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The Fresh & Onlys
The Fresh & Onlys
· 17 Jun 2009 · 20:00 ·

The Fresh & Onlys
The Fresh & Onlys
2009
Castle Face
Sítios oficiais:
- The Fresh & Onlys
- Castle Face
The Fresh & Onlys
2009
Castle Face
Sítios oficiais:
- The Fresh & Onlys
- Castle Face

The Fresh & Onlys
The Fresh & Onlys
2009
Castle Face
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- The Fresh & Onlys
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The Fresh & Onlys
2009
Castle Face
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- The Fresh & Onlys
- Castle Face
A qualidade inequívoca do rock de São Francisco chega-se uma vez mais à frente num disco que promete.
Shayde Sartin e Tim Cohen podem gabar-se de mais de uma centena de canções que escreveram em apenas alguns meses. Depois de habituarem o corpo às exigências do rock de São Francisco (Sartin tocou baixo nos Skygreen Leopards, por exemplo), os dois empregados da loja Amoeba Music descartaram a hipótese de regravar os temas escritos solitariamente por Tim Cohen e optaram antes por unir esforços como The Fresh & Onlys. As canções surgiram desenfreadamente.
As restantes respostas ficam a cargo da estreia homónima na (quente, quente) Castle Face, porque o discurso devolvido faz-se de rock saído da casca que o atrofia, refrães em desalinho, reverb da mais infernal casta, mucosidade própria das frequências AM (o ingrediente secreto desta fornada de bandas). Em entrevista, os Fresh & Onlys não só aceitam as comparações, como assumem a vontade de unir, nas suas canções, o vocalista X e o sentido de harmonia da banda Y. Quando o quarto ainda oferece uma vaga, Syd Barrett apadrinha a fusão.
Entretanto permaneceram à solta as mais de cem canções reveladas logo no início deste corridinho. A quantidade serve para explicar que o jornalismo musical norte-americano adora espicaçar o campeonato entre compositores que alegam ter excelentes canções em reserva, mesmo que os seus discos não transpareçam essa fertilidade. É cada vez menos convincente o “bluff” de cromos desbocados como Prince, Rivers Cuomo dos Weezer ou Ryan Adams. Por sua vez e ao que tudo indica, a cesta cheia de canções levará a que o nome dos Fresh & Onlys seja representado por oito selos diferentes entre 2009 e o início de 2010 (com novos álbuns anunciados na Woodsist e na infalível In the Red). Muita fruta fresca.
Não é fácil vincar a pegada no cimento que cai da betoneira em que São Francisco amassou bandas tão genuínas como os Sic Alps, Hospitals ou Thee Oh Sees (nomes de excepcional visão sónica aplicada no rock que olha para trás e para a frente). The Fresh & Onlys faz o que pode para marcar posição, mesmo que vacile numa fase intermédia que denota algum decréscimo de ideias. É um disco que deixa no ar o odor a boa pólvora e a promessa de mais umas quantas balas no tambor.
Miguel ArsénioAs restantes respostas ficam a cargo da estreia homónima na (quente, quente) Castle Face, porque o discurso devolvido faz-se de rock saído da casca que o atrofia, refrães em desalinho, reverb da mais infernal casta, mucosidade própria das frequências AM (o ingrediente secreto desta fornada de bandas). Em entrevista, os Fresh & Onlys não só aceitam as comparações, como assumem a vontade de unir, nas suas canções, o vocalista X e o sentido de harmonia da banda Y. Quando o quarto ainda oferece uma vaga, Syd Barrett apadrinha a fusão.
Entretanto permaneceram à solta as mais de cem canções reveladas logo no início deste corridinho. A quantidade serve para explicar que o jornalismo musical norte-americano adora espicaçar o campeonato entre compositores que alegam ter excelentes canções em reserva, mesmo que os seus discos não transpareçam essa fertilidade. É cada vez menos convincente o “bluff” de cromos desbocados como Prince, Rivers Cuomo dos Weezer ou Ryan Adams. Por sua vez e ao que tudo indica, a cesta cheia de canções levará a que o nome dos Fresh & Onlys seja representado por oito selos diferentes entre 2009 e o início de 2010 (com novos álbuns anunciados na Woodsist e na infalível In the Red). Muita fruta fresca.
Não é fácil vincar a pegada no cimento que cai da betoneira em que São Francisco amassou bandas tão genuínas como os Sic Alps, Hospitals ou Thee Oh Sees (nomes de excepcional visão sónica aplicada no rock que olha para trás e para a frente). The Fresh & Onlys faz o que pode para marcar posição, mesmo que vacile numa fase intermédia que denota algum decréscimo de ideias. É um disco que deixa no ar o odor a boa pólvora e a promessa de mais umas quantas balas no tambor.
migarsenio@yahoo.com
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