DISCOS
X-Press 2
Raise Your Hands (The Greatest Hits)
· 22 Jul 2008 · 08:00 ·
X-Press 2
Raise Your Hands (The Greatest Hits)
2008
Skint Records / PopStock


Sítios oficiais:
- X-Press 2
- Skint Records
- PopStock
X-Press 2
Raise Your Hands (The Greatest Hits)
2008
Skint Records / PopStock


Sítios oficiais:
- X-Press 2
- Skint Records
- PopStock
Com uma mão cheia de êxitos e pouca substância, nada fará querer que o trio londrino ficará nos anais da história da música de dança.
Enquanto o futuro marca passo na indecisão, nada como a retrospectiva de um greatest hits dos X-Press 2 para nos relembrar que a house já teve melhores dias – sendo justo reconhecer que também já teve piores. E bastará cravar os dedos na história da música dos anos 90 – e no trajecto do trio de Londres – para perceber que a energia que então movimentava os ravers dissipou-se com a viragem do milénio e acomodou-se às convenientes fórmulas pop.

Percebe-se nitidamente que entre o silêncio iniciado em 1996 e o regresso ao activo em 2000, muito se passou nas mentes de Ashley Beedle, Darren House e Darren Rock. Enquanto Balistic Brothers (período em que se julgava morto o projecto X-Press 2), foram revigorantes e irrepreensíveis nas perspectivas arquitectadas sobre o jazz e a soul. Por aí ficaram o tempo suficiente – entre outras movimentações paralelas de alguns elementos – para a elaboração de dois elegantes registos e uma mão cheia de remisturas. Mas algo os atraía às convencionais pistas de dança e em 2000 regressaram à forma X-Press 2 com nova força e convicção.

Raise Your Hands debruça-se essencialmente na segunda fase do projecto. Os inevitáveis êxitos radiofónicos nada mais fazem que recordar a elementaridade do padrão pop sobre a house e a eficácia rítmica para as mais diversas ocasiões – do sofá ao carro ou da cozinha à pista de dança. Os convidados esforçam-se para que o mecanismo funcione eficazmente, veja-se o exemplo de David Byrne em «Lazy» ou Bob Harvey em «Kill 100» e pouco mais haverá a comentar sobre a precisão da "sintaxe" do sucesso conjugada com os princípios clássicos da house. De positivo salvam-se os clássicos «London XPress», «Muzik X-Press» (ambos de 1993) e o incontornável acido «Rock 2 House» remisturado por Plasticman (1994). Tudo resto apenas entretém.
Rafael Santos
r_b_santos_world@hotmail.com

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