DISCOS
Spaceheads & Max Eastley
A Very Long Way from Anywhere Else
· 02 Jan 2009 · 20:52 ·

Spaceheads & Max Eastley
A Very Long Way from Anywhere Else
2008
Bip Hop
Sítios oficiais:
- Spaceheads & Max Eastley
- Bip Hop
A Very Long Way from Anywhere Else
2008
Bip Hop
Sítios oficiais:
- Spaceheads & Max Eastley
- Bip Hop

Spaceheads & Max Eastley
A Very Long Way from Anywhere Else
2008
Bip Hop
Sítios oficiais:
- Spaceheads & Max Eastley
- Bip Hop
A Very Long Way from Anywhere Else
2008
Bip Hop
Sítios oficiais:
- Spaceheads & Max Eastley
- Bip Hop
Improvisação ambiental, melancolia e aventurosa na forma de trio.
Os Spaceheads são ingleses e são dois: Andy Diagram e Richard Harrison. Diagram toca trompete e Harrison ocupa-se da bateria. Ambos abordam os instrumentos de forma original e fazem música de natureza improvisada, cruzando os seus instrumentos para desenvolver diálogos. Max Eastley também é inglês, é “escultor sonoro” e usa um instrumento que ele próprio criou chamado “the Arc”, explorando geografias musicais menos convencionais. Neste disco A Very Long Way from Anywhere Else Andy Diagram e Richard Harrison juntaram-se a Eastley para um trabalho em três vértices.
Se há característica marcante na música deste trio é uma quase permanente dimensão ambiental. O equilíbrio é característica marcante deste disco, mas na faixa três, “Love Lends Wings to Our Desires”, são os Spaceheads que assumem o comando: o trompete aventura-se a explorar bem os espaços, a bateria a destaca-se na parte final do tema. Por vezes utilizando estratégias próximas do “near silence”, a música do trio assenta numa constante dinâmica e controlo.
A sexta faixa, “The Dream that Murdered Sleep”, acaba por ser a mais atípica do disco, com os músicos a batalharem numa improvisação old-school barulhenta, sendo também a faixa mais curta do disco (3’30). A faixa seguinte, que dá o nome ao álbum, contrasta pela duração (19’40) e talvez seja o exemplo mais perfeito da amplitude de abordagens do trio: os instrumentos misturam-se, sem confrontações, e a música vai crescendo com cada um dos instrumentos a ganhar progressivamente cada vez mais realce. Lá para o meio há uma quebra, regressa o quase-silêncio, e de novo tudo recomeça, para no final voltar a turbulência.
Herdeira da improvisação europeia mais seca (é impossível fugir aos mestres fundadores), esta música assume também uma forte costela contemporânea (em originalidade e solidez). Nesta miscelânea textural que se confunde - e confunde o ouvinte - os instrumentos não têm valor em si mesmos, valem pela contribuição que oferecem ao conjunto, num verdadeira miscigenação sonora.
Nuno CatarinoSe há característica marcante na música deste trio é uma quase permanente dimensão ambiental. O equilíbrio é característica marcante deste disco, mas na faixa três, “Love Lends Wings to Our Desires”, são os Spaceheads que assumem o comando: o trompete aventura-se a explorar bem os espaços, a bateria a destaca-se na parte final do tema. Por vezes utilizando estratégias próximas do “near silence”, a música do trio assenta numa constante dinâmica e controlo.
A sexta faixa, “The Dream that Murdered Sleep”, acaba por ser a mais atípica do disco, com os músicos a batalharem numa improvisação old-school barulhenta, sendo também a faixa mais curta do disco (3’30). A faixa seguinte, que dá o nome ao álbum, contrasta pela duração (19’40) e talvez seja o exemplo mais perfeito da amplitude de abordagens do trio: os instrumentos misturam-se, sem confrontações, e a música vai crescendo com cada um dos instrumentos a ganhar progressivamente cada vez mais realce. Lá para o meio há uma quebra, regressa o quase-silêncio, e de novo tudo recomeça, para no final voltar a turbulência.
Herdeira da improvisação europeia mais seca (é impossível fugir aos mestres fundadores), esta música assume também uma forte costela contemporânea (em originalidade e solidez). Nesta miscelânea textural que se confunde - e confunde o ouvinte - os instrumentos não têm valor em si mesmos, valem pela contribuição que oferecem ao conjunto, num verdadeira miscigenação sonora.
nunocatarino@gmail.com
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