DISCOS
Telepathe
Dance Mother
· 02 Mar 2009 · 18:49 ·
Telepathe
Dance Mother
2009
V2 / Nuevos Medios
Sítios oficiais:
- Telepathe
- V2
- Nuevos Medios
Dance Mother
2009
V2 / Nuevos Medios
Sítios oficiais:
- Telepathe
- V2
- Nuevos Medios
Telepathe
Dance Mother
2009
V2 / Nuevos Medios
Sítios oficiais:
- Telepathe
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- Nuevos Medios
Dance Mother
2009
V2 / Nuevos Medios
Sítios oficiais:
- Telepathe
- V2
- Nuevos Medios
O disco de estreia das Telepathe, produzido por um dos TV on the Radio, é mais um cancioneiro de danças tribais e descoordenadamente coreografadas.
As Telepathe são Busy Gangnes e Melissa Livaudais, formaram-se em Brooklyn, em 2004, e Dance Mother é um dos discos mais aguardados dos últimos meses. E se não é, devia ser. Produzidas por David Sitek dos TV on the Radio, estas nove canções transpiram aquele apelo tribal, definitivamente dançante, que faz de Brooklyn um dos mais excitantes núcleos criativos da actualidade.
Depois de anos a definir as coordenadas do hip-hop, o "burrough" de Nova Iorque tem criado, na última década, as mais duradouras tendências da pop de pedaços electrónicos. Com Saint Dymphna do ano passado, os Gang Gang Dance estabeleceram um novo padrão de "coolness" que a letrista, percussionista e instrutora de yoga Gangnes e a multi-instrumentista Livaudais cumprem sem mácula.
Exactamente a meio do disco, encontra-se "Lights Go Down", um tema que glorifica a pulsão ao nÃvel da linha do ventre, que sentimos quando submetidos a um concentrado de teclas, detritos eléctricos e retalhos sonoros de jogos de computador de outros tempos. Não há nada de novo nisto e, no entanto, as Telepathe conseguem soar mais frescas do que a secção de congelados de um hipermercado.
Os sintetizadores andam por todo o lado, a acentuar a componente hipnótica desta música que não é techno nem house mas que, em voo predatório, rapina alguns dos seus princÃpios. O ritmo é quem manda nesta montanha russa de palpitações ziguezagueantes apuradas em estúdio. É por ele que "Michael" começa por levar linhas de techno a gratinar para depois, entre frases como "he hides behind the rocks and waits for you", sair um refogado de reverberações e outras delicadas aberrações experimentais.
Lá em cima, tÃnhamos deixado "So Fine", o tema de abertura sempre indeciso entre um destemido disco e uma pop açucarada, e "Chrome's On It", espécie de roleta que distribui, em partes desiguais, guitarras lúcidas e marados sintetizadores. Depois, ainda há a trilogia "Breath of Life, Crimes and Killings, Threads and Knives", uma fascinante instalação artÃstica atirada para o final do álbum, e "Drugged", que fecha Dance Mother num farto e demorado elogio da auto-satisfação em veludos privados.
Hélder GomesDepois de anos a definir as coordenadas do hip-hop, o "burrough" de Nova Iorque tem criado, na última década, as mais duradouras tendências da pop de pedaços electrónicos. Com Saint Dymphna do ano passado, os Gang Gang Dance estabeleceram um novo padrão de "coolness" que a letrista, percussionista e instrutora de yoga Gangnes e a multi-instrumentista Livaudais cumprem sem mácula.
Exactamente a meio do disco, encontra-se "Lights Go Down", um tema que glorifica a pulsão ao nÃvel da linha do ventre, que sentimos quando submetidos a um concentrado de teclas, detritos eléctricos e retalhos sonoros de jogos de computador de outros tempos. Não há nada de novo nisto e, no entanto, as Telepathe conseguem soar mais frescas do que a secção de congelados de um hipermercado.
Os sintetizadores andam por todo o lado, a acentuar a componente hipnótica desta música que não é techno nem house mas que, em voo predatório, rapina alguns dos seus princÃpios. O ritmo é quem manda nesta montanha russa de palpitações ziguezagueantes apuradas em estúdio. É por ele que "Michael" começa por levar linhas de techno a gratinar para depois, entre frases como "he hides behind the rocks and waits for you", sair um refogado de reverberações e outras delicadas aberrações experimentais.
Lá em cima, tÃnhamos deixado "So Fine", o tema de abertura sempre indeciso entre um destemido disco e uma pop açucarada, e "Chrome's On It", espécie de roleta que distribui, em partes desiguais, guitarras lúcidas e marados sintetizadores. Depois, ainda há a trilogia "Breath of Life, Crimes and Killings, Threads and Knives", uma fascinante instalação artÃstica atirada para o final do álbum, e "Drugged", que fecha Dance Mother num farto e demorado elogio da auto-satisfação em veludos privados.
hefgomes@gmail.com
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