DISCOS
Nonkeen
The Gamble / The Oddments Of The Gamble
· 03 Nov 2016 · 23:02 ·

Nonkeen
The Gamble / The Oddments Of The Gamble
2016
R&S Records
Sítios oficiais:
- Nonkeen
- R&S Records
The Gamble / The Oddments Of The Gamble
2016
R&S Records
Sítios oficiais:
- Nonkeen
- R&S Records

Nonkeen
The Gamble / The Oddments Of The Gamble
2016
R&S Records
Sítios oficiais:
- Nonkeen
- R&S Records
The Gamble / The Oddments Of The Gamble
2016
R&S Records
Sítios oficiais:
- Nonkeen
- R&S Records
Duas excelentes faces de uma excelente moeda.
Nonkeen é o trabalho de uma reunião: três adultos a voltarem atrás no tempo para reimaginarem o que, como putos, produziam espontaneamente – mesmo que muito do que “faziam” nos primeiros dias era na verdade field recording. Há algo de spilberguiano numa das fotografias no site oficial do projecto: eles, miúdos afoitos e castiços, com material de gravação pendurado ao pescoço, prontos a gravar tudo que fosse interessante; substitua-se o “material de gravação” por biclas e teríamos os mesmos putos em outras aventuras pelos seus pequenos e fantasiosos mundos.
Os alemães Frederic Gmeiner, Nils Frahm e Sepp Singwald reuniram-se para relembrar/ recuperar o velho espírito e dar uso ao domínio da instrumentação que agora possuem: basicamente, é dar sentido ao que antes faziam ao acaso. É disso que dão conta os dois discos editados este ano, The Gamble e The Oddments Of The Gamble: o trio pegou em fitas antigas, sons perdidos, excursões pueris a tentar imitar os ídolos e abordar tudo com a inteligência da modernidade, com a sabedoria da maturidade. Tudo em takes únicos para deixar os temas em condição honesta.
O alinhamento dos dois discos é uma açorda nostálgica de complicada catalogação. Há retro, mas não a puxar à espertalhaça. Digamos que a omnipresença do espírito do jazz assegura a sobriedade quando a irreverência do psicadelismo rock começa a atiçar a serenidade do kosmische. The Gamble e The Oddments Of The Gamble são duas faces da mesma moeda - até se diz que atiraram uma moeda ao ar para decidir qual dos tratamentos seria primeiro apresentado. Ambos os discos complementam-se porque ambos são o mesmo, mesmo que The Oddments Of The Gamble pareça atrever-se a ir um pouco mais longe que The Gamble. Ambos são densos emocionalmente, ambíguos psicologicamente, estranhos e familiares. Dois discos que ajudam a personalizar 2016.
Rafael SantosOs alemães Frederic Gmeiner, Nils Frahm e Sepp Singwald reuniram-se para relembrar/ recuperar o velho espírito e dar uso ao domínio da instrumentação que agora possuem: basicamente, é dar sentido ao que antes faziam ao acaso. É disso que dão conta os dois discos editados este ano, The Gamble e The Oddments Of The Gamble: o trio pegou em fitas antigas, sons perdidos, excursões pueris a tentar imitar os ídolos e abordar tudo com a inteligência da modernidade, com a sabedoria da maturidade. Tudo em takes únicos para deixar os temas em condição honesta.
O alinhamento dos dois discos é uma açorda nostálgica de complicada catalogação. Há retro, mas não a puxar à espertalhaça. Digamos que a omnipresença do espírito do jazz assegura a sobriedade quando a irreverência do psicadelismo rock começa a atiçar a serenidade do kosmische. The Gamble e The Oddments Of The Gamble são duas faces da mesma moeda - até se diz que atiraram uma moeda ao ar para decidir qual dos tratamentos seria primeiro apresentado. Ambos os discos complementam-se porque ambos são o mesmo, mesmo que The Oddments Of The Gamble pareça atrever-se a ir um pouco mais longe que The Gamble. Ambos são densos emocionalmente, ambíguos psicologicamente, estranhos e familiares. Dois discos que ajudam a personalizar 2016.
r_b_santos_world@hotmail.com
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