DISCOS
Trus´me
In The Red
· 15 Jan 2010 · 11:13 ·

Trus´me
In The Red
2009
Fat City Recordings
Sítios oficiais:
- Trus´me
- Fat City Recordings
In The Red
2009
Fat City Recordings
Sítios oficiais:
- Trus´me
- Fat City Recordings

Trus´me
In The Red
2009
Fat City Recordings
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- Trus´me
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In The Red
2009
Fat City Recordings
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- Trus´me
- Fat City Recordings
Sofisticado e ecléctico manifesto rítmico que dobra sobre si tudo o que de melhor a house, a soul e o funk tem para oferecer.
Um bom groove nunca fez mal a ninguém. Independentemente de ser um que nada mais faça que reforçar a ideia da constante necessidade de mergulho nos velhos filões soul e funk como sustento criativo. Havendo determinação de quem manipula a matéria-prima, haverá sempre quem conheça a dose certa e nos consiga convencer da pertinência em acrescentar algo mais ao rico imaginário rítmico de um swing vigoroso que contempla sempre que pode o amor. Algo que lhe devolva o espírito festivo sem que se passe o tempo com interrogações sobre a pertinência da constante reciclagem sonora a que muitos habilidosos produtores – uns mais sérios que outros – se têm dedicado.
Trus’me não será o único a possuir porção mágica que faz com que tudo o que produza funcione correctamente. E se desde Working Nights é comparado com Moodymann ou Theo Parrish pela aproximação subtil do funk, do jazz e da soul ao deep-house, é também pela forma obsessiva como mexe e remexe na matriz sonora afro-americana que David James Wolstencroft tem angariado rasgados elogios.
Sem que altere a dose elementar do groove da sua música, In The Red aventura-se em frente sem nunca dar um passo maior que a perna. E elogie-se a presença dos convidados (Amp Fiddler, Dâm-Funk, Paul Randolph e Pirahnahead) que num importante contributo, permitem a Trus'me a profundidade sonora e espiritual desejada, sem que o hedonismo possua os corpos mais incautos só porque assim o deseja. Tal como é um disco rigoroso sem que se torne excessivamente ponderoso, mesmo quando recria de forma peculiar e original clássicos como «Wheel Me Out» dos Was Not Was (1980), «Can We Pretend» de Bill Withers (1974) ou «Sucker for a Pretty Face» de West Phillips (1983).
E não será por acaso que ainda há discos house (ou qualquer coisa que se pareça) que merecem ser ouvidos, quanto mais não seja pela consciência da recontextualização da tipologia – e da sua promiscuidade permanente com o disco-sound ou funk - e da sua elástica maleabilidade quando a imaginação a força, recorrendo a magnificas e enérgicas linhas de baixo, a esticar e contornar-se. Nesse campeonato, In The Red é o que esperaríamos dele. Mantendo a aura de coerência que o registo debutante já possuía, este segundo disco deste jovem de Manchester brilha mais por saber demonstrar sofisticação na programação e inteligência na manipulação dos elementos que normalmente fazem as grandes canções. Escute-se, logo no início, o ecléctico «Pretend» (com Amp Fiddler) para se perceber os desígnios de um disco "viciante" como In The Red. Muito bom.
Rafael SantosTrus’me não será o único a possuir porção mágica que faz com que tudo o que produza funcione correctamente. E se desde Working Nights é comparado com Moodymann ou Theo Parrish pela aproximação subtil do funk, do jazz e da soul ao deep-house, é também pela forma obsessiva como mexe e remexe na matriz sonora afro-americana que David James Wolstencroft tem angariado rasgados elogios.
Sem que altere a dose elementar do groove da sua música, In The Red aventura-se em frente sem nunca dar um passo maior que a perna. E elogie-se a presença dos convidados (Amp Fiddler, Dâm-Funk, Paul Randolph e Pirahnahead) que num importante contributo, permitem a Trus'me a profundidade sonora e espiritual desejada, sem que o hedonismo possua os corpos mais incautos só porque assim o deseja. Tal como é um disco rigoroso sem que se torne excessivamente ponderoso, mesmo quando recria de forma peculiar e original clássicos como «Wheel Me Out» dos Was Not Was (1980), «Can We Pretend» de Bill Withers (1974) ou «Sucker for a Pretty Face» de West Phillips (1983).
E não será por acaso que ainda há discos house (ou qualquer coisa que se pareça) que merecem ser ouvidos, quanto mais não seja pela consciência da recontextualização da tipologia – e da sua promiscuidade permanente com o disco-sound ou funk - e da sua elástica maleabilidade quando a imaginação a força, recorrendo a magnificas e enérgicas linhas de baixo, a esticar e contornar-se. Nesse campeonato, In The Red é o que esperaríamos dele. Mantendo a aura de coerência que o registo debutante já possuía, este segundo disco deste jovem de Manchester brilha mais por saber demonstrar sofisticação na programação e inteligência na manipulação dos elementos que normalmente fazem as grandes canções. Escute-se, logo no início, o ecléctico «Pretend» (com Amp Fiddler) para se perceber os desígnios de um disco "viciante" como In The Red. Muito bom.
r_b_santos_world@hotmail.com
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