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Cold Cave
Love Comes Close
· 10 Fev 2010 · 11:53 ·

Cold Cave
Love Comes Close
2009
Matador / Popstock Portugal
Sítios oficiais:
- Cold Cave
- Matador
Love Comes Close
2009
Matador / Popstock Portugal
Sítios oficiais:
- Cold Cave
- Matador

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Love Comes Close
2009
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- Cold Cave
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Banho de cold-wave nada banhada, reciclada sim, mas fresca como um mergulho de ano novo.
Love comes close é a estreia dos Cold Cave, nome que assenta que nem uma luva a esta espécie de mini-super-grupo que conta nas suas fileiras com Wesley Eisold (Give Up the Ghost), Ian Dominic Fernow (Prurient) e Caralee McElroy (ex-Xiu Xiu). O nome leva-nos de imediato para frio e escuridão, temas clichés de um movimento de 80's reciclado por vezes bastante mal mas com muita euforia nos últimos anos. Mas não neste caso.
Cold Cave é de ontem mas é de agora. Reciclado q.b., respira e transpira música para cavernas com eremitas que não passam sem acesso à internet, vampiros que têm consciência da SIDA. São nove temas quase bem-dispostos, numa toada electro, nada longe à primeira audição dos Human League. Aprofundando depois a rodela, encontramos o brilhante e perdido “Goodbye Horses” de Q Lazzarus no início “Love comes close”, bastante Section 25 era “Looking from a Hilltop”, muito Cabaret Voltaire de oitentas e muitos, algum Visage, Magazine e pitadas de Pulp era Separations ("Heaven was full" parece o Jarvis a cantar). Sem faltarem, claro, sintetizadores e baixos convertidos ao New Orderismo, sem tanta sensibilidade pop mas com uma genica dançável considerável, mais “so so two thousands something”.
Tanto, que os excelentes “Life Magazine” e “The Trees Grew Emotions and Died” relembram Crystal Castles que também já repescavam os coros cyber-femininos dos grandes Visage. Mas volto a insistir, bem repescado, para uma estreia sem espinhas, numa caldeirada cold-wave onde sem dúvida se encontra bom peixe, passe a comparação gastronómica, nem que seja porque este álbum dava uma óptima festa daquelas tipo “pescaria-chic-de-Anywhere-Next-Top-Models-durante-a-noite-e-manhã-inteira-sem-passar-pelas-brasas-até-à-hora-do-almoço-perdão-pequeno-almoço-esfomeado”.
Nuno LealCold Cave é de ontem mas é de agora. Reciclado q.b., respira e transpira música para cavernas com eremitas que não passam sem acesso à internet, vampiros que têm consciência da SIDA. São nove temas quase bem-dispostos, numa toada electro, nada longe à primeira audição dos Human League. Aprofundando depois a rodela, encontramos o brilhante e perdido “Goodbye Horses” de Q Lazzarus no início “Love comes close”, bastante Section 25 era “Looking from a Hilltop”, muito Cabaret Voltaire de oitentas e muitos, algum Visage, Magazine e pitadas de Pulp era Separations ("Heaven was full" parece o Jarvis a cantar). Sem faltarem, claro, sintetizadores e baixos convertidos ao New Orderismo, sem tanta sensibilidade pop mas com uma genica dançável considerável, mais “so so two thousands something”.
Tanto, que os excelentes “Life Magazine” e “The Trees Grew Emotions and Died” relembram Crystal Castles que também já repescavam os coros cyber-femininos dos grandes Visage. Mas volto a insistir, bem repescado, para uma estreia sem espinhas, numa caldeirada cold-wave onde sem dúvida se encontra bom peixe, passe a comparação gastronómica, nem que seja porque este álbum dava uma óptima festa daquelas tipo “pescaria-chic-de-Anywhere-Next-Top-Models-durante-a-noite-e-manhã-inteira-sem-passar-pelas-brasas-até-à-hora-do-almoço-perdão-pequeno-almoço-esfomeado”.
nunleal@gmail.com
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