DISCOS
Efterklang
Magic Chairs
· 16 Mar 2010 · 14:27 ·
Efterklang
Magic Chairs
2010
4AD / Popstock Portugal
Sítios oficiais:
- Efterklang
- 4AD
- Popstock Portugal
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2010
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Da Dinamarca com amor, com arranjos de luxo e canções de peito cheio. Senhoras e senhores, os Efterklang no seu melhor.
Da Dinamarca onde a luz do dia pode estragar uma boa noite de sono mais cedo do que aquilo que se pensa chega-nos mais um disco dos Efterklang que vai seguindo, mais ou menos, aquilo a que este ensemble se tem proposto nos últimos tempos: enfiar todos os conhecimentos pop que adquiriu num disco que permite a si mesmo algum experimentalismo subversivo e safar-se com isso. Ainda que haja nos Efterklang um desejo provocatório de introduzir ruído (ler confusão) numa estrutura pop convencional, o que sobressai neste Magic Chairs é a pontaria certeira dos arranjos em cada uma das suas 10 canções.
Numa estratégia que lembra muitas vezes os melhores discos do megalómano (elogio) Sufjan Stevens, os Efterklang preenchem as canções – e o seu esqueleto básico – de mil cordas, mil sopros, mil percussões (e alguma electrónica), mil coros, mil adereços. E, surpreendentemente, nada soa minimamente obeso; nada parece em demasia. Não é 60-90-60, é uma mulher orgulhosamente curvilínea. Resumindo: Magic Chairs é um daqueles discos que soam maravilhosamente costurados, admiravelmente bordados como o mais custoso dos trabalhos artesanais. As opções e escolhas de Magic Chairs são puro bom gosto. Urge celebrar isso.
Destacar em Magic Chairs uma canção melhor conseguida que outra é como um trabalho frustrante como encontrar uma agulha cinzenta numa caixa de agulhas brancas. Mas se um soldado tiver de ir em frente para defender o batalhão, talvez “Alike” fosse bom representante para demonstrar em Magic Chairs uma qualidade de escrita acima de média, uma imaginação constante e um imaginário tão envolvente quanto renovável. Na Dinamarca e no resto do mundo, Magic Chairs será sempre um belo disco para testemunhar o encurtar dos dias.
André GomesNuma estratégia que lembra muitas vezes os melhores discos do megalómano (elogio) Sufjan Stevens, os Efterklang preenchem as canções – e o seu esqueleto básico – de mil cordas, mil sopros, mil percussões (e alguma electrónica), mil coros, mil adereços. E, surpreendentemente, nada soa minimamente obeso; nada parece em demasia. Não é 60-90-60, é uma mulher orgulhosamente curvilínea. Resumindo: Magic Chairs é um daqueles discos que soam maravilhosamente costurados, admiravelmente bordados como o mais custoso dos trabalhos artesanais. As opções e escolhas de Magic Chairs são puro bom gosto. Urge celebrar isso.
Destacar em Magic Chairs uma canção melhor conseguida que outra é como um trabalho frustrante como encontrar uma agulha cinzenta numa caixa de agulhas brancas. Mas se um soldado tiver de ir em frente para defender o batalhão, talvez “Alike” fosse bom representante para demonstrar em Magic Chairs uma qualidade de escrita acima de média, uma imaginação constante e um imaginário tão envolvente quanto renovável. Na Dinamarca e no resto do mundo, Magic Chairs será sempre um belo disco para testemunhar o encurtar dos dias.
andregomes@bodyspace.net
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