DISCOS
Martina Topley-Bird
Some Place Simple
· 28 Jan 2011 · 11:04 ·
Martina Topley-Bird
Some Place Simple
2010
Honest Jon´s / Flur
Sítios oficiais:
- Martina Topley-Bird
- Honest Jon´s
- Flur
Some Place Simple
2010
Honest Jon´s / Flur
Sítios oficiais:
- Martina Topley-Bird
- Honest Jon´s
- Flur
Martina Topley-Bird
Some Place Simple
2010
Honest Jon´s / Flur
Sítios oficiais:
- Martina Topley-Bird
- Honest Jon´s
- Flur
Some Place Simple
2010
Honest Jon´s / Flur
Sítios oficiais:
- Martina Topley-Bird
- Honest Jon´s
- Flur
Retrospectiva gera recontextualização que possibilita a descoberta de uma nova Martina: mais despojada e aberta a outros estÃmulos pop.
Ainda hoje é mais conhecida pelo seu trabalho com Tricky. Mas nada disso desvaloriza as suas qualidades individuais e o seu empenho sozinha. Depois de dois discretos discos a solo, Quixotic e The Blue God, ambos separados por cinco anos, Martina Topley-Bird, desafiada pelo sumo-ideólogo da Honest Jon's, Damon Albarn, decide pôr toda a sua música, já antes editada nesses dois álbuns, em retrospectiva. E como se de um arranque de um ponto zero se tratasse, Some Place Simple é uma nova versão de Martina, uma versão unplugged, reconvertida, recontextualizada em que a voz se sobreleva e ganha o verdadeiro protagonismo que as suas produções anteriores não permitiam.
E é de um disco despido de artifÃcios que se trata. Simples na maior parte dos momentos. De melodias minimais e melancólicas, ritmos geralmente demarcados com ligeireza, acordes minguados mas luminosos ou pontuais descargas eléctricas, Some Place Simple vai-se fazendo de reservados contrastes pop – com discretas pinceladas rock, blues e jazz – como se Martina tivesse encetado uma calma viagem de fuga da cidade para os verdes campos da ruralidade em busca de um refúgio para a alma. E sejamos honestos, a voz de Martina soa confortável nestas variações de pop acústica e aveludada – uma têmpera estética ao qual deveria regressar no futuro para mais profundas incursões.
Desconhecia-se-lhe esta vertente de embaladora de espÃritos. Com surpreendente eloquência espalha luz por um cenário triste que reflecte as vicissitudes do amor e dos sonhos, soando amiúde magoada, explorando alguns sentimentos no gume da navalha. Some Place Simple não pretende ser mais do que é: um local simples, acolhedor, sentido. Um local de pura depuração pop, de depuração da própria alma de Martina. Momentos introvertidos, protegidos de ruÃdos desnecessários; música para ser absorvida num dia de inverno, junto à lareira enquanto se lê aquele livro povoado por palavras significantes e doces.
Rafael SantosE é de um disco despido de artifÃcios que se trata. Simples na maior parte dos momentos. De melodias minimais e melancólicas, ritmos geralmente demarcados com ligeireza, acordes minguados mas luminosos ou pontuais descargas eléctricas, Some Place Simple vai-se fazendo de reservados contrastes pop – com discretas pinceladas rock, blues e jazz – como se Martina tivesse encetado uma calma viagem de fuga da cidade para os verdes campos da ruralidade em busca de um refúgio para a alma. E sejamos honestos, a voz de Martina soa confortável nestas variações de pop acústica e aveludada – uma têmpera estética ao qual deveria regressar no futuro para mais profundas incursões.
Desconhecia-se-lhe esta vertente de embaladora de espÃritos. Com surpreendente eloquência espalha luz por um cenário triste que reflecte as vicissitudes do amor e dos sonhos, soando amiúde magoada, explorando alguns sentimentos no gume da navalha. Some Place Simple não pretende ser mais do que é: um local simples, acolhedor, sentido. Um local de pura depuração pop, de depuração da própria alma de Martina. Momentos introvertidos, protegidos de ruÃdos desnecessários; música para ser absorvida num dia de inverno, junto à lareira enquanto se lê aquele livro povoado por palavras significantes e doces.
r_b_santos_world@hotmail.com
ÚLTIMOS DISCOS
ÚLTIMAS