DISCOS
The Icicle Works
The Icicle Works
· 29 Dez 2007 · 08:00 ·
The Icicle Works
The Icicle Works
2007
Beggars Banquet / Popstock!
Sítios oficiais:
- Beggars Banquet
- Popstock!
The Icicle Works
2007
Beggars Banquet / Popstock!
Sítios oficiais:
- Beggars Banquet
- Popstock!
The Icicle Works
The Icicle Works
2007
Beggars Banquet / Popstock!
Sítios oficiais:
- Beggars Banquet
- Popstock!
The Icicle Works
2007
Beggars Banquet / Popstock!
Sítios oficiais:
- Beggars Banquet
- Popstock!
Compilação algo desnecessária espreme catálogo a one hit wonder vocacionada para rock britânico circa 1984.
Se continuarem ao ritmo actual as escavações que recuperam pós-punk vintage, é bem provável que a fonte se esgote por volta de 2010. A presente edição da Beggars Banquet ameaça a iminência desse desastre ao recuperar a primeira fornada de catálogo ao trio britânico Icicle Works que, a partir de uma identidade que cruza rock pretensioso e pop aspirante, declara os piores sintomas da ressaca pós-punk que se haveria de instalar em 1984, ano do lançamento do debute aqui surgido com todos os extras que merece. Um breve folhear do informativo booklet revela que, na sua temporada áurea, estes três rapazes de Liverpool mereciam o aval do sagrado John Peel e a admiração de Drew Barrymore – dois medalhões de prestígio que insuflam de imediato um nome de uma banda.
À luz dos dias de hoje, acusam um aspecto datado e um odor a laca que só é mesmo superado pelo que se associaria aos Duran Duran. O pior é constatar que The Icicle Works parece atrasado até em relação ao seu tempo, na aglomeração de retalhados pilhados à bateria carregada de dramatismo dos Cure de Pornography ou na transformação efusiva da espiritualidade de uns Eyeless in Gaza.
Mesmo assim, repare-se em como a letra de “As the Dragonfly Flies” está adiantada em relação a "Hold Me, Thrill Me, Kiss Me, Kill Me" dos U2. As sessões de rádio e lados-b do segundo disco acabam por ser bem mais interessantes e suportáveis – talvez porque vocacionadas a agradar aos convertidos em vez de empenhadas em conquistar um lugar no Top of the Pops, o tecto que mede a ambição de uns Icicle Works que viviam bem esquecidos algures na obscuridades dos anos 80.
Miguel ArsénioÀ luz dos dias de hoje, acusam um aspecto datado e um odor a laca que só é mesmo superado pelo que se associaria aos Duran Duran. O pior é constatar que The Icicle Works parece atrasado até em relação ao seu tempo, na aglomeração de retalhados pilhados à bateria carregada de dramatismo dos Cure de Pornography ou na transformação efusiva da espiritualidade de uns Eyeless in Gaza.
Mesmo assim, repare-se em como a letra de “As the Dragonfly Flies” está adiantada em relação a "Hold Me, Thrill Me, Kiss Me, Kill Me" dos U2. As sessões de rádio e lados-b do segundo disco acabam por ser bem mais interessantes e suportáveis – talvez porque vocacionadas a agradar aos convertidos em vez de empenhadas em conquistar um lugar no Top of the Pops, o tecto que mede a ambição de uns Icicle Works que viviam bem esquecidos algures na obscuridades dos anos 80.
migarsenio@yahoo.com
ÚLTIMOS DISCOS
ÚLTIMAS