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Pantha du Prince
Black Noise
· 29 Mar 2010 · 11:59 ·
Pantha du Prince
Black Noise
2010
Rough Trade / Popstock
Sítios oficiais:
- Pantha du Prince
- Rough Trade
Black Noise
2010
Rough Trade / Popstock
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Pragmatismo desgovernado num cume glaciar não chega para solucionar a equação desta música.
Pode parecer disparate ou até inócuo esta afirmação, mas há música que não convence totalmente. E uma delas é a de Pantha du Prince. A ocasionalidade de algumas das suas ideias mais pertinentes dará a certeza de determinada substância em tudo o que faz. Mas a incerteza de um caminho definitivo fará com que vacile na hora das verdadeiras decisões.
Poderá até soar inapropriado o argumento do homem errático quando se ouve o novo Black Noise, que até procura com esforço uma linha condutora na cristalinidade dos sons techno esculpidos em grutas perdidas na magistralidade dos glaciares a sua verve melódica. Porque de frio intenso se trata, o alemão recusa estrategicamente camadas excessivas de roupa sonora, procurando em dias e locais gélidos a inspiração e a sonoridade de autor ideal que o torne definitivamente numa referência incontornável numa paisagem techno minimalista em degelo.
Não que Black Noise não seja um documento interessante, mas porque nunca soa convincente mesmo quando procura ser desusado, acaba por soar amiúde imperfeito tal a espera por um qualquer segundo de clÃmax que o torne grandioso. Tudo cintila quando a lógica da programação, na luz da sua razão, torna proficiente o desfile sonoro, mas o brilho nunca chega a ser intenso o suficiente, chegando mesmo a esmorecer no nevoeiro intenso do pragmatismo. Um dos casos mais flagrantes acaba por ser "Stick to my Side" que vagueia vacilante da sua natureza pop, soando quase despropositada a presença de Panda Bear tal o fraco aproveitamento – para não falar do enquadramento – do seu inconfundÃvel instrumento vocal.
Black Noise poderá fazer as delÃcias de quem pula ocasionalmente a cerca da pop mais alternativa, não convence no entanto quem não gosta de ambiguidades techno que tem na escola alemã algumas das suas virtudes – gestão do tempo e do espaço – mas também alguns dos seus defeitos – repetitividade inútil de fórmulas. Ou muito me engano ou o futuro também não passa por aqui, mesmo que isso custe a ouvir.
Rafael SantosPoderá até soar inapropriado o argumento do homem errático quando se ouve o novo Black Noise, que até procura com esforço uma linha condutora na cristalinidade dos sons techno esculpidos em grutas perdidas na magistralidade dos glaciares a sua verve melódica. Porque de frio intenso se trata, o alemão recusa estrategicamente camadas excessivas de roupa sonora, procurando em dias e locais gélidos a inspiração e a sonoridade de autor ideal que o torne definitivamente numa referência incontornável numa paisagem techno minimalista em degelo.
Não que Black Noise não seja um documento interessante, mas porque nunca soa convincente mesmo quando procura ser desusado, acaba por soar amiúde imperfeito tal a espera por um qualquer segundo de clÃmax que o torne grandioso. Tudo cintila quando a lógica da programação, na luz da sua razão, torna proficiente o desfile sonoro, mas o brilho nunca chega a ser intenso o suficiente, chegando mesmo a esmorecer no nevoeiro intenso do pragmatismo. Um dos casos mais flagrantes acaba por ser "Stick to my Side" que vagueia vacilante da sua natureza pop, soando quase despropositada a presença de Panda Bear tal o fraco aproveitamento – para não falar do enquadramento – do seu inconfundÃvel instrumento vocal.
Black Noise poderá fazer as delÃcias de quem pula ocasionalmente a cerca da pop mais alternativa, não convence no entanto quem não gosta de ambiguidades techno que tem na escola alemã algumas das suas virtudes – gestão do tempo e do espaço – mas também alguns dos seus defeitos – repetitividade inútil de fórmulas. Ou muito me engano ou o futuro também não passa por aqui, mesmo que isso custe a ouvir.
r_b_santos_world@hotmail.com
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