Optimus Alive 2013
Passeio Marítimo de Algés, Oeiras
12-14 Jul 2013
DIA 3 |
À hora a que este texto é redigido Lisboa vê nascer um sol que demorou três dias, um calor que não se fez sentir por Algés e uma vasta multidão de zombies que passaram pelo Optimus Alive (150 mil, diz a organização) para disfrutar de um pouco de música - música essa que, apesar de uma ou outra excepção, até se fez ouvir durante estes dias. Para o ano há mais, havendo já datas marcadas para o segundo fim-de-semana de Julho. Para já ficamos com as recordações de 2013.
Recordações essas que esbarrarão sempre no sósia de Kevin Parker que passou pela sala de imprensa (e que por duas vezes foi expulso), sendo que ao original encontramo-lo a dormir no seu camarim antes de nos conceder uma curta entrevista que poderão ler depois; razão pela qual a nossa experiência em termos de concertos no terceiro dia começou apenas pelas 18h quando os Linda Martini subiram ao palco principal abrindo desde logo com a magnífica "Dá-me A Tua Melhor Faca", colocando ao rubro a muita juventude sónica que acorreu para ver a banda portuguesa. Não faltou "Ratos", o single de avanço do disco a sair em Setembro, mas faltaram, segundo algumas fãs, os calções de Hélio Morais.
Teria sido esplendoroso (um adjectivo que não se utiliza muitas vezes, e é pena) que o Alive tivesse tido melhores condições meteorológicas que aquelas que teve (ou: sdds sol), mas infelizmente nem os Tame Impala conseguiram trazer o astro-rei até ao recinto. Trouxeram, contudo, um dos melhores concertos do festival, demasiado curto, demasiado bom. Psicadelia é isto; não meter nada no sangue e mesmo assim sentirmos-nos a flutuar no espaço, culpa muita dos teclados gamados ao prog dos setentas, do ritmo quasi-motorik, das guitarras em ponto de magia. Rendição total perante a banda que, como seria de esperar, recebeu uma maior ovação quando pelo festival ecoou "Feels Like We Only Go Backwards". Mereciam mais meia hora no mínimo. Eles e nós.
Já os Phoenix deram uma lição de como fazer bom pop/rock - ou não fossem eles os autores de "Lisztomania", que valeu coros por parte da audiência. A maioria, presume-se, já estaria ali presente para ver os Kings of Leon, por entre cartazes a pedir as coisas do costume e um cachecol do Leixões (!) e uma bandeira do Vitória de Guimarães (!!) mas esperemos que depois da actuação dos franceses confessem os seus pecados e se entreguem de ouvido a uma das melhores canções de um atípico 2013: "Trying To Be Cool", pois claro, a história da nossas vidas feita canção. Esperemos que regressem em breve.
Dos Kings of Leon não há muito a dizer: de chonice country a chonice rock, aos norte-americanos faltou vertigem. Na nossa modesta opinião, é claro, porque todos os outros estavam a adorar. Mais adoraram quando, finalmente, e depois de três dias a serem martelados com o marketing quase abusivo que era transmitido nos ecrãs, a banda toca finalmente "Sex On Fire", canção para ter rendido uma boa noite de romance a alguns dos casais presentes. Isto se o azeite não lhes apagou as chamas. Veredicto final: o Optimus Alive 2013 valeu por uma mão cheia de concertos e por abraçar gente que não abraçamos todos os dias. Que é, se calhar, a razão maior para se ir a um festival. Seja ele qual for.
Recordações essas que esbarrarão sempre no sósia de Kevin Parker que passou pela sala de imprensa (e que por duas vezes foi expulso), sendo que ao original encontramo-lo a dormir no seu camarim antes de nos conceder uma curta entrevista que poderão ler depois; razão pela qual a nossa experiência em termos de concertos no terceiro dia começou apenas pelas 18h quando os Linda Martini subiram ao palco principal abrindo desde logo com a magnífica "Dá-me A Tua Melhor Faca", colocando ao rubro a muita juventude sónica que acorreu para ver a banda portuguesa. Não faltou "Ratos", o single de avanço do disco a sair em Setembro, mas faltaram, segundo algumas fãs, os calções de Hélio Morais.
Teria sido esplendoroso (um adjectivo que não se utiliza muitas vezes, e é pena) que o Alive tivesse tido melhores condições meteorológicas que aquelas que teve (ou: sdds sol), mas infelizmente nem os Tame Impala conseguiram trazer o astro-rei até ao recinto. Trouxeram, contudo, um dos melhores concertos do festival, demasiado curto, demasiado bom. Psicadelia é isto; não meter nada no sangue e mesmo assim sentirmos-nos a flutuar no espaço, culpa muita dos teclados gamados ao prog dos setentas, do ritmo quasi-motorik, das guitarras em ponto de magia. Rendição total perante a banda que, como seria de esperar, recebeu uma maior ovação quando pelo festival ecoou "Feels Like We Only Go Backwards". Mereciam mais meia hora no mínimo. Eles e nós.
Já os Phoenix deram uma lição de como fazer bom pop/rock - ou não fossem eles os autores de "Lisztomania", que valeu coros por parte da audiência. A maioria, presume-se, já estaria ali presente para ver os Kings of Leon, por entre cartazes a pedir as coisas do costume e um cachecol do Leixões (!) e uma bandeira do Vitória de Guimarães (!!) mas esperemos que depois da actuação dos franceses confessem os seus pecados e se entreguem de ouvido a uma das melhores canções de um atípico 2013: "Trying To Be Cool", pois claro, a história da nossas vidas feita canção. Esperemos que regressem em breve.
Dos Kings of Leon não há muito a dizer: de chonice country a chonice rock, aos norte-americanos faltou vertigem. Na nossa modesta opinião, é claro, porque todos os outros estavam a adorar. Mais adoraram quando, finalmente, e depois de três dias a serem martelados com o marketing quase abusivo que era transmitido nos ecrãs, a banda toca finalmente "Sex On Fire", canção para ter rendido uma boa noite de romance a alguns dos casais presentes. Isto se o azeite não lhes apagou as chamas. Veredicto final: o Optimus Alive 2013 valeu por uma mão cheia de concertos e por abraçar gente que não abraçamos todos os dias. Que é, se calhar, a razão maior para se ir a um festival. Seja ele qual for.
· 18 Jul 2013 · 00:00 ·
Paulo Cecíliopauloandrececilio@gmail.com
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