OPTIMUS ALIVE 2014
Passeio Marítimo de Algés
10-12 Jul 2014
DIA 3 |
Sabíamos que este iria ser um bom dia quando olhámos para o horário e vimos que a abrir o Palco Clubbing estariam, às cinco da tarde, os Gin Party Soundsystem. Auxiliados por Alex D’Alva Teixeira, no papel de mestre-de-cerimónias, e pela sempiterna bebida do demo que lhes dá o nome, este colectivo oriundo da Internet trouxe ao Passeio Marítimo de Algés uma actuação caótica, onde o eurodance pôs toda a gente a saltar de alegria e inspirou momentos verdadeiramente épicos e inesquecíveis (a ver: confettis, bisnagas, crowdsurf a rodos, comboios e invasões de palco). E o final, com a brilhante "This Charming Man" (finalmente ouvimos alguém a passar The Smiths), só veio tornar ainda mais incrível um concerto onde Haddaway, Santamaria, 2 Unlimited e muitos outros nos deram 40 minutos de felicidade verdadeira. (João Morais)
De volta à vida real, no palco principal encontrámos uns You Can't Win Charlie Brown em grande forma e a atravessarem o melhor momento da sua carreira. Apresentaram-nos as canções de Diffraction / Refraction , lançado no início deste ano, num alinhamento em quase tudo igual ao que levaram ao NOS Primavera Sound, e de novo nos arrebataram o coração com a sua folk solarenga e enternecedora, ideal para um belo fim de tarde. Não foi o melhor concerto do dia, nem esteve lá perto, mas convenhamos que há maneiras muito piores de passarmos o nosso tempo. (João Morais)
Seguimos para o Palco Heineken para o nosso encontro marcado com Adam Granduciel e os seus The War On Drugs. O grupo, que regressou a solo nacional para apresentar Lost in the Dream, lançado em Março deste ano, brindou os presentes com um concerto belo e competente, mas que a bem da verdade ficou aquém do de 2012 no Musicbox. Ainda assim, a mistura Dylan + Springsteen + paredes de som do grupo cumpriu a sua função e hipnotizou-nos por completo, com "Red Eyes" a ser o expoente máximo do nosso deslumbramento. (João Morais)
Depois de uma muito merecida pausa para recarregar baterias, regressamos ao Palco Heineken ainda a tempo de apanhar a penúltima canção do alinhamento de Unknown Mortal Orchestra, "So Good at Being in Trouble". No entanto, foi só com a derradeira faixa, "Boy Witch", tocada de forma demolidora, que sentimos um enorme arrependimento de não termos apanhado a actuação inteira. Sentia-se no ar aquela atmosfera de grande concerto; foi pena estarmos a ficar velhos e não termos confiado na pop choninhas do neozelandês Ruban Nielson. (João Morais)
Nos últimos meses a vida dos Paus tem sido tão atarefada que começa a ser mais fácil vê-los actuar fora de portas do que em terras lusas, pelo que a famosa expressão Come to Portugal não seria de todo descabida; e percebe-se, com este concerto no Alive, o porquê de tamanha internacionalização do grupo. Com um Palco Heineken a rebentar pelas costuras, Hélio Morais, Quim Albergaria, Makoto Yagyu e Fábio Jevelim deram uma performance inspiradora, com as canções de Clarão a demonstrarem que são, de facto, muito melhores ao vivo, e com "Deixa-me Ser" e "Muito Mais Gente" a deixarem toda a gente a tripar até ao espaço. (João Morais)
Ah, os Libertines. Os míticos Libertines. Os poético-burgueses, janados, imprevisíveis Libertines. Os Libertines de Pete Doherty e Carl Barât, auto-destruição rock n' roll que há dez anos incendiava palcos e capas de jornais, tributo à boémia e à decadência feita com as cores da bandeira britânica. Deus do céu, como eu odeio os Libertines, e todo o ar de pretensiosismo Trainspotting que emana da figura pública de tamanha banda medíocre. Tendo trazido ao Alive mais pó do que Público, a sua passagem por Algés não pode senão ser rotulada de fracasso, resumindo-se os momentos bons à loucura generalizada dos fãs mais acérrimos e ao momento Safri Duo do baterista. O resto foi demasiado mau para ser verdade. (Paulo Cecílio)
Chet Faker, trovador desta depressão que nos anima, consegue encher o Palco Heineken e levar à lágrima colectiva um bando de miúdos e/ou adultos mal crescidos que vibraram do início ao fim com as canções do novíssimo Built On Glass, um dos melhores discos que 2014 ofereceu para colar as peças de um coração despedaçado. "1998" ressoou, belíssima, por todo o recinto, de tal forma que mal se sentiu a falta de "Melt", canção enormíssima cantada a meias com Kilo Kish. O australiano venceu claramente o dia e, porque não dizê-lo, o festival inteiro. Para o ano haverá mais. (Paulo Cecílio)
De volta à vida real, no palco principal encontrámos uns You Can't Win Charlie Brown em grande forma e a atravessarem o melhor momento da sua carreira. Apresentaram-nos as canções de Diffraction / Refraction , lançado no início deste ano, num alinhamento em quase tudo igual ao que levaram ao NOS Primavera Sound, e de novo nos arrebataram o coração com a sua folk solarenga e enternecedora, ideal para um belo fim de tarde. Não foi o melhor concerto do dia, nem esteve lá perto, mas convenhamos que há maneiras muito piores de passarmos o nosso tempo. (João Morais)
Seguimos para o Palco Heineken para o nosso encontro marcado com Adam Granduciel e os seus The War On Drugs. O grupo, que regressou a solo nacional para apresentar Lost in the Dream, lançado em Março deste ano, brindou os presentes com um concerto belo e competente, mas que a bem da verdade ficou aquém do de 2012 no Musicbox. Ainda assim, a mistura Dylan + Springsteen + paredes de som do grupo cumpriu a sua função e hipnotizou-nos por completo, com "Red Eyes" a ser o expoente máximo do nosso deslumbramento. (João Morais)
Depois de uma muito merecida pausa para recarregar baterias, regressamos ao Palco Heineken ainda a tempo de apanhar a penúltima canção do alinhamento de Unknown Mortal Orchestra, "So Good at Being in Trouble". No entanto, foi só com a derradeira faixa, "Boy Witch", tocada de forma demolidora, que sentimos um enorme arrependimento de não termos apanhado a actuação inteira. Sentia-se no ar aquela atmosfera de grande concerto; foi pena estarmos a ficar velhos e não termos confiado na pop choninhas do neozelandês Ruban Nielson. (João Morais)
Nos últimos meses a vida dos Paus tem sido tão atarefada que começa a ser mais fácil vê-los actuar fora de portas do que em terras lusas, pelo que a famosa expressão Come to Portugal não seria de todo descabida; e percebe-se, com este concerto no Alive, o porquê de tamanha internacionalização do grupo. Com um Palco Heineken a rebentar pelas costuras, Hélio Morais, Quim Albergaria, Makoto Yagyu e Fábio Jevelim deram uma performance inspiradora, com as canções de Clarão a demonstrarem que são, de facto, muito melhores ao vivo, e com "Deixa-me Ser" e "Muito Mais Gente" a deixarem toda a gente a tripar até ao espaço. (João Morais)
Ah, os Libertines. Os míticos Libertines. Os poético-burgueses, janados, imprevisíveis Libertines. Os Libertines de Pete Doherty e Carl Barât, auto-destruição rock n' roll que há dez anos incendiava palcos e capas de jornais, tributo à boémia e à decadência feita com as cores da bandeira britânica. Deus do céu, como eu odeio os Libertines, e todo o ar de pretensiosismo Trainspotting que emana da figura pública de tamanha banda medíocre. Tendo trazido ao Alive mais pó do que Público, a sua passagem por Algés não pode senão ser rotulada de fracasso, resumindo-se os momentos bons à loucura generalizada dos fãs mais acérrimos e ao momento Safri Duo do baterista. O resto foi demasiado mau para ser verdade. (Paulo Cecílio)
Chet Faker, trovador desta depressão que nos anima, consegue encher o Palco Heineken e levar à lágrima colectiva um bando de miúdos e/ou adultos mal crescidos que vibraram do início ao fim com as canções do novíssimo Built On Glass, um dos melhores discos que 2014 ofereceu para colar as peças de um coração despedaçado. "1998" ressoou, belíssima, por todo o recinto, de tal forma que mal se sentiu a falta de "Melt", canção enormíssima cantada a meias com Kilo Kish. O australiano venceu claramente o dia e, porque não dizê-lo, o festival inteiro. Para o ano haverá mais. (Paulo Cecílio)
· 14 Jul 2014 · 15:03 ·
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