Optimus Alive
Passeio Marítimo de Algés
10-12 Jul 2008
DIA 2 |
No segundo dia houve Dylan e Buraka Som Sistema. O chapéu de cowboy, sempre no órgão, os arranjos diferentes que espoletam o jogo “mas que raio de canção é esta que ele está a tocar?” que se ganha ao conseguir discernir, no meio da voz mais grave, completamente alterada, presume-se, pelo álcool e a idade, uma ou outra palavra. Um concerto interminável, para convertidos, para quem sentiu o chamamento de Dylan cedo na vida, que conhece a discografia do início ao fim, que ouve cada palavra e cada poema e cada canção como se fosse o melhor que já se fez no mundo. Para os outros, ou seja, o público em geral, muito menos que o que se juntou para os Rage Against the Machine, há palmas entusiasmadíssimas cada vez que ele pega na harmónica e um coro no fim, em “Like a Rolling Stone”.
Para quem viu os Buraka Som Sistema nos primeiros concertos no Clube Mercado em 2006, alguns longe de estarem completamente cheios, ou mesmo a vê-los no último dia do Alive do ano passado, no palco secundário, vê-los a fechar um dia de um festival grande no palco principal é uma experiência indescritível. São das maiores bandas portuguesas de agora, e os níveis de produção cénica aumentaram muito para aquilo que é basicamente dois tipos com computadores e drum pads, um artista de spoken word e dois ou três MCs, dependendo das condições, a dizer palavras de ordem viradas ou para a dança ou para a obscenidade ao microfone. E dança, muita dança, para além de um domínio completo sobre o público (eles dizem para o público se baixar e o público baixa-se, por muito que custe). Ecrãs de televisão com o diamante branco sobre o fundo preto que é o logótipo de Black Diamond, o disco que está aí a chegar, mostram que acho já não estamos no Kansas, Toto.
E não é só de kuduro que eles vivem, há convidados como Deize Tigrona que traz o baile funk, há beats de dubstep, há a remistura de “Dialectos de Ternura” dos Da Weasel com Pac Man a rimar ao vivo e há a maior banda de estádio portuguesa de 2008, dois anos depois daquilo que devia ter sido um fenómeno passageiro. Estes tipos são grandes, muito grandes, capazes de ombrear com qualquer música de rua feita por pessoas que não são bem da rua do resto do mundo (com a adição da bailarina incrivelmente boa que dançava no meio do palco).
Para quem viu os Buraka Som Sistema nos primeiros concertos no Clube Mercado em 2006, alguns longe de estarem completamente cheios, ou mesmo a vê-los no último dia do Alive do ano passado, no palco secundário, vê-los a fechar um dia de um festival grande no palco principal é uma experiência indescritível. São das maiores bandas portuguesas de agora, e os níveis de produção cénica aumentaram muito para aquilo que é basicamente dois tipos com computadores e drum pads, um artista de spoken word e dois ou três MCs, dependendo das condições, a dizer palavras de ordem viradas ou para a dança ou para a obscenidade ao microfone. E dança, muita dança, para além de um domínio completo sobre o público (eles dizem para o público se baixar e o público baixa-se, por muito que custe). Ecrãs de televisão com o diamante branco sobre o fundo preto que é o logótipo de Black Diamond, o disco que está aí a chegar, mostram que acho já não estamos no Kansas, Toto.
E não é só de kuduro que eles vivem, há convidados como Deize Tigrona que traz o baile funk, há beats de dubstep, há a remistura de “Dialectos de Ternura” dos Da Weasel com Pac Man a rimar ao vivo e há a maior banda de estádio portuguesa de 2008, dois anos depois daquilo que devia ter sido um fenómeno passageiro. Estes tipos são grandes, muito grandes, capazes de ombrear com qualquer música de rua feita por pessoas que não são bem da rua do resto do mundo (com a adição da bailarina incrivelmente boa que dançava no meio do palco).
· 10 Jul 2008 · 08:00 ·
Rodrigo Nogueirarodrigo.nogueira@bodyspace.net
DIA 2 |
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