DISCOS
The Chemical Brothers
Born in the Echoes
· 01 Set 2015 · 11:07 ·
The Chemical Brothers
Born in the Echoes
2015
Virgin EMI Records
Sítios oficiais:
- The Chemical Brothers
Born in the Echoes
2015
Virgin EMI Records
Sítios oficiais:
- The Chemical Brothers
The Chemical Brothers
Born in the Echoes
2015
Virgin EMI Records
Sítios oficiais:
- The Chemical Brothers
Born in the Echoes
2015
Virgin EMI Records
Sítios oficiais:
- The Chemical Brothers
Um pouco menos chatos que o habitual.
“No time to rest, Just keep your best, What you hear is not a test, We are only here to make you… Go!”
2015. Os Chemical Brothers regressam com mais uma punhado de tiradas sonoras que nada mais pretendem senão queimar o músculo dos hedonistas. Já o disse antes nestas páginas: Tom Rowlands e Ed Simons são os grandes fazedores de singles da electrónica maximalista; são-no há dezassete, ou dezasseis anos. E assim se têm mantido, incapazes de fazer verdadeiros discos com ideias válidas do princípio ao fim (exceptuo talvez os dois primeiros álbuns; era o efeito novidade). E o que há realmente a esperar destes dois profissionais nos dias que correm, mais dois ou três orelhudos temas para o currículo?
Sempre habituado à ideia de que os "manos" se resumem a essa entidade que aposta sempre no caminho mais imediato, apostados em “flashes” sedutores de música – mega hits instantâneos (já ninguém o faz como eles, é certo!) –, musculosidade techno-rock-pop (psicadelismo adicionado) idealizado para fazer abanar os alicerces dos grandes recintos, desconfiei que Born in the Echoes seria mais uma sequela da enfadonha doutrina da dupla. Conclusões? Sim e não.
Não adianta dourar a pílula. Basicamente estamos perante mais do mesmo. Há, no entanto, uma nuance neste trabalho que permite vislumbrar um desejo dos "manos": o de voltar à raiz do projecto, voltar a fazer música com amor em vez de mera necessidade. A consequência é algum embaraçado nesta produção: Born in the Echoes não quer trair os siameses paridos nos últimos dez anos; contudo também quer assumir o quanto idolatra a pureza dos dois primeiros discos, Exit Planet Dust ou Dig Your Own Hole.
Este disco é – finalmente – uma obra com um dilema existencial neste pequeno universo. Born in the Echoes assume-se (com intenção, ou meramente acidental) incerto. E é essa sua graçacinha. Essa faísca de dúvida sobre o que realmente pretende ser: mais do mesmo, ou alavancar-se nas origens. Não ser estupidamente profissional, permite aos Chemical Brothers uns instantes interessantes; instantes em que o melómano vislumbra uma pequena aura de genuinidade.
PS: Há nos extras deste disco – para quem adquirir a versão Delux – dois instantes ("Let Us Build a City" – numa toada Pink Floyd-iana – e "Wo Ha" – mais electro-house-Kraft) que são autênticos monumentos à especulação de uma outra era. Quem diria que os manos ainda seriam capazes?
Rafael Santos2015. Os Chemical Brothers regressam com mais uma punhado de tiradas sonoras que nada mais pretendem senão queimar o músculo dos hedonistas. Já o disse antes nestas páginas: Tom Rowlands e Ed Simons são os grandes fazedores de singles da electrónica maximalista; são-no há dezassete, ou dezasseis anos. E assim se têm mantido, incapazes de fazer verdadeiros discos com ideias válidas do princípio ao fim (exceptuo talvez os dois primeiros álbuns; era o efeito novidade). E o que há realmente a esperar destes dois profissionais nos dias que correm, mais dois ou três orelhudos temas para o currículo?
Sempre habituado à ideia de que os "manos" se resumem a essa entidade que aposta sempre no caminho mais imediato, apostados em “flashes” sedutores de música – mega hits instantâneos (já ninguém o faz como eles, é certo!) –, musculosidade techno-rock-pop (psicadelismo adicionado) idealizado para fazer abanar os alicerces dos grandes recintos, desconfiei que Born in the Echoes seria mais uma sequela da enfadonha doutrina da dupla. Conclusões? Sim e não.
Não adianta dourar a pílula. Basicamente estamos perante mais do mesmo. Há, no entanto, uma nuance neste trabalho que permite vislumbrar um desejo dos "manos": o de voltar à raiz do projecto, voltar a fazer música com amor em vez de mera necessidade. A consequência é algum embaraçado nesta produção: Born in the Echoes não quer trair os siameses paridos nos últimos dez anos; contudo também quer assumir o quanto idolatra a pureza dos dois primeiros discos, Exit Planet Dust ou Dig Your Own Hole.
Este disco é – finalmente – uma obra com um dilema existencial neste pequeno universo. Born in the Echoes assume-se (com intenção, ou meramente acidental) incerto. E é essa sua graçacinha. Essa faísca de dúvida sobre o que realmente pretende ser: mais do mesmo, ou alavancar-se nas origens. Não ser estupidamente profissional, permite aos Chemical Brothers uns instantes interessantes; instantes em que o melómano vislumbra uma pequena aura de genuinidade.
PS: Há nos extras deste disco – para quem adquirir a versão Delux – dois instantes ("Let Us Build a City" – numa toada Pink Floyd-iana – e "Wo Ha" – mais electro-house-Kraft) que são autênticos monumentos à especulação de uma outra era. Quem diria que os manos ainda seriam capazes?
r_b_santos_world@hotmail.com
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