DISCOS
Times New Viking
Rip it Off
· 01 Jul 2008 · 08:00 ·

Times New Viking
Rip it Off
2008
Matador / Popstock
Sítios oficiais:
- Times New Viking
- Matador
- Popstock
Rip it Off
2008
Matador / Popstock
Sítios oficiais:
- Times New Viking
- Matador
- Popstock

Times New Viking
Rip it Off
2008
Matador / Popstock
Sítios oficiais:
- Times New Viking
- Matador
- Popstock
Rip it Off
2008
Matador / Popstock
Sítios oficiais:
- Times New Viking
- Matador
- Popstock
A pop suja-se de ruído, e os miúdos agradecem.
Seria de péssimo tom culpar os Yo La Tengo pelo estado inofensivo que se instaurou no indie norte-americano, mas atentando a um título como "Times New Viking vs. Yo La Tengo", não deixa de ser premente questionar até que ponto (a fabulosa) "Moby Octopad" não terá sido culpada pela frivolidade de bandas como os Papercuts. Além disso, destituiu da palavra "giro" a sua capacidade de ser um verdadeiro elogio. Obviamente que este título tem o seu quê de ironia, mas escutando o terceiro longa-duração do trio de Ohio, Rip it Off podia também ser chamado de Times New Viking vs. Bland Indie Pop, com vitória para o turbilhão lo-fi dos primeiros, como é óbvio.
Não se pense com isto, contudo, que exista no ruído de Rip it Off qualquer tipo de pose confrontacional. Enroladas na manta ruidosa, as canções dos Times New Viking resplandecem em toda a sua plenitude, resgatando as melodias cantaroláveis que fizeram de álbuns como Bee Thousand dos Guided By Voices peças fundamentais no mosaico rock norte-americano (e lembrar com nostalgia que o college rock foi outrora entusiasmante).
Distantes das harmonias vocais perfeitas mas estéreis dos inúmeros seguidores cegos do legado Brian Wilson (ou Ira Kaplan e Georgia Hubley), as vozes de Beth Murphy e Adam Elliot, transparecem toda aquela felicidade desencantada de quem (felizmente) não tem qualquer pudor em desafinar. "I need more money, ‘cause I need more drugs" é uma das frases que ressalta da brilhante "(My Head)" cantada a plenos pulmões, em consonância com a honestidade que prepassa ao longo de cerca de trinta minutos.
Ninguém duvida, pois não existe nada ficcionado ou artificial em Rip it Off e basta passar os ouvidos por "Off the Wall" ou "Drop Out" para descobrir por detrás da cortina de ruído as melodias mais infecciosas de que há memória em discos com o selo da Matador nos últimos anos. E sim, os seus actuais companheiros de editora Yo La Tengo continuam a ser a banda mais simpática do Mundo, mesmo que nada no seu passado mais recente tenha a capacidade de se instalar tão alegremente no cérebro como "Faces on Fire".
Bruno SilvaNão se pense com isto, contudo, que exista no ruído de Rip it Off qualquer tipo de pose confrontacional. Enroladas na manta ruidosa, as canções dos Times New Viking resplandecem em toda a sua plenitude, resgatando as melodias cantaroláveis que fizeram de álbuns como Bee Thousand dos Guided By Voices peças fundamentais no mosaico rock norte-americano (e lembrar com nostalgia que o college rock foi outrora entusiasmante).
Distantes das harmonias vocais perfeitas mas estéreis dos inúmeros seguidores cegos do legado Brian Wilson (ou Ira Kaplan e Georgia Hubley), as vozes de Beth Murphy e Adam Elliot, transparecem toda aquela felicidade desencantada de quem (felizmente) não tem qualquer pudor em desafinar. "I need more money, ‘cause I need more drugs" é uma das frases que ressalta da brilhante "(My Head)" cantada a plenos pulmões, em consonância com a honestidade que prepassa ao longo de cerca de trinta minutos.
Ninguém duvida, pois não existe nada ficcionado ou artificial em Rip it Off e basta passar os ouvidos por "Off the Wall" ou "Drop Out" para descobrir por detrás da cortina de ruído as melodias mais infecciosas de que há memória em discos com o selo da Matador nos últimos anos. E sim, os seus actuais companheiros de editora Yo La Tengo continuam a ser a banda mais simpática do Mundo, mesmo que nada no seu passado mais recente tenha a capacidade de se instalar tão alegremente no cérebro como "Faces on Fire".
celasdeathsquad@gmail.com
ÚLTIMOS DISCOS


ÚLTIMAS