DISCOS
Dave Fischoff
The Crawl
· 07 Set 2007 · 08:00 ·
Dave Fischoff
The Crawl
2006
Secretly Canadian / Flur
Sítios oficiais:
- Dave Fischoff
- Secretly Canadian
- Flur
The Crawl
2006
Secretly Canadian / Flur
Sítios oficiais:
- Dave Fischoff
- Secretly Canadian
- Flur
Dave Fischoff
The Crawl
2006
Secretly Canadian / Flur
Sítios oficiais:
- Dave Fischoff
- Secretly Canadian
- Flur
The Crawl
2006
Secretly Canadian / Flur
Sítios oficiais:
- Dave Fischoff
- Secretly Canadian
- Flur
Dave Fischoff mostra ao mundo exemplo de boa construção de canções. Mais pontos para a Secretly Canadian.
Num ano de regressos pop tão celebrados, há quem faça a coisa pela porta pequena – se a Secretly Canadian ainda é segredo para alguém - mas com as devidas precauções e qualidades para vencer. E se cada um enfeita os seus manjares com condimentos distintos – e há quem o faça com coisas que não lembram a ninguém -, também há quem o faça com as canções. Em The Crawl Dave Fischoff disfarça a sua pop com vestimentas modernas mas não consegue esconder na perfeição – e ainda bem – o seu passado (os dois discos anteriores). Tantos anos escondido das lides discográficas deram a Dave Fischoff outra visão da sua pop. Uma visão mais electrónica.
Exemplo da boa construção de canções, com bons recursos e argumentos, é logo “The world gets smaller when you dream”. Não só por aquilo que está no centro da canção mas por aquilo que gira em seu redor: grandiosas estruturas, electrónicas doces, esperanças ao alto. É assim que Dave Fischoff vê o mundo em The Crawl. Mas logo a seguir, “Landscape Skin” mostra que o mesmíssimo Dave Fischoff não gosta muito de fazer duas vezes a mesma canção, apesar de utilizar, na essência, os mesmos argumentos. Pop de peito cheio, canções com “C” maiúsculo, recheadas de efeitos hipnóticos. Com “Rain, Rain, Gasoline” percebemos finalmente que este disco se deixa guiar pelas batidas (com marca hip hop) e que este trabalho se aproxima de certa forma do de gente como Casiotone for the Painfully Alone e The Postal Service.
O homem que se mudou para Chicago para ser bibliotecário na biblioteca pública local (afastando-se assim da música por algum tempo) está bem documentado e gosta de interpretar as coisas à sua maneira. O instrumental “In a lightless carriage” (assim como outros ao longo do disco) serve para mostrar de que material é que este The Crawl é feito. E se duvidas ainda restassem acerca da capacidade de reinvenção deste que assina o disco, "Ghost of an Afternoon" faz com que essas incertezas desapareçam. Dave Fischoff não parece gostar de ficar no mesmo sítio durante muito tempo – está-lhe no sangue. A sua tendência para o nomadismo está bem documentada em The Crawl, um disco recheado de momentos interessantes.
André GomesExemplo da boa construção de canções, com bons recursos e argumentos, é logo “The world gets smaller when you dream”. Não só por aquilo que está no centro da canção mas por aquilo que gira em seu redor: grandiosas estruturas, electrónicas doces, esperanças ao alto. É assim que Dave Fischoff vê o mundo em The Crawl. Mas logo a seguir, “Landscape Skin” mostra que o mesmíssimo Dave Fischoff não gosta muito de fazer duas vezes a mesma canção, apesar de utilizar, na essência, os mesmos argumentos. Pop de peito cheio, canções com “C” maiúsculo, recheadas de efeitos hipnóticos. Com “Rain, Rain, Gasoline” percebemos finalmente que este disco se deixa guiar pelas batidas (com marca hip hop) e que este trabalho se aproxima de certa forma do de gente como Casiotone for the Painfully Alone e The Postal Service.
O homem que se mudou para Chicago para ser bibliotecário na biblioteca pública local (afastando-se assim da música por algum tempo) está bem documentado e gosta de interpretar as coisas à sua maneira. O instrumental “In a lightless carriage” (assim como outros ao longo do disco) serve para mostrar de que material é que este The Crawl é feito. E se duvidas ainda restassem acerca da capacidade de reinvenção deste que assina o disco, "Ghost of an Afternoon" faz com que essas incertezas desapareçam. Dave Fischoff não parece gostar de ficar no mesmo sítio durante muito tempo – está-lhe no sangue. A sua tendência para o nomadismo está bem documentada em The Crawl, um disco recheado de momentos interessantes.
andregomes@bodyspace.net
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