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Novo Madvillain tem Dave Sitek (foda-se!) e Mos Def (foda-se!)
· 28 Out 2009 · 01:39 ·
Vai haver uma sequela para Madvillainy, o primeiro disco de Madvillain. Esse duo é, claro, a magnífica colaboração entre Madlib, o produtor que fuma demasiadas ganzas, e DOOM, o rapper/produtor antigamente conhecido como MF Doom – antes ainda disso era Zev Love X, quando era membro dos KMD – que usa uma máscara de metal. Juntos são Madvillain, um super-vilão que sampla desenhos animados e filmes obscuros de série b antigos. Se Madvillainy não melhorou a tua patética existência na terra, bom, desisto. Demito-me. És um caso perdido, sinceramente. O bom da coisa é que infelizmente Madlib e DOOM são pessoas que acordam de manhã e fazem cinco beats antes sequer de tomarem banho – isto partindo do princípio que tomam banho, é que podem não tomar (e estão no seu direito). Por causa disso, têm demasiados lançamentos muitas vezes auto-indulgentes. Por isso é que Madvillainy tem uma concisão e uma magia que não existe nos disco a solo de nenhum deles – e, atenção, Born Like This, o primeiro disco deste ano do DOOM (é que vem aí um novo para o mês que vem), é óptimo –, nem, convenhamos, em quase nenhum hip-hop independente que ande por aí, por muito que a tua veia DIY anti-gangsta queira que o mundo seja assim a preto-e-branco. E, foda-se, "America's Most Blunted" é – isto vindo de alguém que não se mete nisso – a melhor malha de sempre sobre marijuana.

Regozijem os fãs, que o novo disco de Madvillain, segundo a Pitchfork, já está a ser feito. E pode muito bem ter Dave Sitek, dos TV On The Radio, com convidado, bem como Mos Def. "Pode" porque esta gente nem sempre é fiável, o que pode ser um efeito secundário das drogas em demasia. Por falar em concisão e magia, já ouviste o novo do Mos Def? The Ecstatic? De que é que estás à espera? Ele desistiu daqueles álbuns chatos e francamente maus que não são nem rap nem outra coisa qualquer e lançou um clássico moderno. Acredita. Se o segundo álbum de Madvillain for um terço do que é o primeiro, ou mesmo metade do que é o The Ecstatic, o Sasha Frere-Jones não tem razão e o Blueprint 3 do Jay-Z não destruiu o rap.
Rodrigo Nogueira
rodrigo.nogueira@bodyspace.net

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