DISCOS
Gucci Mane
The State Vs Radric Davis
· 21 Abr 2010 · 00:02 ·
Gucci Mane
The State Vs Radric Davis
2009
Warner
Sítios oficiais:
- Gucci Mane
The State Vs Radric Davis
2009
Warner
Sítios oficiais:
- Gucci Mane
Gucci Mane
The State Vs Radric Davis
2009
Warner
Sítios oficiais:
- Gucci Mane
The State Vs Radric Davis
2009
Warner
Sítios oficiais:
- Gucci Mane
Pouca auto-comiseração, muita celebração. Pouca introspecção, muita extroversão. A prisão à vista não afecta a disposição.
Recentemente, a revista XXL editou uma peça em que se questionava sobre os efeitos benéficos/negativos do encarceramento na carreira de um rapper. Como seria de esperar, foi possÃvel descortinar casos positivos (2Pac), mas muitos negativos (Project Pat, Shyne, DMX, Lil' Kim). Hoje em dia vivem-se as incertezas dos casos de T.I., Lil' Wayne, Lil' Boosie, e, agora, também de Gucci Mane, protegido de T.I. que começa a dar os seus primeiros passos debaixo dos holofotes, e que prova, com este óptimo disco, que não se sente de todo ofuscado. Aliás, conjugado com o que provavelmente irá ser um disco fantástico (os singles, os singles!!!) de Big Boi, e os bons sinais adiantados por Waka Flocka Flame e OJ Da Juiceman, o disco deste MC de Atlanta poderá indicar um ano de óptima extracção para o hiphop do sul dos EUA.
Gucci inscreve-se na linguagem do chamado trap rap. O hiphop dedicado à s histórias relacionadas com a venda de drogas (vide Clipse, Young Jeezy, T.I., etc). Se falarmos do seu flow, é muito difÃcil não utilizar o termo "áspero" para o classificar. Gucci tem aquele sotaque sulista que engole as letras no fim das palavras, e obriga a estar com atenção redobrada para apanharmos aquilo que diz. O que diz, já se calcula, é como a sua vida é uma festa 24/7/365. São as drogas, a bebida, as jóias cor de limão ("Lemonade"), os sacos cheios de dinheiro, as festas intermináveis ("Wasted"), e todo o outro peixe que vier à rede. Tem Gucci Mane a capacidade de prender a uma narrativa que pouco tem de original? Para tal , além de surpreendentes punchlines, conta com uma equipa excelente de produtores (Drumma Boy, Zaytoven, Fat Boi, Jazze Pha, e outros) que lhe providenciam um acompanhamento sobretudo sintético, em modo excessivo, repleto de agressividade e futurismo, que Gucci atravessa como alguém a abrir caminho no meio de chuva intensa. Colocado no palanque, que ninguém pense que o vai impedir de gritar que chegou ao topo do mundo.
Os pruridos moralistas terão que ficar para mais tarde. Aqui há que passar por grandes músicas como "Bingo", "Heavy", "Spotlight", "Gingerbread Man" ou "Volume". Dispensava-se apenas a brincadeira um tanto ou quanto pateta de "Kush Is My Cologne". Os convidados estão geralmente em boa forma (sobretudo Lil' Wayne, Cam'ron, OJ Da Juiceman e Plies), a música dá vontade de disparar lasers dos dedos, a voz de empunhar uma batuta de maestro e levá-la atrás de nós filme adentro. Se o perÃodo pós-choça não for positivo, ao menos ficamos com isto.
Nuno ProençaGucci inscreve-se na linguagem do chamado trap rap. O hiphop dedicado à s histórias relacionadas com a venda de drogas (vide Clipse, Young Jeezy, T.I., etc). Se falarmos do seu flow, é muito difÃcil não utilizar o termo "áspero" para o classificar. Gucci tem aquele sotaque sulista que engole as letras no fim das palavras, e obriga a estar com atenção redobrada para apanharmos aquilo que diz. O que diz, já se calcula, é como a sua vida é uma festa 24/7/365. São as drogas, a bebida, as jóias cor de limão ("Lemonade"), os sacos cheios de dinheiro, as festas intermináveis ("Wasted"), e todo o outro peixe que vier à rede. Tem Gucci Mane a capacidade de prender a uma narrativa que pouco tem de original? Para tal , além de surpreendentes punchlines, conta com uma equipa excelente de produtores (Drumma Boy, Zaytoven, Fat Boi, Jazze Pha, e outros) que lhe providenciam um acompanhamento sobretudo sintético, em modo excessivo, repleto de agressividade e futurismo, que Gucci atravessa como alguém a abrir caminho no meio de chuva intensa. Colocado no palanque, que ninguém pense que o vai impedir de gritar que chegou ao topo do mundo.
Os pruridos moralistas terão que ficar para mais tarde. Aqui há que passar por grandes músicas como "Bingo", "Heavy", "Spotlight", "Gingerbread Man" ou "Volume". Dispensava-se apenas a brincadeira um tanto ou quanto pateta de "Kush Is My Cologne". Os convidados estão geralmente em boa forma (sobretudo Lil' Wayne, Cam'ron, OJ Da Juiceman e Plies), a música dá vontade de disparar lasers dos dedos, a voz de empunhar uma batuta de maestro e levá-la atrás de nós filme adentro. Se o perÃodo pós-choça não for positivo, ao menos ficamos com isto.
nunoproenca@gmail.com
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