DISCOS
Leighton Craig
11 Easy Pieces
· 14 Jan 2009 · 20:34 ·

Leighton Craig
11 Easy Pieces
2008
Room 40
Sítios oficiais:
- Leighton Craig
- Room 40
11 Easy Pieces
2008
Room 40
Sítios oficiais:
- Leighton Craig
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Leighton Craig
11 Easy Pieces
2008
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- Leighton Craig
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11 Easy Pieces
2008
Room 40
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- Leighton Craig
- Room 40
Uma romã eléctrica – dividida em 11 + 2 sementes - floresce em explorações algo ingénuas (e chatas) de teclados passageiros.
Existem discos muito mais apontados à revelação de possibilidades do que de conclusões. Incidindo a lupa sobre a novidade que nos chega de Brisbane, na Austrália, “disco” sujeita-se a ser um título demasiado formal para o bloco de apontamentos sonoros que Leighton Craig criou com a intenção de documentar dois bem-aventurados anos dedicados a vários teclados (na sua maioria vintage) colocados sobre uma mesa de cozinha.
Honrando a dose prometida no título, 11 Easy Pieces serve uma empreitada de 11 temas situados entre o rascunho e a digressão trivial e reserva ainda tempo para duas outras incursões (“In Memoriam” e “Threnody”) garantidamente mais elaboradas que as restantes. Ainda que seja fácil virar as páginas deste diário de pontas soltas e canções que nunca chegaram a ser mais que embrião (esporadicamente bem nutrido), é necessária uma paciência suplementar para encaixar tal rol de exercícios, cuja principal pertinência recairá provavelmente na exemplificação dos vários timbres e micro-funções armazenadas nos teclados expostos.
Oscilando entre o fofinho e o sofrível, as onze easy pieces registam ambivalência suficiente para evitar o absoluto aborrecimento, mesmo sem necessitarem de qualquer produção significante (easy é também mal-passado): “Comet” é solene na sua proporção de pano de fundo para pop de olhos estrelados; “Self-Portrait, Underwater” indica que a desaceleração absurda de um teclado é o que basta para afundar um submarino de brincar. Brinca-se muito em 11 Easy Pieces. Quando o registo se inverte num sentido mais sério, rumando ao desértico e discreto acasalamento de drones de “Threnody”, é difícil reunir vontade para tentar perceber como essa faixa ganhou lugar num disco onde parece totalmente deslocada. 11 Easy Pieces desfalece em aberto, sem nunca cativar quanto baste.
Miguel ArsénioHonrando a dose prometida no título, 11 Easy Pieces serve uma empreitada de 11 temas situados entre o rascunho e a digressão trivial e reserva ainda tempo para duas outras incursões (“In Memoriam” e “Threnody”) garantidamente mais elaboradas que as restantes. Ainda que seja fácil virar as páginas deste diário de pontas soltas e canções que nunca chegaram a ser mais que embrião (esporadicamente bem nutrido), é necessária uma paciência suplementar para encaixar tal rol de exercícios, cuja principal pertinência recairá provavelmente na exemplificação dos vários timbres e micro-funções armazenadas nos teclados expostos.
Oscilando entre o fofinho e o sofrível, as onze easy pieces registam ambivalência suficiente para evitar o absoluto aborrecimento, mesmo sem necessitarem de qualquer produção significante (easy é também mal-passado): “Comet” é solene na sua proporção de pano de fundo para pop de olhos estrelados; “Self-Portrait, Underwater” indica que a desaceleração absurda de um teclado é o que basta para afundar um submarino de brincar. Brinca-se muito em 11 Easy Pieces. Quando o registo se inverte num sentido mais sério, rumando ao desértico e discreto acasalamento de drones de “Threnody”, é difícil reunir vontade para tentar perceber como essa faixa ganhou lugar num disco onde parece totalmente deslocada. 11 Easy Pieces desfalece em aberto, sem nunca cativar quanto baste.
migarsenio@yahoo.com
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