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Peanut Butter Wolf
2K8: B-Ball Zombie War
· 01 Fev 2008 · 08:00 ·

Peanut Butter Wolf
2K8: B-Ball Zombie War
2007
Stones Throw / Flur
Sítios oficiais:
- Peanut Butter Wolf
- Stones Throw
- Flur
2K8: B-Ball Zombie War
2007
Stones Throw / Flur
Sítios oficiais:
- Peanut Butter Wolf
- Stones Throw
- Flur

Peanut Butter Wolf
2K8: B-Ball Zombie War
2007
Stones Throw / Flur
Sítios oficiais:
- Peanut Butter Wolf
- Stones Throw
- Flur
2K8: B-Ball Zombie War
2007
Stones Throw / Flur
Sítios oficiais:
- Peanut Butter Wolf
- Stones Throw
- Flur
Patrão da Stones Throw procede a uma colossal selecção de hip-hop de primeira apanha, sem deixar de estabelecer ponte histórica entre velha e nova escola.
Peanut Butter Wolf pagou com paixão para ser patrão – manteve-se persistentemente atento e activo no movimentado meandro do hip-hop, vendendo “à socapa” mixtapes no liceu e arriscando, ao lado do entretanto falecido MC Charizma, a sua estreia em 1989. Actualmente colhe frutos da sua capacidade visionária no alto cargo de gestor que ocupa na Stones Throw, multi-medalhado viveiro de hip-hop, que há pouco mais de um ano comemorou uma década de existência com o lançamento de Chrome Children, a cargo de Peanut Butter Wolf, pois claro.
Sem nunca ter sido um produtor demasiado ostensivo ou exaustivamente prolifero, Peanut Butter Wolf alcançou notoriedade e convites honrosos - da parte de Q-Bert, Kool Keith ou Cut Chemist - muito à custa dos breaks “cavados” ao esquecimento e reinventados à maneira do arqueólogo, que, entretanto, se dedicava a expor as suas relíquias pessoais em proveitosas e seminais compilações – caso de Peanut Butter Breaks - que, após a rodagem certa, acumulavam o estatuto de objecto de culto e a função de plafond ao dispor dos interessados.
A irregularidade e tendência para se manter reservado ao terreno negocial da Stones Throw valeu a Peanut Butter Wolf algum misticismo, que faz também com que cada nova selecção musical da sua autoria se pareça com o regresso de Rambo às armas (por pressão de uma qualquer entidade militar representada pelo Coronel Samuel Trautman). Também 2K8: B-Ball Zombie War reclama pelo regresso de Peanut Butter Wolf à guerra, enquanto mercenário ao serviço de uma companhia de software – a 2K Sports – que se esmera por sobrepor excelência ao meramente acessório quando toca a formar banda-sonora guarnecida para os seus videojogos de basketball.
Sucedendo a uma missão - Presents 2K7 - que havia sido confiada a Dan “The Automator” (produtor afamado pelo vigor acrescentado ao veículo Dr. Octagon e à aurora animada dos Gorillaz), 2K8: B-Ball Zombie War - volume reincidente na fluência hip-hop da série - comporta atitude e ritmos apontados ao nervo suficientes para inspirar mais livres e astutos movimentos aos polegares sobre um comando, além de servir como manifesta evidência de que Peanut Butter Wolf é o mestre de cerimónias mais capaz de promover a prata da casa e reconhecer os moldes originais a partir dos quais foram feitas renovadas peças de joalharia.
2K8: B-Ball Zombie War, mesmo assim, acusa o desejável defeito de ser praticamente limitado a momentos lendários e outros encaminhados nesse sentido: o inédito “Lightworking” transcende os limites do cool ao triangular numa mesma pirâmide de sabedoria uma produção alarmante-espacial de J Dilla e as rimas de Q-Tip e Talib Kweli; “See” indica que Madlib aproveita a sua ramificação Supreme Team para exercitar a progressividade de um hip-hop metamórfico que se regenera a cada minuto que passa. Ambos representam ocasiões que reacendem fatalmente a crença aos aficionados. Por sua vez, o old-school armazenado por aqui aposta mais em denunciar a vertente electro que terá também solidificado as fundações do hip-hop mencionado anteriormente. Em representação disso, desfilam em parada infalível “Professor X Saga” de Arabian Prince e “Bass Creator’s Groove” de Jonathan Brown - extraterrestres quase anónimos oriundos do mesmo planeta distante que Afrika Bambaataa ditou como sob a égide de um groove, diamantes perdidos num baú empoeirado até aí enterrado no jardim localizado nas traseiras do chalé que Don Johnson mantém a custo nos subúrbios de Miami (Bass). Servem também estes para relembrar que adoptar o disfarce robótico dos Daft Punk é uma das máscaras com mais pinta para o Carnaval que se avizinha.
Nem mesmo as curiosidades ficaram de fora: “Now You Know” une o pai babado DJ Babu (Dilated Peoples) ao prodigioso filho de quatro anos Niko num hino para incentivar todos os futuros pimps que se derem bem com um minuto e 39 segundos que atraem tóxicas memórias do irritante puto francês Jordy que cantava sobre a namorada "Alison" e acerca de como era dura a vida de robot (sem ligação aparente à menção dos Daft Punk, apesar da nacionalidade comum).
Miguel ArsénioSem nunca ter sido um produtor demasiado ostensivo ou exaustivamente prolifero, Peanut Butter Wolf alcançou notoriedade e convites honrosos - da parte de Q-Bert, Kool Keith ou Cut Chemist - muito à custa dos breaks “cavados” ao esquecimento e reinventados à maneira do arqueólogo, que, entretanto, se dedicava a expor as suas relíquias pessoais em proveitosas e seminais compilações – caso de Peanut Butter Breaks - que, após a rodagem certa, acumulavam o estatuto de objecto de culto e a função de plafond ao dispor dos interessados.
A irregularidade e tendência para se manter reservado ao terreno negocial da Stones Throw valeu a Peanut Butter Wolf algum misticismo, que faz também com que cada nova selecção musical da sua autoria se pareça com o regresso de Rambo às armas (por pressão de uma qualquer entidade militar representada pelo Coronel Samuel Trautman). Também 2K8: B-Ball Zombie War reclama pelo regresso de Peanut Butter Wolf à guerra, enquanto mercenário ao serviço de uma companhia de software – a 2K Sports – que se esmera por sobrepor excelência ao meramente acessório quando toca a formar banda-sonora guarnecida para os seus videojogos de basketball.
Sucedendo a uma missão - Presents 2K7 - que havia sido confiada a Dan “The Automator” (produtor afamado pelo vigor acrescentado ao veículo Dr. Octagon e à aurora animada dos Gorillaz), 2K8: B-Ball Zombie War - volume reincidente na fluência hip-hop da série - comporta atitude e ritmos apontados ao nervo suficientes para inspirar mais livres e astutos movimentos aos polegares sobre um comando, além de servir como manifesta evidência de que Peanut Butter Wolf é o mestre de cerimónias mais capaz de promover a prata da casa e reconhecer os moldes originais a partir dos quais foram feitas renovadas peças de joalharia.
2K8: B-Ball Zombie War, mesmo assim, acusa o desejável defeito de ser praticamente limitado a momentos lendários e outros encaminhados nesse sentido: o inédito “Lightworking” transcende os limites do cool ao triangular numa mesma pirâmide de sabedoria uma produção alarmante-espacial de J Dilla e as rimas de Q-Tip e Talib Kweli; “See” indica que Madlib aproveita a sua ramificação Supreme Team para exercitar a progressividade de um hip-hop metamórfico que se regenera a cada minuto que passa. Ambos representam ocasiões que reacendem fatalmente a crença aos aficionados. Por sua vez, o old-school armazenado por aqui aposta mais em denunciar a vertente electro que terá também solidificado as fundações do hip-hop mencionado anteriormente. Em representação disso, desfilam em parada infalível “Professor X Saga” de Arabian Prince e “Bass Creator’s Groove” de Jonathan Brown - extraterrestres quase anónimos oriundos do mesmo planeta distante que Afrika Bambaataa ditou como sob a égide de um groove, diamantes perdidos num baú empoeirado até aí enterrado no jardim localizado nas traseiras do chalé que Don Johnson mantém a custo nos subúrbios de Miami (Bass). Servem também estes para relembrar que adoptar o disfarce robótico dos Daft Punk é uma das máscaras com mais pinta para o Carnaval que se avizinha.
Nem mesmo as curiosidades ficaram de fora: “Now You Know” une o pai babado DJ Babu (Dilated Peoples) ao prodigioso filho de quatro anos Niko num hino para incentivar todos os futuros pimps que se derem bem com um minuto e 39 segundos que atraem tóxicas memórias do irritante puto francês Jordy que cantava sobre a namorada "Alison" e acerca de como era dura a vida de robot (sem ligação aparente à menção dos Daft Punk, apesar da nacionalidade comum).
migarsenio@yahoo.com
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