DISCOS
Denzel + Huhn
Time is a Good Thing
· 04 Nov 2002 · 08:00 ·
Denzel + Huhn
Time is a Good Thing
2002
City Centre Offices
Sítios oficiais:
- Denzel + Huhn
- City Centre Offices
Time is a Good Thing
2002
City Centre Offices
Sítios oficiais:
- Denzel + Huhn
- City Centre Offices
Denzel + Huhn
Time is a Good Thing
2002
City Centre Offices
Sítios oficiais:
- Denzel + Huhn
- City Centre Offices
Time is a Good Thing
2002
City Centre Offices
Sítios oficiais:
- Denzel + Huhn
- City Centre Offices
Que dupla é esta? A resposta a esta pergunta não é de todo fácil. Posso dizer que é um projecto de Bertam Denzel e Erik Huhn (actuais residentes em Berlim) e que este “Time is A Good Thing” é o seu segundo disco. Já haviam lançado o mini-álbum “Filet” em meados de 2001 pela City Centre Offices, editora que de resto volta a editar este segundo disco. Mas a pergunta mantêm-se: quem são estes senhores? Depois de alguma investigação a única resposta que posso determinar é a seguinte: não sei! Se têm o selo da editora a dar-lhes alguma credibilidade, a pouca informação disponível a seu respeito faz-me recear.
E é com esse receio que encaro a primeira faixa do disco. “Chicago” começa com sons desconexos e dissonantes, seguidos de um baixo e ruídos que, se não irritam, andam perto disso. A voz não marca presença ao longo de toda a música, será um álbum de instrumentais? Sim, é, apercebo-me com o passar do tempo. Mas ao longo das músicas apercebo-me de outra coisa: quer-se goste ou não, esta dupla tem uma capacidade inventiva e exploradora de novos sons e caminhos que é quase única.
Gravado num estúdio abaixo da nível médio das águas do mar, “Times is A Good Thing” é em tudo um disco estranho, tão estranho que estes Denzel & Huhn devem ser os artistas mais experimentais da editora a que pertencem. Neste disco nada faz sentido e nada está onde deveria estar, mas isso acaba por fazer com que as músicas sejam extremamente variadas e abranjam muitas das áreas da electrónica. Fluindo entre elementos sónicos e beats fora de tempo, recorrendo a instrumentos identificáveis, o álbum é guiado segundo uma lógica de corte e colagem produzindo alguns momentos bastante interessantes.
Para além disso, o álbum enquanto objecto de deleite e prazer deixa muito a desejar. Não é apelativo e torna-se chato para quem queira tentar cantarolar ou meter na cabeça algum dos temas, torna-se simplesmente impossível. Aposto que nem os próprios músicos são capazes de o fazer. Este tipo de música pertence àquela categoria de sons que são apenas perceptíveis quando acompanhados por imagens que apresentem algumas pistas em relação àquilo que está a ser ouvido. É talvez por isso mesmo que Denzel & Huhn colaboraram com Achim Mohn para pequenas sequências de filmes com elementos de diversas ordens (insectos, água, etc) a acompanhar a música.
Interessante na abordagem à manipulação de sons, mas chato e maçador para alguém que queira tirar prazer da sua audição, “Time Is A Good Thing” é mesmo assim um disco a ouvir.
Tiago GonçalvesE é com esse receio que encaro a primeira faixa do disco. “Chicago” começa com sons desconexos e dissonantes, seguidos de um baixo e ruídos que, se não irritam, andam perto disso. A voz não marca presença ao longo de toda a música, será um álbum de instrumentais? Sim, é, apercebo-me com o passar do tempo. Mas ao longo das músicas apercebo-me de outra coisa: quer-se goste ou não, esta dupla tem uma capacidade inventiva e exploradora de novos sons e caminhos que é quase única.
Gravado num estúdio abaixo da nível médio das águas do mar, “Times is A Good Thing” é em tudo um disco estranho, tão estranho que estes Denzel & Huhn devem ser os artistas mais experimentais da editora a que pertencem. Neste disco nada faz sentido e nada está onde deveria estar, mas isso acaba por fazer com que as músicas sejam extremamente variadas e abranjam muitas das áreas da electrónica. Fluindo entre elementos sónicos e beats fora de tempo, recorrendo a instrumentos identificáveis, o álbum é guiado segundo uma lógica de corte e colagem produzindo alguns momentos bastante interessantes.
Para além disso, o álbum enquanto objecto de deleite e prazer deixa muito a desejar. Não é apelativo e torna-se chato para quem queira tentar cantarolar ou meter na cabeça algum dos temas, torna-se simplesmente impossível. Aposto que nem os próprios músicos são capazes de o fazer. Este tipo de música pertence àquela categoria de sons que são apenas perceptíveis quando acompanhados por imagens que apresentem algumas pistas em relação àquilo que está a ser ouvido. É talvez por isso mesmo que Denzel & Huhn colaboraram com Achim Mohn para pequenas sequências de filmes com elementos de diversas ordens (insectos, água, etc) a acompanhar a música.
Interessante na abordagem à manipulação de sons, mas chato e maçador para alguém que queira tirar prazer da sua audição, “Time Is A Good Thing” é mesmo assim um disco a ouvir.
tgoncalves@bodyspace.net
ÚLTIMOS DISCOS
ÚLTIMAS