DISCOS
Carl Craig
Sessions
· 26 Mar 2008 · 07:00 ·

Carl Craig
Sessions
2008
!K7 Records / PopStock!
Sítios oficiais:
- Carl Craig
- !K7 Records
Sessions
2008
!K7 Records / PopStock!
Sítios oficiais:
- Carl Craig
- !K7 Records

Carl Craig
Sessions
2008
!K7 Records / PopStock!
Sítios oficiais:
- Carl Craig
- !K7 Records
Sessions
2008
!K7 Records / PopStock!
Sítios oficiais:
- Carl Craig
- !K7 Records
É o que se descobre na sua discografia: a perseverança na forma de inocular genes de inteligência no ADN do techno (ou do house) sem nunca perder de vista a pista de dança.
É um dos nomes mais consensuais da segunda geração de produtores techno de Detroit. Pragmático e simultaneamente inovador, mágico proficiente, conhecedor das melhores intenções dos míticos Derrick May, Juan Atkins ou Kevin Saunderson e um sério candidato a ícone intemporal – se é que já não o é! –, Carl Craig será ainda dos poucos resistentes a manter o velho espírito vivo. Obcecado com a linearidade e verticalidade da música afro-americana, e a sua necessária evolução na contemporaneidade pop, e firme na integridade da linguagem que domina, Craig mantém-se convicto do tempo e espaço que o rodeia, iludindo as modas circunstanciais com clareza e carácter.
O objectivo da sua música é a pista de dança. É com os sentidos fixos nela que experimenta, programa, produz. É com a maleabilidade intelectual que recria, remistura e transforma. E nada como conhecer o seu trajecto para perceber a flexibilidade do seu desígnio, a naturalidade do desenvolvimento de uma ideia ou a expansão inesperada de um insignificante pormenor.
Só conhecendo minimamente a obra de Carl Craig permite ter essa percepção sobre o longo trabalho desenvolvido desde os inícios dos anos 90. Psyche, Paper Clip People, 69, Designer Music e o essencial Innerzone Orchestra foram algumas das etapas num percurso que sempre teve por objectivo a evolução transgénica – por meio do jazz ou da soul – das linguagens do techno ou da house. A nova colectânea da !K7 – mais uma! – é um dos possíveis resumos que expõe, pela mão do próprio Craig, diversos níveis de ensaio sonoro.
Sessions não é o manual definitivo para conhecer aprofundadamente a música do produtor norte-americano. É um compêndio misturado que destaca essencialmente os trabalhos de remistura, ladeados ocasionalmente por originais nunca antes editados ou raridades perdidas. Reencontros fortuitos com projectos quase esquecidos como Paperclip People, 69 ou Tres Demented; remisturas eficazes para nomes como Junior Boys, Rhythm & Sound, Theo Parrish, Cesária Évora ou os Faze Action. Essencialmente um mix eficaz capaz de entreter quem tenha pouca familiaridade com a natureza sonora de Craig, mas um registo com poucas novidades para quem regularmente se encontra com um dos mais sérios produtores techno de Detroit. Mesmo assim um registo inteligente – sem rasgos génio –, sóbrio e bem mais interessante que muitas sessões que por aí circulam com epístola semelhante.
Rafael SantosO objectivo da sua música é a pista de dança. É com os sentidos fixos nela que experimenta, programa, produz. É com a maleabilidade intelectual que recria, remistura e transforma. E nada como conhecer o seu trajecto para perceber a flexibilidade do seu desígnio, a naturalidade do desenvolvimento de uma ideia ou a expansão inesperada de um insignificante pormenor.
Só conhecendo minimamente a obra de Carl Craig permite ter essa percepção sobre o longo trabalho desenvolvido desde os inícios dos anos 90. Psyche, Paper Clip People, 69, Designer Music e o essencial Innerzone Orchestra foram algumas das etapas num percurso que sempre teve por objectivo a evolução transgénica – por meio do jazz ou da soul – das linguagens do techno ou da house. A nova colectânea da !K7 – mais uma! – é um dos possíveis resumos que expõe, pela mão do próprio Craig, diversos níveis de ensaio sonoro.
Sessions não é o manual definitivo para conhecer aprofundadamente a música do produtor norte-americano. É um compêndio misturado que destaca essencialmente os trabalhos de remistura, ladeados ocasionalmente por originais nunca antes editados ou raridades perdidas. Reencontros fortuitos com projectos quase esquecidos como Paperclip People, 69 ou Tres Demented; remisturas eficazes para nomes como Junior Boys, Rhythm & Sound, Theo Parrish, Cesária Évora ou os Faze Action. Essencialmente um mix eficaz capaz de entreter quem tenha pouca familiaridade com a natureza sonora de Craig, mas um registo com poucas novidades para quem regularmente se encontra com um dos mais sérios produtores techno de Detroit. Mesmo assim um registo inteligente – sem rasgos génio –, sóbrio e bem mais interessante que muitas sessões que por aí circulam com epístola semelhante.
r_b_santos_world@hotmail.com
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