DISCOS
Lindstrøm & Christabelle
Real Life Is No Cool
· 22 Jan 2010 · 18:32 ·
Lindstrøm & Christabelle
Real Life Is No Cool
2010
Smalltown Supersound / Flur
Sítios oficiais:
- Lindstrøm & Christabelle
- Smalltown Supersound
- Flur
Real Life Is No Cool
2010
Smalltown Supersound / Flur
Sítios oficiais:
- Lindstrøm & Christabelle
- Smalltown Supersound
- Flur
Lindstrøm & Christabelle
Real Life Is No Cool
2010
Smalltown Supersound / Flur
Sítios oficiais:
- Lindstrøm & Christabelle
- Smalltown Supersound
- Flur
Real Life Is No Cool
2010
Smalltown Supersound / Flur
Sítios oficiais:
- Lindstrøm & Christabelle
- Smalltown Supersound
- Flur
Lindstrøm converte-se à pop de 80 num disco lascivo que se despe lentamente.
As comparações entre Lindstrøm e Moroder e entre Christabelle e Donna Summer não param de se avolumar. E se há até alguma graça na semelhança como Lindstrøm manobra os sintetizadores na criação de melodias space-disco à la Moroder, já a comparação de Christabelle a Summer parece francamente exagerada. Semelhanças e curiosidades à parte, Real Life Is No Cool vale por si, independentemente ser um versátil exercÃcio pop que soube absorver o melhor do disco-sound, do electro e do funk, sem nunca lhes ficar a dever qualquer especial favor. Ai reside parte do segredo da habilidosa produção de Lindstrøm neste disco: a forma como incorpora na modernidade – que pode ter o principio de acção, por exemplo, na house de Chicago – as diversas partÃculas da década de 1980 deixadas como legado por gente como o já citado Giorgio Moroder, Michael Jackson ou Grace Jones.
Real Life Is No Cool não é fruto do acaso nem de um intenso esforço de concretização. É sim o resultado de uma longa e calma colaboração que remonta a 2003 quando a iniciada Christabelle Sandoo ainda se apresentava como Solale. Estamos, então, perante registo que é um acumular de experiências onde a musica de Lindstrøm plana entre as simples fantasias espaciais e composições complexas repletas de intrincadas referências retro-futuristas, aproximando a sua crescente veia pop ao estilo que o mais tem caracterizado – e que teve em It's A Feedelity Affair um dos momentos mais estimulantes –, enquanto Christabelle ilumina o espaço que lhe foi reservado para afamar.
Por mais que tente negar esta realidade, este disco não revela a presunção que atravessou o último trabalho em que o norouegues se envolveu com o seu compatriota Prins Thomas, um projecto claramente destinado a longas divagações onde o espÃrito disco, com desejos de novas realizações, pairava no ar; nem se perde infinitamente nas profundezas do espaço como o mal entendido Where You Go I Go Too
Real Life Is No Cool é directo nos seus propósitos hedonistas; tem um apelo doce de um reboçado pop que se vira e revira e que desejamos que não desapareça com duas trincadas. É sensual na lenta forma como mostra o seu elegante corpo feminino; é formosura sincera que se aprecia logo no primeiro contacto fÃsico. Sinta-se, de olhos bem abertos, as irresistÃveis esfregas digitais de «Lovesick», «Let It Happen», «Keep It Up», «Music In My Mind» ou o vicioso estilo Michael Jackson em «Baby Can't Stop» para que o orgasmo seja inevitável. Real Life Is No Cool é lascivo e libertino que cintila sem nunca ofuscar, mesmo quando não revela a ambição viçosa de obras anteriores.
Rafael SantosReal Life Is No Cool não é fruto do acaso nem de um intenso esforço de concretização. É sim o resultado de uma longa e calma colaboração que remonta a 2003 quando a iniciada Christabelle Sandoo ainda se apresentava como Solale. Estamos, então, perante registo que é um acumular de experiências onde a musica de Lindstrøm plana entre as simples fantasias espaciais e composições complexas repletas de intrincadas referências retro-futuristas, aproximando a sua crescente veia pop ao estilo que o mais tem caracterizado – e que teve em It's A Feedelity Affair um dos momentos mais estimulantes –, enquanto Christabelle ilumina o espaço que lhe foi reservado para afamar.
Por mais que tente negar esta realidade, este disco não revela a presunção que atravessou o último trabalho em que o norouegues se envolveu com o seu compatriota Prins Thomas, um projecto claramente destinado a longas divagações onde o espÃrito disco, com desejos de novas realizações, pairava no ar; nem se perde infinitamente nas profundezas do espaço como o mal entendido Where You Go I Go Too
Real Life Is No Cool é directo nos seus propósitos hedonistas; tem um apelo doce de um reboçado pop que se vira e revira e que desejamos que não desapareça com duas trincadas. É sensual na lenta forma como mostra o seu elegante corpo feminino; é formosura sincera que se aprecia logo no primeiro contacto fÃsico. Sinta-se, de olhos bem abertos, as irresistÃveis esfregas digitais de «Lovesick», «Let It Happen», «Keep It Up», «Music In My Mind» ou o vicioso estilo Michael Jackson em «Baby Can't Stop» para que o orgasmo seja inevitável. Real Life Is No Cool é lascivo e libertino que cintila sem nunca ofuscar, mesmo quando não revela a ambição viçosa de obras anteriores.
r_b_santos_world@hotmail.com
ÚLTIMOS DISCOS
ÚLTIMAS