Top 2008 · Top Portugueses 2008 · Momentos 2008 · Tops Ilustres
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©Teresa Ribeiro |
Num momento de balanços musicais, repleto de subjectividades, não poderia faltar o já habitual escrutínio do Bodyspace sobre os instantes (uns mais musicais que outros) que marcaram o ano de 2008. Se outras redacções se esforçam por datar os eventos que fizeram mover o mundo - ou seja as desgraças alheias - nós, mais optimistas, preferimos confundir alguns dos acontecimentos positivos do ano com a boa música que foi irremediavelmente alimentando as nossa alminhas - tenha ela sido ao vivo ou não, tenha ela servido de banda-sonora num película maravilha ou num filme de terror, tenha sido escutada na vertical ou na horizontal. Como não é o rigor dos factos que preencheram os noticiários o elemento que faz mover esta equipa, a contabilidade do ano tem contornos inevitavemente pessoais. Assim sendo, o que em baixo se lê é um genuino fruto da consciência de cada um dos redactores da casa, faça sentido ou não. Eis, então, o que veio à tona ao fim de trezentos e sessenta e seis dias de esgalhanço. Rafael Santos
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André Gomes |
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© Angela Costa |
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Descobrir September of my Years de Frank Sinatra em vinil numa rua de Nova Iorque e descobrir ao mesmo tempo um lado mais desconhecido do senhor de “My Way”. Um disco de canções sobre o que é ter meia-idade e lidar com os tempos idos, com os dias que nunca mais voltarão a ser. Um disco belíssimo. |
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Descobrir o primeiro andamento do Concerto para violino de Brahms em toda a sua perfeição e beleza e redescobrir – ou descobrir – a música clássica ou erudita (dependendo da posição). |
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Testemunhar as duas noites seguidas de concertos dos Radiohead no All Points West Music & Arts Festival em Nova Iorque e perceber como In Rainbows é um disco fabuloso ao vivo. A paisagem ajudou: a Estátua da Liberdade nas costas e à direita os arranha-céus iluminados de Manhattan. |
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Num ano abaixo da média em termos de música, o cinema esteve em grande. Este foi um dos melhores anos para o cinema estreado em Portugal dos últimos tempos e, já que falamos de música, as bandas-sonoras não ficam muito atrás: O Sonho de Cassandra, Darjeeling Limited, Sweeney Todd: O Terrível Barbeiro de Fleet Street, Juno, Caramel, Não estou aí, My Blueberry Nights - O Sabor do Amor, O Segredo de um Cuscuz, O Meu Irmão é Filho Único, Antes que o Diabo Saiba que Morreste. |
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Das canções do ano nada a dizer: foi um ano bastante positivo. Porquê? Porque há principalmente uma canção chamada “Gila”, dos Beach House. Mas mais: dos Why? Há “These Few Presidents”, dos Gang Gang Dance chegou-nos “House Jam”, do veículo The Streets tivemos “On the Edge of a Cliff”, de Lil Wayne a bomba “A Milli”, dos eternos American Music Club mostrou-se “All My Love”, do regressado Al Green soou “Lay It Down”, dos surpreendentes Kills entrou em cena “U.R.A. Fever”, dos Mountain Goats revelou-se “San Bernardino” e de Katy Perry, porque não, exibiu-se – e de forma lasciva – “I Kissed a Girl”. |
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Redescobrir finalmente o formato vinil e perceber como essa mudança pode significar uma alteração nos hábitos de compra de discos. As grandes lojas de discos são substituídas pelas pequenas lojas, feiras e cantinhos de antiguidades, os sacos chiques transformam-se em sacos de supermercados e outras excentricidades, os dedos sujam-se, as canções são salpicadas pelo crepitar de outros tempos. |
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Sentir a música que salta das ruas de Nova Iorque. O jazz que se funde com o Central Park e o que sai de clubes famosos como o Blue Note e o Village Vanguard, o hip hop (e breakdance) numa estação de metro das mais famosas da Big Apple, o soul a quatro dentro de uma carruagem do subway, os sons de mil e uma personagens musicais que surpreendem a cada esquina. |
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O Clubbing da Casa da Música como um evento onde se pode, se não descobrir nova música, absorver sons interessantes em noites constantemente esgotadas e excitantes. E como sabe bem percorrer aquelas salas e perceber que pelo menos ali naquela noite a Casa da Música é realmente a casa de todas as músicas. |
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Ver no mesmo Clubbing a força de uns Pere Ubu fora de tempo mas nem por isso fora de jogo. Sentir, ainda que tantos anos depois, a força de Modern Dance ou Dub Housing e o poderio de David Thomas em cima de um palco: o confronto. |
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Bruno Silva |
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Condução noctívago-matinal numa Figueira da Foz dormente em companhia celestial e "Do You Mind" em fundo a projectar nostalgia veraneante. Para chegar a casa e redescobrir em "Our Way to Fall" a melhor carta de amor alguma vez feita. |
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2008 como o ano de James Ferraro em dezenas de edições de formato devidamente pobre (cassetes e cdr`s) oscilando entre o decente (Virtual Erase) e o magnífico (Marble Surf). Num caleidoscópio idiossincrático onde a exotica de Martin Denny, o pós-modernismo e visões de Brian Wilson para teclado drogado se transfiguram no mundo alucinado e aluncinante de uma das metades dos Skaters. |
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A visita algo tardia, mas sempre premente, do rock que mais interessa via Lightning Bolt num mais do que adequado parque de estacionamento e Sightings no confortável Museu do Chiado. |
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Frango um pouco por todo lado entre a liquidez do kösmiche, excursões dub e hipnotismo dronesco em dois óptimos álbuns e em pouquíssimos palcos para aquele que se afigura como o projecto mais estimulante deste século nascido no burgo. Do Barreiro para o Mundo com amor. |
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A descoberta do Mundo assustador e hilariante do genial Thomas Pynchon. Gravity`s Rainbow = melhor romance dos últimos 50 anos? |
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A aceitação generalizada da cassete enquanto formato respeitável e bem mais valioso do que o mero objecto nostálgico com piada, em diversas edições lindíssimas. Mesmo do que o walkman seja pouco mais do que uma memória feliz da adolescência, ultrapassada pela massificação do cd-r, o lo-fi será sempre rei numa fita.
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Maratonas The Wire e a constatação óbvia de Omar Little como a personagem mais cool deste século. McLovin à parte, certamente. |
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A lenta implementação da funky house pelas rádios londrinas, em detrimento de um cansado dubstep. A maturar sabiamente e sem pressas, produtores vão encontrando vozes cada vez mais personalizadas na criação de um género extremamente sexuado e estimulante. E capaz de trazer de volta aos subúrbios de E3 todo o calor que se parecia ter dissipado das pistas desde que "Oi" deixou de fazer sentido nas playlists. E óptimas pistas para um 2009 de confirmação. |
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A notícia de um concerto de Jandek em Janeiro de 2009. |
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Na ausência de mais momentos dignos de nota, resta a constatação óbvia de que a melhor banda de todo o sempre continua a ser os Sonic Youth. |
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Eugénia Azevedo |
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Dois filmes pungentes, um com uma belíssima banda sonora e outro totalmente desprovido de música. Falo de “O Sonho de Cassandra” ao som de Philip Glass, e “4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias”, à mercê do silêncio mais aflitivo. Porque a música também é importante quando sabe retirar-se... |
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Tina Turner X2 num atípico dia soalheiro de Inverno, primeiro a animar uma esplanada em Mindelo e depois em versão cabaret, na voz de Little Annie, na Casa das Artes de Famalicão. |
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O meu súbito interesse pelo violino e o sonho de o saber tocar. |
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O regresso decente da cena de Bristol, constatado nos concertos de Tricky, em Gaia, e no momento da explosão “Machine Gun”, dos Portishead, no Coliseu do Porto. |
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“O, Katrina! Why you gotta be mean?”. Não sei quantas vezes repeti esta passagem do tema “O Katrina”, dos loucos Black Lips, mas foi sempre como fonte de boa disposição e em homenagem ao cáustico concerto no Porto-Rio. |
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Brand New Heavies, no Super Bock Super Rock. |
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Dengue Fever, no Festival Músicas do Mar, na Póvoa do Varzim. Inadequado ao público e ao local, mas tremendamente delicioso e contagiante. |
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Esta custa, mas segue: menção honrosa para Antony Hegarty, na sua capacidade de reinvenção ao serviço do projecto Hercules & Love Affair, e vivas para Rufus Wainwright que, em Famalicão, me fez descobrir uma ode esplêndida ao meu castelo favorito, Sanssouci. |
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Concertos avulsos acima da média: Feist, The Raveonettes, José González, John Cale, Bryan Ferry, Vetiver. |
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Apesar das picardias Porto-Lisboa, que alimento com gozo, a verdade é que as deslocações à capital rendem sempre bons concertos em boa companhia. Desde a actuação dos Spoon na Aula Magna até à 1ª edição do Super Bock em Stock, ao cair do pano de 2008, Lisboa é sempre recomendável. Mais não fosse, porque alberga um clube como o Sporting! |
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João Pedro Barros |
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© neworderonline.com |
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Ver o documentário Joy Division, de Grant Gee, e perceber mais um bocadinho do maravilhoso universo da melhor banda de todos os tempos. |
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Ver os Portishead ao vivo, e logo na abertura da digressão europeia, tem sempre de ser um marco. Há cinco anos, quem diria sequer que eles voltariam a editar um disco. |
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Tricky a entrar em transe (com a ajuda de algumas substâncias ilegais) no Festival Marés Vivas, em Vila Nova de Gaia. |
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John Cale a encolher os ombros, como que a perguntar “o que querem mais?”, no final do espectáculo em Famalicão. A um mito não se pode, de facto, pedir muito mais. |
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O swing e a loucura controlada da Matthew Herbert Big Band na Casa da Música. |
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A surpresa Paolo Nutini no Super Bock Super Rock Porto. Um muito bom concerto de quem não se esperava nada de especial.
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Ouvir Thing of the past, dos Vetiver, às seis da manhã, numa viagem desde o centro do Paris até ao aeroporto, e encontrar um daqueles raros momentos de perfeita paz de espírito. O que é ainda mais notável quando o destino era ouvir falar de pneus durante um dia inteiro. |
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“Sanssouci”, de Rufus Wainwright, que se tornou numa canção especial (só é pena o verso “Calling up some dude from my hotel room”, mas já se sabe…). |
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Recuperação do ano: Talking Heads, desde “Psycho Killer”, até “(Nothing But) Flowers”. Sem eles, a música moderna seria hoje diferente. |
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O regresso da noite à Baixa do Porto e, em especial, à Rua Galeria de Paris. Por muitos problemas que possa lá haver, era inadmissível que não houvesse uma rua para estar com o “copo na mão” numa cidade desta dimensão. Um pequeno raio de esperança numa área metropolitana deprimida, muito por culpa de centralismos absurdos. |
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Miguel Arsénio |
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Piratinha |
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Bota de ouro 2008: saciar uma fome (colectiva) de anos a dois passos da zona de impacto atingida por uns fantásticos Lightning Bolt, que fizeram mossa grande no historial daquele piso menos 5 do Largo de Camões. |
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Para mais tarde recordar: Michael Gira e a quase criminosa “My Brother’s Man” no Nimas, “We Carry On” de Portishead no Coliseu, o balão flutuante de Feltro no OFFF de Lisboa, Elisa Ambrogio (Magik Markers) a partir a loiça toda no Museu do Chiado, Sunset Rubdown na ZDB como prenda de aniversário, Gala Drop a subir a parada na primeira parte de Dirty Projectors, a infalível “Popplagið” de Sigur Rós no Campo Pequeno, a doçura personalizada de “Auburn & Ivory” pela mão dos Beach House no Maxime. |
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Mais perto do coração: “Brothersport” de Animal Collective no Lux e a promessa de mais um disco para mostrar a netos, a fraternidade secreta de Manuel Mota e Afonso Simões na Terceira Avenida, o tremor espirituoso de Steinbrüchel no Offf de Lisboa. |
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Entre amigos: Full House ao som de Paranoid de Black Sabbath, set leitoso de Xinobi com as primas do Livramento no Lux, “Cortez, the Killer” de Neil Young abraçado aos de sempre, anedota porca (sabotada por timing desastroso) a encerrar concerto "quentinho" de Feromona no Crew Hassan. |
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Mixed feelings (ou meia-desilusão): aborrecer-me com as covers de Cat Power no Coliseu e pensar para comigo:Onde é que isto vai parar?! Sem tempo para resolver as dúvidas, ser surpreendido pela proximidade eminente da Chan Marshall, na última música, e pelo despertar surgido assim que escutei: Então, Miguel?! Bate palmas à rapariga!
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O acontecimento televisivo do ano: à excepção do golo do Reyes ao Sporting, Um Mundo Catita. São inúmeras as razões: é a mini-série “biográfica” que alguém como Manuel João Vieira merecia, supera a qualidade de praticamente toda a produção nacional mesmo sendo descomplexadamente amador em algumas interpretações (o que só lhe fica bem), devolveu fervoroso culto aos serões da RTP 2 na muito difícil era pós-Sopranos, consagra o under-acting do grande Phil Mendrix. |
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A canção do ano (independentemente da data de lançamento): “Som de Cristal” de Marante, incomparável no relato da emancipação que leva uma dona de casa a tornar-se “mariposa” para surpresa do marido, cliente habitual do bordel local. Fez maravilhas pelo filme do ano, Aquele Querido Mês de Agosto. |
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O ano em reedições: Nah und Fern de Gas, Obra de electrónica amnésica facilmente elegível como lançamento do género a levar para uma ilha deserta, Bubble & Scrape (Expanded) dos Sebadoh, obrigatoriamente revisitado como Bíblia lo-fi e um dos discos da vida, Brighten the Corners (Deluxe) de Pavement, quarta montra de fertilidade indie revelada com a mesma categoria das anteriores, Decline of the West de Holy Sons, oportunidade de reconsiderar um dos mais injustiçados álbuns dos últimos cinco anos. |
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Gratidão: falar sobre os riscos envolvidos na maledicência do pessoal do metal nas conferências Estado: Independência no Braço de Prata. Conhecer o enorme previlégio de ter as inestimáveis fotos da Vera Marmelo como companhia para as minhas palavras numa série de ocasiões. |
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Mar. |
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Nuno Catarino |
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Freejazzin' @ Glenn Miller Café |
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I’m Not There: Filme imenso, retrato genial de Dylan. |
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Barack Obama: yes, we can! |
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Peter Brötzmann Chicago Tentet: guerra de gigantes no Jazz Em Agosto. |
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Reyes, Suazo e Aimar: o regresso do Benfica gigante. |
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The National: missa indie na Aula Magna. |
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Google Reader + iGoogle = a internet está a crescer. |
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Espaço APAV & Cultura: a emergência de um novo espaço para concertos (Alexandre Bateiras, Rita Braga, Woods, Rodrigo Amado Trio). |
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Paul Bley, “Ramblin’”: a descoberta de uma pérola. |
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Glenn Miller Café em Estocolmo: espaço privilegiado para assistir à cena free jazz nórdica. |
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Starbucks em Lisboa: frappuccinos ao lado dos pastéis em Belém (o céu). |
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Pedro Rios |
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Música portuguesa. Frango a provar que são, a par dos Loosers, a banda rock mais importante da década (Nada Miles eleva a parada); Buraka em ascenção internacional justíssima, com um disco enorme; o regresso de Manel Cruz enquanto Foge Foge Bandido, tão bom como os Ornatos Violeta; Gala Drop, música de fora do mundo. |
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Lightning Bolt a mostrar em Vigo que são uma enorme banda de rock, perigoso, brutal (como os Stooges, os Black Flag, os Slayer), como se quer, como faz sempre falta. |
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"Oh shit, Gang Gang". A frase inicial de "Princes", fusão out-grime dos Gang Gang Dance com Tinchy Strider, como espelho de um disco maravilhoso, com duas canções de génio: "House jam" e "First communion". |
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A descoberta, agora a sério, do talento de Gregg Gillis, que tive o prazer de entrevistar (um animal de palco inteligente, com um discurso articulado sobre a pop, a Internet e a forma como vivemos a música). |
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"A Milli". Música WTF do ano, um êxito que não o devia ser, prova de que no hip-hop mainstream há, às vezes, mais risco do que no meio dito experimental. |
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Japoneses fodidos numa Tóquio igualmente fodida. Viagem a uma cidade que vive num mundo só seu (também na música: que outra cidade tem, em 2008, cartazes de publicidade enormes aos Offspring?).
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Copio o camarada João Pedro Barros: beber copos na Baixa do Porto, que se enche de pessoas todos os fins-de-semana. |
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Rafael Santos |
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© Pixar |
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Momentos mais ou menos certos: |
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Momento By Night: Areia do Guincho nas partes mais inconvenientes do corpo enquanto toca Victoria's Secret dos Quiet Village |
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Momento Sabugisse Repulsiva: A idolatria saloia em torno de CR 7 (mesmo depois de um merecido prémio) |
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Momento Porra pá! Que Disco: Third dos Portishead na Serra da Estrela |
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Momento Montanha Russa: O sobe e desce do petróleo, das matérias-primas e das bolsas |
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Momento Tuga Next Generation: Buraka Som Sistema e Gala Drop |
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Momento Chuto no Burro: George W. "Fucking" Bush |
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Momento Nostalgia: Reedição dos primeiros álbuns dos míticos 808 State |
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Momento Empatados Para Rir: Os Contemporâneos e o inevitável The Daily Show |
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Momento Ouvido Assíduo: Descobrir All These Things de Kuniyuki Takahashi e Songs From The Beehive de Move D + Benjamin Brunn |
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Momento Sabastiânico: Barak Obama? Nahhh... Manuela Ferreira Leite |
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Rodrigo Nogueira |
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