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Topes Ilustres - Eduardo Morais | Realizador / DJ
· 17 Dez 2014 · 15:03 ·
Pouco tempo me sobrou em 2014 para atentar à emergência. Centrei o ano nos projectos dos que me são mais próximos e na habitual recolha do passado.
Justificando com isso algumas das seguintes escolhas, começo exactamente pelos filmes que me marcaram este ano, tudo documentários, como se um gajo só comesse arroz com carne. Não sei se são todos exactamente deste ano que agora finda, mas foi há pouco que eu os consegui comprar ou apenas sacar:
- Our Vinyl Weights a Ton, sobre a editora Stones Throw;
- Fantastic Man, sobre o nigeriano William Onyeabor;
- Cutie and the Boxer sobre o pintor boxeur Ushio Shinohara;
- The Ballad of Genesis and Lady Jaye, sobre o amor e a consequente transformação do/da líder dos Psychic TV.
- When Albums Ruled the World, mais um assertivo documentário com a chancela BBC, como tantos outros que eles vomitam.
Descobertos também este ano e ansiosamente aguardados para os próximos meses são os documentários: Suzanne Ciani - A Life In Waves; A Life in the Death of Joe Meek; Danny Says; Taken By Storm; Brazilian Guitar Fuzz Bananas; I Dream of Wires.
Tendo passado muito do ano na estrada, estes foram os concertos que mais apreciei durante o ano:
- Holy Wave @ Centro Cultural do Cartaxo – uma mistura de Red Crayola com VU de uns americanos com borbulhas na cara;
- Guess What @ ZDB (Lisboa) – antecipou o concerto do Mike Watt que nem vi;
- Subway Riders @ Sabotage (Lisboa) – catarse esquizofrénica da melhor banda de Coimbra, com um dos maior cromos dos synths ‘tuga;
- Mute Swimmer @ Hotél Flórida – folk britânico que mais parece ser oriundo da no-wave americana;
- Les Synapses @ Beat Club – freakbeat francês ou, “se o Jacques Dutronc tivesse novamente 30 anos”;
- The Dirty Coal Train @ Concentração Motard na Aldeia dos Fernandes (Alentejo) – a organização não se responsabilizava por nada que acontecesse dentro do recinto;
- Cave Story @ Maiorais (Rio Maior).
Não tendo dado a devida atenção aos álbuns que tem aparecido nos últimos meses, os novos temas que mais cantarolei sozinho em casa:
- The Act-Ups - One Thousand Deaths;
- Holy Wave - Wet and Wild;
- Cave Story - Helicopter Spies (versão Swell Maps);
- Harvey - Last Ride;
- DB - Aí Está;
- Gala Drop – You & I
- Goat – Hide From the Sun
- Helena Hauff - Hiemal Quietus;
- Holy Nothing - Zebra;
- Sleaford Mods - Tied Up In Nottz.
Como no passado o que interessa é o que teve futuro, em 2041 vou lembrar de em 2014 ter:
- conhecido o "Pirata" Rui de Castro;
- estreado o “Uivo” no Palácio Foz com uma magia na sala inexplicável;
- vivido três dias de Barreiro Rocks com uma magia na sala inexplicável;
- conseguido um patrocínio da “Jameson” para um documentário, mesmo sem ninguém me conhecer de lado nenhum, e sem cunha qualquer.
- descoberto que a minha dívida à Segurança Social desapareceu;
- sido convidado para um programa de televisão com a curadoria da SPA, e me pedirem um nome de um álbum qualquer para rodar de fundo, pois eles “baixavam-no da ‘net”.