Golden Sea
2010
Bella Union / CoOp
Sítios oficiais:
- Our Broken Garden
- Bella Union
Golden Sea
2010
Bella Union / CoOp
Sítios oficiais:
- Our Broken Garden
- Bella Union
Canções sem propósito algum que não o de as apreciarmos, simplesmente.
Our Broken Garden é o pseudónimo que Anna Brønsted utiliza para dar ao mundo discos onde os arranjos bonitos tomam o pulso às canções, ou não fosse ela pianista e colaboradora em part-time nos Efterklang. O segundo tomo da sua aventura é Golden Sea, disco na orla da dream pop que, como Opticks de Silje Nes, do qual também já se falou por aqui, contém canções meigas e invernosas que pretendem prender-nos os sentidos e deixar-nos a sonhar alto.
"The Departure" é, nesse sentido, uma faixa de abertura tremenda; a melodia melancólica que se ouve no piano corta-nos o espaço para respirar, arrebata-nos a atenção para logo entrar em cena a voz etérea da escandinava. Sucedem-lhe em interesse as gingonas "The Feral", com os seus arranjos de cordas, e "Garden Grow", igual número onde se ouve Make my lips bleed if you have to / Throw me naked on the floor e se fica a pensar se haverá um lado de menina má nesta voz delicodoce, pensamento coadjuvado por um solo de guitarra muy rock n´ roll (e completamente desnecessário).
Mas não só de cordas se faz a música de Anna; algum experimentalismo electrónico também encontra o seu espaço, como na aquática "Seven Wild Horses", a fazer lembrar alguns momentos dos Radiohead (estivemos quase para dizer que a sua voz é a de um Thom Yorke gaja, mas não quisemos insultá-la). A BeachHouseiana "Warriors of Love" e "The Dark Red Roses", que contém ainda uma faixa de bónus escondida, dão por terminada a história da partida de Brønsted.
Um dos problemas, contudo, de Golden Sea é não ter, salvo a supramencionada "The Departure", momentos que realmente puxem pelo ouvinte para que se possa elogiar o disco no seu todo e não apenas as canções individualmente; escutadas fora deste contexto, apreciar-se-ão q.b., mas ouvindo-as de seguida provocam um leve desapontamento. Ou seja; são quarenta minutos agradáveis os que passamos com Anna Brønsted, mas não nos parece é que queiramos repeti-lo por muitas mais vezes. Salvo se levarmos "Garden Grow" a sério.
Paulo CecÃlio"The Departure" é, nesse sentido, uma faixa de abertura tremenda; a melodia melancólica que se ouve no piano corta-nos o espaço para respirar, arrebata-nos a atenção para logo entrar em cena a voz etérea da escandinava. Sucedem-lhe em interesse as gingonas "The Feral", com os seus arranjos de cordas, e "Garden Grow", igual número onde se ouve Make my lips bleed if you have to / Throw me naked on the floor e se fica a pensar se haverá um lado de menina má nesta voz delicodoce, pensamento coadjuvado por um solo de guitarra muy rock n´ roll (e completamente desnecessário).
Mas não só de cordas se faz a música de Anna; algum experimentalismo electrónico também encontra o seu espaço, como na aquática "Seven Wild Horses", a fazer lembrar alguns momentos dos Radiohead (estivemos quase para dizer que a sua voz é a de um Thom Yorke gaja, mas não quisemos insultá-la). A BeachHouseiana "Warriors of Love" e "The Dark Red Roses", que contém ainda uma faixa de bónus escondida, dão por terminada a história da partida de Brønsted.
Um dos problemas, contudo, de Golden Sea é não ter, salvo a supramencionada "The Departure", momentos que realmente puxem pelo ouvinte para que se possa elogiar o disco no seu todo e não apenas as canções individualmente; escutadas fora deste contexto, apreciar-se-ão q.b., mas ouvindo-as de seguida provocam um leve desapontamento. Ou seja; são quarenta minutos agradáveis os que passamos com Anna Brønsted, mas não nos parece é que queiramos repeti-lo por muitas mais vezes. Salvo se levarmos "Garden Grow" a sério.
pauloandrececilio@gmail.com
ÚLTIMOS DISCOS
ÚLTIMAS