DISCOS
Lily Allen
It's Not Me, It's You
· 13 Fev 2009 · 10:45 ·
Lily Allen
It's Not Me, It's You
2009
EMI
Sítios oficiais:
- Lily Allen
- EMI
It's Not Me, It's You
2009
EMI
Sítios oficiais:
- Lily Allen
- EMI
Lily Allen
It's Not Me, It's You
2009
EMI
Sítios oficiais:
- Lily Allen
- EMI
It's Not Me, It's You
2009
EMI
Sítios oficiais:
- Lily Allen
- EMI
Menina rebelde da música britânica assina um disco mais concentrado. Foi-se o garage e o reggae, ficou a Pop.
Um dia é por mostrar o rabo. No outro é por confessar ter sido em tempos coqueluche para o negócio de venda de droga do pai. Outro dia é por contar experiências lésbicas com gémeas; dias há em que surge em topless nos jornais sensacionalistas britânicos ou bêbeda em apresentações de prémios ou festas; outros ainda por defender o uso de drogas leves. Seja lá por que motivo for, Lily Allen parece estar no centro das atenções nos dias que correm. Felizmente, apesar de todos os riscos que corre, a música continua no sítio onde deve: nos discos. E agora que chegou o seguidor do excelente Alright, Still, urge dizer que mudou a sua rota. A britânica tinha afirmado que havia seguido numa nova direcção e não estava a mentir.
Passaram-se três anos desde o disco de estreia e todas as aventuras e desventuras que acontecem na vida de Lily Allen foram mais que muitas. Não é sabido que seja por isso, mas este novo disco é um disco mais conservador. Lily Allen passou um pano no garage e no reggae e restou “apenas” a pop. E nisso, It's Not Me, It's You perde claramente quando comparado com o registo de estreia. O novo disco, cujo título parece querer contrariar a teoria Seinfeldiana do “It’s not you, it’s me”, é um esforço adocicado pela pop, uma criação de canções douradas e sonhadoras. Continuam as passagens rápidas entre o acústico e o não-acústico, o sabor a tenra idade e ao que é falsamente ingénuo e um ar fresco que vem do mainstream. Lily Allen é uma das melhores coisas no patamar da música que ou vende ou racha e este segundo disco é disso prova.
A electrónica grassa nas canções de It's Not Me, It's You; ou nas variações de humor da dramática/suave “Everyone's At It”, na balanceada “The Fear”, single colento de fácil memorização, de forma quase infantil na frontal “Fuck you”. Está por todo o lado e para todos os gostos. E a britânica trabalhar com base nessas fundações. A nova Lily Allen fica especialmente bem em canções como “Chinese”, onde tem espaço para explorar ao máximo a melodia e a fluência da sua voz (que, já agora, dá vida a excelentes letras ao longo de todo o disco). Os arranjos servem a sua vontade geográfica/estética/de estado de espírito: chega nem que seja preciso um acordeão parisiense em “Never gonna happen”, um cravo em “22” ou um rodeo na americana “Not Fair”. Tudo o que seja preciso para satisfazer a menina Allen. E ela devolve; devolve tudo em canções deliciosamente pop que já deixaram a sua marca nesta década.
André GomesPassaram-se três anos desde o disco de estreia e todas as aventuras e desventuras que acontecem na vida de Lily Allen foram mais que muitas. Não é sabido que seja por isso, mas este novo disco é um disco mais conservador. Lily Allen passou um pano no garage e no reggae e restou “apenas” a pop. E nisso, It's Not Me, It's You perde claramente quando comparado com o registo de estreia. O novo disco, cujo título parece querer contrariar a teoria Seinfeldiana do “It’s not you, it’s me”, é um esforço adocicado pela pop, uma criação de canções douradas e sonhadoras. Continuam as passagens rápidas entre o acústico e o não-acústico, o sabor a tenra idade e ao que é falsamente ingénuo e um ar fresco que vem do mainstream. Lily Allen é uma das melhores coisas no patamar da música que ou vende ou racha e este segundo disco é disso prova.
A electrónica grassa nas canções de It's Not Me, It's You; ou nas variações de humor da dramática/suave “Everyone's At It”, na balanceada “The Fear”, single colento de fácil memorização, de forma quase infantil na frontal “Fuck you”. Está por todo o lado e para todos os gostos. E a britânica trabalhar com base nessas fundações. A nova Lily Allen fica especialmente bem em canções como “Chinese”, onde tem espaço para explorar ao máximo a melodia e a fluência da sua voz (que, já agora, dá vida a excelentes letras ao longo de todo o disco). Os arranjos servem a sua vontade geográfica/estética/de estado de espírito: chega nem que seja preciso um acordeão parisiense em “Never gonna happen”, um cravo em “22” ou um rodeo na americana “Not Fair”. Tudo o que seja preciso para satisfazer a menina Allen. E ela devolve; devolve tudo em canções deliciosamente pop que já deixaram a sua marca nesta década.
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