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LIVRO
Loft Jazz: Improvising New York in the 1970s
Michael C. Heller
· 21 Mar 2017 · 22:57 ·
Loft Jazz: Improvising New York in the 1970s
Michael C. Heller
2017
University of California Press
Michael C. Heller
2017
University of California Press
Loft Jazz: Improvising New York in the 1970s
Michael C. Heller
2017
University of California Press
Michael C. Heller
2017
University of California Press
Retrato da cena free jazz nova-iorquina.
Para muita gente o jazz morreu nos anos ’60. Ou melhor, não morreu, mas terá ficado cristalizado esteticamente nessa década, ignorando-se os desenvolvimentos posteriores a 1965 - o free jazz, a improvisação livre, a fusão eléctrica, todos os avanços seguintes. Um dos fenómenos que se verificou após a morte de John Coltrane (1967), e na sequência directa dos avanços preconizados nos seus últimos discos, foi a emergência do free jazz, uma música áspera, enérgica a profundamente livre.
O free jazz teve como principal espaço de desenvolvimento os “jazz lofts” de Nova Iorque. Com os espaços tradicionais (bares/clubes) a fecharem a programação a propostas mais exploratórias e inovadoras, começaram a surgir alternativas informais. Assim, antigos espaços industriais amplos (abandonados) em Manhattan, foram sendo transformados em áreas de criação cultural, especialmente focados no jazz criativo.
No livro Loft Jazz: Improvising New York in the 1970s, Michael C. Heller analisa o fenómeno dos lofts, fazendo um retrato completo, combinado o contexto social e económico, além de todo o envolvimento musical. O texto do livro é desenvolvido de forma neutra, incluindo diversas perspectivas e visões, mas há uma linha que funciona de fonte principal, a perspectiva de Juma Sultan - activista e promotor de um dos lofts mais activos e representativos da cena, o Studio We.
Foi a partir do arquivo de Sultan, e de entrevistas com o próprio, que Heller foi desenvolvendo a narrativa, sempre com a atenção de incluir diversas vozes, vozes nem sempre concordantes. Além do referido Studio We, são referidos outros lofts míticos, como o Studio Rivbea (de Sam Rivers) ou Ali’s Alley (de Rashied Ali), entre outros. Entre activismo, dificuldade económica e convulsão política, os lofts papel desempenharam um fundamental para o crescimento de uma música assente na liberdade.
Em complemento à leitura, recomenda-se a audição da compilação Wildflowers: The New York Loft Jazz Sessions, que reúne um conjunto de gravações no Rivbea em 1976, editado em 1999 pela Knitting Factory.
Nuno CatarinoO free jazz teve como principal espaço de desenvolvimento os “jazz lofts” de Nova Iorque. Com os espaços tradicionais (bares/clubes) a fecharem a programação a propostas mais exploratórias e inovadoras, começaram a surgir alternativas informais. Assim, antigos espaços industriais amplos (abandonados) em Manhattan, foram sendo transformados em áreas de criação cultural, especialmente focados no jazz criativo.
No livro Loft Jazz: Improvising New York in the 1970s, Michael C. Heller analisa o fenómeno dos lofts, fazendo um retrato completo, combinado o contexto social e económico, além de todo o envolvimento musical. O texto do livro é desenvolvido de forma neutra, incluindo diversas perspectivas e visões, mas há uma linha que funciona de fonte principal, a perspectiva de Juma Sultan - activista e promotor de um dos lofts mais activos e representativos da cena, o Studio We.
Foi a partir do arquivo de Sultan, e de entrevistas com o próprio, que Heller foi desenvolvendo a narrativa, sempre com a atenção de incluir diversas vozes, vozes nem sempre concordantes. Além do referido Studio We, são referidos outros lofts míticos, como o Studio Rivbea (de Sam Rivers) ou Ali’s Alley (de Rashied Ali), entre outros. Entre activismo, dificuldade económica e convulsão política, os lofts papel desempenharam um fundamental para o crescimento de uma música assente na liberdade.
Em complemento à leitura, recomenda-se a audição da compilação Wildflowers: The New York Loft Jazz Sessions, que reúne um conjunto de gravações no Rivbea em 1976, editado em 1999 pela Knitting Factory.
nunocatarino@gmail.com
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