DISCOS
Squarepusher
Just a Souvenir
· 08 Jan 2009 · 12:59 ·
Squarepusher
Just a Souvenir
2008
Warp Records
Sítios oficiais:
- Squarepusher
- Warp Records
Just a Souvenir
2008
Warp Records
Sítios oficiais:
- Squarepusher
- Warp Records
Squarepusher
Just a Souvenir
2008
Warp Records
Sítios oficiais:
- Squarepusher
- Warp Records
Just a Souvenir
2008
Warp Records
Sítios oficiais:
- Squarepusher
- Warp Records
Nova fase de delírios de insuflação rock dão a Squarepusher uma nova dinâmica criativa às suas electrónicas surrealistas.
Tudo começa com uma visão. E esta começou ''as a daydream about watching a crazy, beautiful rock band play an ultra-gig”. Não será certamente uma ideia original no universo musical deste planeta. Agora não deixará de ser um desafio interessante para qualquer melómano quando um dos mais estimulantes interveniente das electrónicas inteligentes decide “arockalhar” o seu som. Porque é disso que se trata em Just a Souvenir: explorar progressivamente uma margem onde o rock ganha visibilidade sem nunca abdicar das parafernais abstracções electrónicas que Tom Jenkinson nos habituou desde Feed Me Weird Things (1996).
A carreira já vai longa, e volvidas onze dissertações em torno essencialmente de um drum n’ bass surrealista, nada como presentear os calorosos adeptos do seu som com uma nova perspectiva sobre a sua arte genuinamente manipuladora. E proficiência no engenho da experimentação tem sido, nesta última década de actividade, uma mais valia que o tem destacado dos demais. Também essencialmente pela atitude liberal que exibe sem pudor. Aí ressalve-se a promiscuidade que Squarepusher sempre teve com o free-jazz e o funk, especificamente no característico manuseamento do seu baixo.
Just A Souvenir brilha. E brilha de forma intensa pelo conceptualismo que exibe. Na vaidade racional e hábil que expõe no manejar de diversas realidades estéticas sem nunca se descaracterizar. Por um lado reconhecemos os tiques de estúdio óbvios a que o projecto já nos habituou – recordando com frequência o espírito rave que ainda o possui –, por outro reconhecemos um instinto de músico a sonhar com o palco a emergir com afinco. E nessa dinâmica live que Tom imprime amiúde em Just A Souvenir que se redescobre o prazer que o seu som ainda provoca. Um pulsar de vida, que mesmo não exibindo a originalidade de outros tempos, proporciona devaneios entre o pós-drum n' bass, punk-rock espacial, o funk delirado, jazz improvisado e a pop exaltada pelo vocoder.
Os apelos pop-funk-robotico de «The Coathanger» ou o Jazz-rock espacial de «Open Society» podem não ser imediatos. Mas perante o frenesim (quase) demente de «Delta V», «Planet Gear» ou «Tensor In Green», qualquer deambulação jazz, por mais improvisada que seja, parece normal.
Rafael SantosA carreira já vai longa, e volvidas onze dissertações em torno essencialmente de um drum n’ bass surrealista, nada como presentear os calorosos adeptos do seu som com uma nova perspectiva sobre a sua arte genuinamente manipuladora. E proficiência no engenho da experimentação tem sido, nesta última década de actividade, uma mais valia que o tem destacado dos demais. Também essencialmente pela atitude liberal que exibe sem pudor. Aí ressalve-se a promiscuidade que Squarepusher sempre teve com o free-jazz e o funk, especificamente no característico manuseamento do seu baixo.
Just A Souvenir brilha. E brilha de forma intensa pelo conceptualismo que exibe. Na vaidade racional e hábil que expõe no manejar de diversas realidades estéticas sem nunca se descaracterizar. Por um lado reconhecemos os tiques de estúdio óbvios a que o projecto já nos habituou – recordando com frequência o espírito rave que ainda o possui –, por outro reconhecemos um instinto de músico a sonhar com o palco a emergir com afinco. E nessa dinâmica live que Tom imprime amiúde em Just A Souvenir que se redescobre o prazer que o seu som ainda provoca. Um pulsar de vida, que mesmo não exibindo a originalidade de outros tempos, proporciona devaneios entre o pós-drum n' bass, punk-rock espacial, o funk delirado, jazz improvisado e a pop exaltada pelo vocoder.
Os apelos pop-funk-robotico de «The Coathanger» ou o Jazz-rock espacial de «Open Society» podem não ser imediatos. Mas perante o frenesim (quase) demente de «Delta V», «Planet Gear» ou «Tensor In Green», qualquer deambulação jazz, por mais improvisada que seja, parece normal.
r_b_santos_world@hotmail.com
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