DISCOS
Expe. Nishi
Invisible Duo
· 08 Nov 2010 · 10:14 ·
Expe. Nishi
Invisible Duo
2010
AWDR/LR2
Sítios oficiais:
- Expe. Nishi
- AWDR/LR2
Invisible Duo
2010
AWDR/LR2
Sítios oficiais:
- Expe. Nishi
- AWDR/LR2
Expe. Nishi
Invisible Duo
2010
AWDR/LR2
Sítios oficiais:
- Expe. Nishi
- AWDR/LR2
Invisible Duo
2010
AWDR/LR2
Sítios oficiais:
- Expe. Nishi
- AWDR/LR2
Se isto é space rock, o melhor será manter os pés bem assentes na terra.
Na condição de um daqueles ÓVNIS, que poderia apenas surgir do Japão, Invisible Duo preenche uma bagagem de expectativas quase vazia com uma série de aspectos notáveis. Quantas pessoas já ouviram falar de Expe. Nishi ou sequer de Expe Space Guitar? Ninguém, e, mesmo assim, o álbum dos primeiros tem tudo para disputar muitos dos piores prémios de 2010. Não ajuda depois o facto de Invisible Duo parecer tão talhado para ser “o mais chato disco do ano” como também um dos mais intrigantes. E esse conflito acontece porque, ao disporem de setenta e três minutos para conduzir a guitarra e o sintetizador por paisagens sem fim, os Expe. Nishi fazem com que a aparência interminável do disco seja também a sua principal marca. É mau, mas distintamente mau.
Os responsáveis por este capricho de Faraó nem sequer escolheram a melhor forma de apresentá-lo: Expe. Nishi, nome que une os apelidos de Yoshitake Expe (guitarra) e Ryouta Nishi (sintetizador), lembra a lógica das duplas sertanejas; a pirâmide na capa do disco, por sua vez, é indescritivelmente foleira. Pois bem, o recheio musical de tão disparatado embrulho também não inverte a situação. Invisible Duo vive por demais obcecado com solos de guitarra reminiscentes daquelas cenas em que o ex-herói de acção vive os seus momentos de maior decadência rendido à droga numa casa de praia, em Malibu. Por mais incrível que pareça, Invisible Duo encontra sempre maneira de superar o mau com o pior: quando, durante 16 minutos, o épico “Out of this world” abusa da paciência, entre fumos de pseudo-psicadelismo e sem emitir qualquer faísca, é evidente que estamos a masturbar um cavalo morto à espera que tenha um orgasmo de interesse. Nunca acontece.
Os Expe. Nishi andam armados ao pingarelho (expressão roubada ao Pedro Gomes), certamente, mas estão condenados à pouca sorte de um disco que só é space rock na pretensão que traz do Japão, onde Expe Space Guitar (é o nome artístico do homem) até tem um DVD dedicado ao seu “virtuosismo” no instrumento. O infinito confunde-se com o entediante e Invisible Duo dá uma vontade enorme de ficar em casa.
Miguel ArsénioOs responsáveis por este capricho de Faraó nem sequer escolheram a melhor forma de apresentá-lo: Expe. Nishi, nome que une os apelidos de Yoshitake Expe (guitarra) e Ryouta Nishi (sintetizador), lembra a lógica das duplas sertanejas; a pirâmide na capa do disco, por sua vez, é indescritivelmente foleira. Pois bem, o recheio musical de tão disparatado embrulho também não inverte a situação. Invisible Duo vive por demais obcecado com solos de guitarra reminiscentes daquelas cenas em que o ex-herói de acção vive os seus momentos de maior decadência rendido à droga numa casa de praia, em Malibu. Por mais incrível que pareça, Invisible Duo encontra sempre maneira de superar o mau com o pior: quando, durante 16 minutos, o épico “Out of this world” abusa da paciência, entre fumos de pseudo-psicadelismo e sem emitir qualquer faísca, é evidente que estamos a masturbar um cavalo morto à espera que tenha um orgasmo de interesse. Nunca acontece.
Os Expe. Nishi andam armados ao pingarelho (expressão roubada ao Pedro Gomes), certamente, mas estão condenados à pouca sorte de um disco que só é space rock na pretensão que traz do Japão, onde Expe Space Guitar (é o nome artístico do homem) até tem um DVD dedicado ao seu “virtuosismo” no instrumento. O infinito confunde-se com o entediante e Invisible Duo dá uma vontade enorme de ficar em casa.
migarsenio@yahoo.com
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