DISCOS
Vernon & Burns
The Light at the End of the Dial
· 28 Fev 2011 · 18:26 ·

Vernon & Burns
The Light at the End of the Dial
2010
Gagarin Records
Sítios oficiais:
- Vernon & Burns
- Gagarin Records
The Light at the End of the Dial
2010
Gagarin Records
Sítios oficiais:
- Vernon & Burns
- Gagarin Records

Vernon & Burns
The Light at the End of the Dial
2010
Gagarin Records
Sítios oficiais:
- Vernon & Burns
- Gagarin Records
The Light at the End of the Dial
2010
Gagarin Records
Sítios oficiais:
- Vernon & Burns
- Gagarin Records
Colagens de humor de buraco negro que não desgrudam por nada deste e de outro mundo.
Mais um disco esquecido do ano passado, The Light at the End of the Dial soa a uma época distante de um prisma diferente. Imaginem os loucos anos 20 ou os anos 50 vistos por extraterrestres, dotados de tecnologia mais avançada. Uns extraterrestres curiosos connosco, que repetem à sua maneira "samples" e tiques de filmes “noir”, “vaudeville” e “cabaret”. Vernon & Burns são os extraterrestres, vindos do planeta Gagarin, editora do não menos “alien” Felix Kubin.
Membro do trio Hassle Hound e fundador do famoso colectivo rádio-pirata de Glasgow, Radio Tuesday, Vernon encontra em Burns o mesmo entusiasmo pela colagem sonora de 60’s e 70’s e assim juntos, sem dúvida no mesmo comprimento de onda, entram e saem do território trilhado por Stock, Hausen & Walkmen, Wevie Stonder e People Like Us, brincando com os sons como ninguém, dando aquele toque de palhaçada sonora que nos faz rir a ouvir música electro-acústica seriamente tocada. Séria às vezes, séria quando tem que ser, mas igualmente divertida quando pode ser.
Aí o “know-how” destes dois extravagantes arquitectos musicais embala-nos e leva-nos para a gargalhada mais ácida sem ácido que poderemos ter (aqui é opcional). Humor de buraco negro como em “The Last Lamppost” e “Breakneck Etiquette”, colagens que não desgrudam suspensas no humor dos títulos. “Naughty Boy”, o "vaudeville" no teatro da polémica com os holofotes na ironia. “Residual Values (It´s a Yes man´s Life)”, Charlie Brown a jacto nas vicissitudes desta (des)aprendizagem de vida. Ou finalmente no Martin Denny´co “The Night We Invented Forgetting”, aqui uma colaboração com Quirke, uma lavagem cerebral exótica no melhor sentido, xilofones e “gamelans” rumo à dança macabra, Kurt Weil e Brecht com olho na cabeça de The Residents.
Nuno LealMembro do trio Hassle Hound e fundador do famoso colectivo rádio-pirata de Glasgow, Radio Tuesday, Vernon encontra em Burns o mesmo entusiasmo pela colagem sonora de 60’s e 70’s e assim juntos, sem dúvida no mesmo comprimento de onda, entram e saem do território trilhado por Stock, Hausen & Walkmen, Wevie Stonder e People Like Us, brincando com os sons como ninguém, dando aquele toque de palhaçada sonora que nos faz rir a ouvir música electro-acústica seriamente tocada. Séria às vezes, séria quando tem que ser, mas igualmente divertida quando pode ser.
Aí o “know-how” destes dois extravagantes arquitectos musicais embala-nos e leva-nos para a gargalhada mais ácida sem ácido que poderemos ter (aqui é opcional). Humor de buraco negro como em “The Last Lamppost” e “Breakneck Etiquette”, colagens que não desgrudam suspensas no humor dos títulos. “Naughty Boy”, o "vaudeville" no teatro da polémica com os holofotes na ironia. “Residual Values (It´s a Yes man´s Life)”, Charlie Brown a jacto nas vicissitudes desta (des)aprendizagem de vida. Ou finalmente no Martin Denny´co “The Night We Invented Forgetting”, aqui uma colaboração com Quirke, uma lavagem cerebral exótica no melhor sentido, xilofones e “gamelans” rumo à dança macabra, Kurt Weil e Brecht com olho na cabeça de The Residents.
nunleal@gmail.com
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