De New Jersey, a terra dos Sopranos e do Boss Bruce Springsteen – que, aliás, os apadrinhou de certa forma e com o qual, de resto, já partilharam o palco –, chega-nos o terceiro álbum dos Gaslight Anthem, que começaram a ganhar maior notoriedade com The ‘59 Sound.

American Slang, o novo trabalho, vem na linha dos anteriores. Músicas com riffs irresistíveis (desde logo, a abrir, a música que empresta nome ao álbum), melodias para bater o pé e abanar a cabeça e uma forte carga emotiva – sem serem emo, ok!? – trazida pelas prestações soulfull do líder da banda, o vocalista e guitarrista Brian Fallon – não sei se será ou não parente, mais ou menos afastado, de Jimmy Fallon, que substituiu Conan Coco O’brien no Late Night Show da NBC.

Ainda assim, neste disco existe algum espaço para músicas em que a banda opta por deixar a sua costela mais punk (influência do caldeirão em que caíram na infância) um pouco de lado, dando espaço a composições que respiram com outra calma, tais como "The Queen Of Lower Chelsea", "Bring It On" e "We Did It When We Were Young", a última de dez faixas. Ou até para arriscarem sair do seu campo habitual, em "The Diamond Church Street Choir", pontuada por dedos a estalar e coros refrescantes.

O disco, no seu conjunto, não defrauda as expectativas dos fãs (embora alguns possam vir a acusar a banda de estar a amolecer um pouco…) e serve de bom cartão-de-visita para quem não conhece estes quatro rapazes. Ou seja, uma evolução na continuidade em que não se inova por aí além mas em que também não se deixam (bons) créditos por mãos alheias. Se isso chega ou não, caberá a cada um ajuizar.