DISCOS
V/A
Body Language 6
· 28 Mar 2008 · 07:00 ·
V/A
Body Language 6
2008
Get Physical / Popstock!
Sítios oficiais:
- Get Physical
- Popstock!
Body Language 6
2008
Get Physical / Popstock!
Sítios oficiais:
- Get Physical
- Popstock!
V/A
Body Language 6
2008
Get Physical / Popstock!
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Body Language 6
2008
Get Physical / Popstock!
Sítios oficiais:
- Get Physical
- Popstock!
Enquanto não chega um álbum de originais, entretemos-nos com uma mistura com poucos motivos de interesse.
Poder-se-ia questionar a pertinência da catadupa de colectâneas que são editadas nestes dias. O seu real valor em comparação com o verdadeiro objectivo. E não deixará de ser interessante constatar a inconsequência da grande maioria delas, senão mesmo a completa inutilidade pedagógica que a maioria prefere exibir. Não haverá dúvidas sobre a necessidade destes objectos na existência das pequenas editoras e na natural importância económica que representam numa conjectura nada favorável a grandes apostas individuais. Mas o excesso mata a iniciativa retirando a importância que tais objectos poderiam realmente ter nas nossas vidas. E no prazer que deles poderíamos retirar.
Assim nesta lógica de “encher chouriços”, Body Language da Get Physical em nada difere, por exemplo, da série Dj Kicks. A regularidade mantém a estrutura viva, os convidados digerem a actualidade segundo os seus princípios e até o original exclusivo surge como aperitivo na ausência de edições mais concretas. Ou seja nada de novo se atendermos exclusivamente à disciplina normativa no convite de produtores, músicos ou Dj’s na respectiva organização dos temas.
Depois de M.A.N.D.Y, Jesse Rose, Dixon e Château Flight, a selecção do volume 6 de Body Language recai sobre os canadianos Junior Boys, respeitável projecto synth-pop que em 2006 editou o magnífico segundo álbum de originais So This is Goodbye sobre pretexto da renovação da velha canção electrónica. E na altura dos factos não foi difícil perceber ou mesmo assimilar a necessidade da depuração do cancioneiro típico dos anos 80 como purga inevitável para os pecados que o electro-clash ia deixando no seu trajecto irregular. Ou seja: no ar ficou a pairar a figura de um projecto arredado dos exageros da moda e convicto na necessidade de reorganização pop a nível celular. A proficiência valeu-lhes o reconhecimento.
Enquanto não chega o novo álbum, surge uma compilação para entreter as massas. Diga-se que com a excepção de dois ou três nomes pouco há a falar de uma mistura pobre e excessivamente uniforme. Uma selecção obviamente repleta de afinidades sonoras com os gostos individuais de Jeremy Greenspan e Matt Didemus. Body Language 6 funciona tipologicamente – como seria de esperar de uma edição Get Physical - algures entre uma electro-pop envergonhada pelos tiques do techno-minimal e o disco caleidoscópico arrolado pelo house baleárico; tudo numa primazia insonsa e de fraco espírito anímico, mesmo tendo pelo meio nomes como Kelly Pollar (aqui remisturado por Magic Tim), Radio Slave (revisto por Cosmo Vitelli), Chloé ou Prins Thomas (aqui como remisturador).
A arte da mistura é amiúde substituída pelo elementar fade-in/ fade-out confirmando a falta de algum engenho como Dj’s. Momentos significativos só mesmo quando Matthew Dear, os Studio ou próprios Junior Boys entram em cena – elogio reforçado para o belíssimo "No Kind Of Man", o original exclusivo que aqui apresentam –, porque tudo o resto poderá exclusivamente servir de papel de parede na ausência de melhores discos.
Rafael SantosAssim nesta lógica de “encher chouriços”, Body Language da Get Physical em nada difere, por exemplo, da série Dj Kicks. A regularidade mantém a estrutura viva, os convidados digerem a actualidade segundo os seus princípios e até o original exclusivo surge como aperitivo na ausência de edições mais concretas. Ou seja nada de novo se atendermos exclusivamente à disciplina normativa no convite de produtores, músicos ou Dj’s na respectiva organização dos temas.
Depois de M.A.N.D.Y, Jesse Rose, Dixon e Château Flight, a selecção do volume 6 de Body Language recai sobre os canadianos Junior Boys, respeitável projecto synth-pop que em 2006 editou o magnífico segundo álbum de originais So This is Goodbye sobre pretexto da renovação da velha canção electrónica. E na altura dos factos não foi difícil perceber ou mesmo assimilar a necessidade da depuração do cancioneiro típico dos anos 80 como purga inevitável para os pecados que o electro-clash ia deixando no seu trajecto irregular. Ou seja: no ar ficou a pairar a figura de um projecto arredado dos exageros da moda e convicto na necessidade de reorganização pop a nível celular. A proficiência valeu-lhes o reconhecimento.
Enquanto não chega o novo álbum, surge uma compilação para entreter as massas. Diga-se que com a excepção de dois ou três nomes pouco há a falar de uma mistura pobre e excessivamente uniforme. Uma selecção obviamente repleta de afinidades sonoras com os gostos individuais de Jeremy Greenspan e Matt Didemus. Body Language 6 funciona tipologicamente – como seria de esperar de uma edição Get Physical - algures entre uma electro-pop envergonhada pelos tiques do techno-minimal e o disco caleidoscópico arrolado pelo house baleárico; tudo numa primazia insonsa e de fraco espírito anímico, mesmo tendo pelo meio nomes como Kelly Pollar (aqui remisturado por Magic Tim), Radio Slave (revisto por Cosmo Vitelli), Chloé ou Prins Thomas (aqui como remisturador).
A arte da mistura é amiúde substituída pelo elementar fade-in/ fade-out confirmando a falta de algum engenho como Dj’s. Momentos significativos só mesmo quando Matthew Dear, os Studio ou próprios Junior Boys entram em cena – elogio reforçado para o belíssimo "No Kind Of Man", o original exclusivo que aqui apresentam –, porque tudo o resto poderá exclusivamente servir de papel de parede na ausência de melhores discos.
r_b_santos_world@hotmail.com
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