DISCOS
Sonya Cotton
Red River
· 30 Jul 2009 · 00:00 ·

Sonya Cotton
Red River
2009
Edição de Autor
Sítios oficiais:
- Sonya Cotton
Red River
2009
Edição de Autor
Sítios oficiais:
- Sonya Cotton

Sonya Cotton
Red River
2009
Edição de Autor
Sítios oficiais:
- Sonya Cotton
Red River
2009
Edição de Autor
Sítios oficiais:
- Sonya Cotton
Algodão de folk genérica não chega sequer para enganar os mais carenciados admiradores de Joanna Newsom.
Não há nada mais aborrecido que um veado morto sem canções que o justifiquem. O cenário piora se pensarmos que a norte-americana Sonya Cotton é obrigada a arrastá-lo pela ladeira de um disco de folk genérica, que vale o seu peso em algodão. Nem um pastor alemão encontraria por aqui vestígios da magia e ingenuidade cativante de Joanna Newsom, apesar do molde ser muito semelhante: canções alegóricas provocam o embalo folk enquanto nos convidam até à floresta. Era melhor que assim não fosse.
Sonya Cotton podia, pelo menos, arriscar um álbum que enganasse pela novidade, como La Maison de Mon Rêve, o primeiro e último disco suportável das Cocorosie. Red River nem sequer se dá a esse esforço: a canção tem a espessura da água e o piano e arranjos de cordas servem como a folha de hortelã que disfarça o aspecto sensaborão de tudo isto (“Hunters”, mesmo assim, agarra precisamente pelos arranjos; “Knowing Mother” tem força, mas deixa a sensação de déjà écouté).
A voz de Sonya Cotton é harmoniosa, bonita e atrai o cantar dos passarinhos, como confirmam as publicações da especialidade, mas tudo isto é tão tangencialmente engraçado que nunca supera o medíocre. Se o apetite pede folk da floresta profunda, o melhor será investir num disco de Tiny Vipers ou mergulhar de cabeça na dimensão Fursaxa. Red River é um bocejo e um veado morto.
Miguel ArsénioSonya Cotton podia, pelo menos, arriscar um álbum que enganasse pela novidade, como La Maison de Mon Rêve, o primeiro e último disco suportável das Cocorosie. Red River nem sequer se dá a esse esforço: a canção tem a espessura da água e o piano e arranjos de cordas servem como a folha de hortelã que disfarça o aspecto sensaborão de tudo isto (“Hunters”, mesmo assim, agarra precisamente pelos arranjos; “Knowing Mother” tem força, mas deixa a sensação de déjà écouté).
A voz de Sonya Cotton é harmoniosa, bonita e atrai o cantar dos passarinhos, como confirmam as publicações da especialidade, mas tudo isto é tão tangencialmente engraçado que nunca supera o medíocre. Se o apetite pede folk da floresta profunda, o melhor será investir num disco de Tiny Vipers ou mergulhar de cabeça na dimensão Fursaxa. Red River é um bocejo e um veado morto.
migarsenio@yahoo.com
ÚLTIMOS DISCOS


ÚLTIMAS