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V/A
Kitsuné Maison Compilation 5
· 15 Mai 2008 · 08:00 ·
Mais do mesmo como garantia de sustento numa conjectura pop pouco dada a grandes revoluções. A música dança-se, mas o interesse é mínimo.
Não há nada de novo a falar de mais um volume Kitsuné Maison Compilation, neste caso o quinto. As actividades da editora francesa dificilmente passarão despercebidas mesmo para quem ainda desconfia da estranha amálgama sonora ou do facto de ser uma invulgar casa de recolhimento dos mais inadvertidos jovens experimentalistas ou das velhas raposas do french-touch. Uns motivados pelo pertinente desenvencilhar electrónico no já gasto electro, outros, mais desmotivados, em busca de novas plataformas de entendimento entre o passado glorioso e a conjectura saturada pelo techno chafurdo e quadrado, a Kitsuné acolhe sem preconceitos todos quantos estejam dispostos a preencher os requisitos implementados por uma gerência sábia, atenta aos tiques dos hypes e que usa a imagem como uma das mais importantes ferramentas de marketing.
Mas enquanto não chegam ideias novas – pelo menos com mais substância –, o pisar e repisar parece ainda ser a técnica ideal para fazer render uma sonoridade que nasceu dos despojos do electro-clash e da inoculação do rock sujo e robusto nos genes do techno, house e até mesmo no funk. Talvez por isso mesmo não se descortinam grandes novidades neste quinto volume recheado de mais-do-mesmo. Novos nomes poderão surgir na demanda pela novidade (autoKratz, Data, Bitchee Bitchee Ya Ya Ya ou Big Face), ficando-se por saber a relevância estética numa cenário já por si sobrecarregado pela estilização excessiva.
Não será outra a necessidade de mais uma compilação que a exposição do catálogo de maxis que vão inundando os escaparates com a frequência habitual e a constante adulação dos mecanismo da pop/rock como forma de sustento editorial. Kitsuné Maison 5 mantém a linha das 4 edições anteriores. De tudo só não consegue manter o interesse pela operação por consequência da insistência na ambiguidade de nomes sem grande consistência musical, preocupados excessivamente com engenharia sonora ou simplesmente determinados em estar na moda com um hype que já teve outros motivos para simpatias.
Rafael SantosMas enquanto não chegam ideias novas – pelo menos com mais substância –, o pisar e repisar parece ainda ser a técnica ideal para fazer render uma sonoridade que nasceu dos despojos do electro-clash e da inoculação do rock sujo e robusto nos genes do techno, house e até mesmo no funk. Talvez por isso mesmo não se descortinam grandes novidades neste quinto volume recheado de mais-do-mesmo. Novos nomes poderão surgir na demanda pela novidade (autoKratz, Data, Bitchee Bitchee Ya Ya Ya ou Big Face), ficando-se por saber a relevância estética numa cenário já por si sobrecarregado pela estilização excessiva.
Não será outra a necessidade de mais uma compilação que a exposição do catálogo de maxis que vão inundando os escaparates com a frequência habitual e a constante adulação dos mecanismo da pop/rock como forma de sustento editorial. Kitsuné Maison 5 mantém a linha das 4 edições anteriores. De tudo só não consegue manter o interesse pela operação por consequência da insistência na ambiguidade de nomes sem grande consistência musical, preocupados excessivamente com engenharia sonora ou simplesmente determinados em estar na moda com um hype que já teve outros motivos para simpatias.
r_b_santos_world@hotmail.com
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